Por Ariovaldo Ramos
Justiça não é mais uma relação de poder entre fortes e fracos, entre vencedores e vencidos, mas uma demanda de Deus.
Ele exige justiça, que os enfraquecidos sejam tratados com decência, que não haja pobreza, que haja libertação econômica, social e política.
A justiça nasce no coração de Deus e é introduzida na história humana pelos profetas hebreus, como um dado “transcendente” e não como uma conclusão imanente, ou seja, não foram os seres humanos -- pensando sobre si, sobre a história, sobre a sociedade -- que chegaram, pura e simplesmente, à noção de igualdade, de justiça, de que não pode haver pobres, etc.
A visão trazida pelos profetas é que há uma demanda da parte de Deus por igualdade entre os seres humanos, por dignidade para todos os seres humanos, pelo fim da pobreza, pelo respeito ao diferente, pelo abrigo ao estrangeiro, pela noção de direito humano.
Isso vem diretamente de Deus e está espalhado por todo o Antigo Testamento, desde a Lei de Moisés, reforçada pelo profetismo hebraico, que, na verdade, é um trabalho de recuperação do espírito da Lei de Moisés, que clama por justiça.
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