terça-feira, 26 de dezembro de 2017

É legitima a comemoração do Natal?

Essa pergunta surge todos os anos no Natal. Dr. Robert C. Sproul, falecido na última quinta-feira, escreveu defendendo que o Natal não é um feriado pagão: “Em primeiro lugar, não há mandamento bíblico direto para celebrar o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro. Não há nada na Bíblia que indique que Jesus nasceu em 25 de dezembro. De fato, há muitas narrativas do Novo Testamento que poderiam indicar que o seu nascimento não ocorreu durante essa época do ano. Acontece que no dia 25 de dezembro, no Império Romano, havia um feriado pagão que estava ligado a religiões misteriosas; os pagãos celebravam a sua festa no dia 25 de dezembro. Os cristãos não queriam participar nisso, e então disseram: ‘Enquanto todos os outros estão celebrando algo pagão, teremos a nossa própria celebração. Vamos celebrar o que é mais importante em nossas vidas, a encarnação de Deus, o nascimento de Jesus Cristo. Então, esse será um tempo de festividades alegres, de celebração e adoração ao nosso Deus e Rei‘. Não consigo pensar em nada mais agradável a Cristo do que a igreja celebrando a data do seu nascimento todos os anos”.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, também defendendo a legitimidade da comemoração do Natal, escreveu: “Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus... Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!”.
  

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O Espírito Santo em relação ao Crente

As relações do Espírito Santo com o cristão devem ser descritas na categoria existencial. Quando falo em categoria existencial estou me referindo a coisas experienciais, que se provam verdadeiras a partir de relações interiores e místicas com o Espírito.
Neste particular dois extremos podem ser hoje observados: o teólogo-doutrinário, que diz que tudo que os cristãos têm que ter do Espírito é conhecimento teológico; e o pentecostal e neopentecostal, que dão ênfase unicamente à condição existencial, experiencial da relação com o Espírito. As Escrituras nos apresentam a validade dos dois aspectos apenas se eles estão juntos. Separados, são deformantes e redutores do projeto da Bíblia, quanto a ensinar qual deva ser a legítima relação do cristão com o Espírito. Dessa forma, na Bíblia, esses dois aspectos se fundem equilibradamente. Tenho que ter conhecimento teológico de quem é o Espírito Santo; entretanto esse conhecimento tem que ser experiencial ─ precisa produzir realidades existenciais, mudanças em minha vida.

1. O Espírito Santo é quem nos regenera, nos transforma numa nova criação de Deus, nos faz nascer de novo (Tt. 3:5 e Jo. 3:5). Sem a obra do Espírito, não há nada novo no coração humano. Somente o Espírito gera uma nova criatura. A moral social faz surgir um moralista. Os compromissos cívicos fazem aparecer um cidadão responsável. A política faz desabrochar um homem crítico e esperto. A religião faz nascer um filantropo. O amor pela família torna o ser humano menos egoísta. Mas nenhuma destas coisas faz nascer o novo homem, segundo a imagem de Deus. “Quem é nascido da carne”, disse o Senhor Jesus. Somente o “lavar renovador e regenerador do Espírito Santo” pode fazer aparecer o ser humano cidadão do reino de Deus. Qualquer outra perspectiva de fazer o Novo Homem sem um encontro radical, essencial, revolucionário e dramático com o Espírito é totalmente utópica e fadada ao fracasso. Neste século tivemos um tremendo exemplo disso ─ a derrota do comunismo no seu intento autônomo de resolver o problema da natureza humana de fora para dentro, apenas com pão e justiça social. O fracasso foi tão retumbante que dispensa maiores comentários. Ainda neste mesmo filão de raciocínio, devo afirmar que a própria igreja-instituição tem sido outro exemplo desse desastre humano quanto a produzir o novo homem sem o Espírito. A trágica história do Ocidente está intrinsecamente ligada à história da Igreja. A Europa, os Estados Unidos e a América Latina foram teoricamente continentes cristãos. Mas esse cristianismo não impediu tais sociedades de se imortalizarem pelas maiores atrocidades já cometidas na história humana. Sem o Espírito, não há o novo homem segundo Deus, mesmo que haja abundância de cristianismo.

2. O Espírito Santo é nossa garantia de salvação. Paulo diz em Efésios 1:13 e 14 que Deus colocou o Espírito no coração como “penhor da nossa herança até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória”. O que é penhor? Penhor é algo que se deixa como garantia de que se vai voltar para efetuar o pagamento; de que se vai retornar para cumprir uma promessa. Veio o Senhor e deixou o Espírito como penhor, como garantia absoluta da nossa salvação, como prova de que não só estamos salvos como também ele voltará um dia, ressuscitará nosso corpo mortal e o tomará como propriedade exclusiva sua, para louvor eterno de sua glória.

3. O Espírito Santo é nossa garantia de comunhão com Deus. Em I João 3:24 está dito: “E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”. Eu permaneço em Deus, Deus permanece em mim. Sei que ele permanece em mim pelo Espírito que me deu. No cap. 4, v. 13 de I João está escrito: “Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele em nós, em que nos deu do seu Espírito”.
Ninguém tem que conflitar-se a esse respeito. Não se angustie com questões do tipo: “Não sei se ainda tenho comunhão com Deus... Se a perdi...” “Deus está aí, em e com você, morando em seu coração! Você tem o Espírito em você. Acredite nisto! Se você tem o Espírito e tem comunhão com ele, e ele com você, ele permanece em você, e você permanece nele. Aproprie-se disto, pela fé.

4. O Espírito Santo é nossa consolação. Em João 14:16, Jesus prometeu enviar “outro Controlador”. Este “outro” estabelece uma equivalência comparativa. Os discípulos de vez em quando se sentiam desanimados, tristes, alquebrados: “Deixamos tudo para te seguir ─ a casa, a família, a pesca, tudo. Que vamos fazer agora?” Jesus vem e os conforta: “Ouçam, vocês vão ter aqui cem vezes mais. Quanto ao que está por vir, nem dá para falar”. Então, eles retrucam: “Somos os párias do mundo! O que vai ser de nós?” Jesus responde: “Você vão reinar, vão governar no reino de Deus”. Agora Jesus está prestes a partir, e eles estão murchos, deprimidos... Jesus lhes diz: “Pensem na mulher; quando ela está para dar luz ela fica abatida, sente dores! O que vocês estão sentido agora são as dores do parto da salvação. Eu vou sentir as agonias. Mas vocês estão vivendo à sombra desta hora de agonia. A vida, no entanto, não é só parto. A cruz não ficará erguida para sempre. Eu vou ressuscitar. Vocês então vão ficar alegres como a mulher quando ao ter o filho, toma-o nos braços, chorando, e diz: „Graças a Deus! Meu neném!‟ A ressurreição vai fazer isso. E mais ainda: Vou mandar-lhes um outro Controlador”. Pode-se observar que não obstante Jesus tenha ido para o céu, o livro de Atos não nos passa nenhuma impressão de nostalgia ou sentimentalismo. Pedro não se queixa: “Há, que saudade do Senhor! Estou triste; tudo tão vazio! Estou a ponto de ser consumido de angústia!” Isso não aconteceu porque o Senhor derramou o seu Espírito, um outro Consolador. Ele subiu ao céu, mas a Igreja ficou retumbante como nunca, alegre, poderosa, transbordante do Espírito Santo. Ela tem a presença do Consolador, presença animadora do Senhor, do próprio Jesus.

5. O Espírito Santo é quem dá acesso ao Pai em orações mediante Jesus (Ef. 2:18). Ou seja, por intermédio de Jesus nós nos aproximamos de Deus, “temos acesso ao Pai em um Espírito”. Jesus também disse “que Deus é espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Na minha maneira de entender, Jesus estava dizendo a mesma coisa que Paulo posteriormente disse, conforme o texto de Efésios transcrito acima. Não apenas temos que adorar a Deus em espírito, mas também adorá-lo no Espírito. Em outras palavras: não há qualquer possibilidade de relação da alma humana com Deus a não ser no Espírito Santo. Quando Jesus disse que a adoração seria em espírito (espírito com “e” minúsculo), ele estava afirmando a adoração como tendo que ser livre de quaisquer materialismos condicionantes do sagrado a tempo e espaço (“nem neste monte nem em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”). No entanto ele não estava ensinando o culto a Deus como uma possibilidade fenomenológica inerente ao espírito humano no seu estado de queda. O homem é capaz de ânsias pelo sagrado mesmo enquanto caído e alienado; no entanto não está apto de fato a cultuar a Deus, a menos que tal culto se dê no Espírito Santo.

6. Ele é nosso intercessor espiritual. Devemos aqui fazer uma diferença entre intercessor existencial e judicial. A Bíblia diz, em I João 2:1 e 2, que Jesus é nosso parácleto, nosso advogado, nosso intercessor judicial: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”. Mas em Romanos 8:26, o Espírito Santo é colocado como o nosso intercessor existencial. Jesus intercede pelo que fiz de errado. Ele tira, elimina a culpa. Mas o Espírito Santo intercede existencialmente, tentando me livrar de cair no erro, de ser dominado pela fraqueza. Isto é o que diz Romanos 8:26.

7. O Espírito é nosso vínculo vital com Jesus. É impossível alguém afirmar que é de Jesus se não tem o Espírito Santo ─ conforme a teologia de Atos 19. Nesse texto vemos que os discípulos encontrados em Éfeso se diziam discípulos, tinham cara de discípulos, sabiam alguma coisa de Jesus, e não obstante todas as realidades aparentes, ignoravam que o Espírito Santo existia. A Bíblia diz em Romanos 8:9 que “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. Quem é de Jesus tem o Espírito do Senhor.

8. O Espírito Santo é quem transforma nosso corpo ─ enrugado, cansado, estressado, gasto, exausto ─ em santuário de Deus. I Coríntios 6:19 diz que nós somos templos vivos, onde Deus habita. E nossos sentimentos, atitudes, motivações e pensamentos são a liturgia viva desse culto que tem que ser prestado a ele.

9. O Espírito é nossa fonte de sabedoria na tribulação. Mateus 10:20, Marcos 13:14 e Lucas 12:11 e 12 são textos sinóticos, onde Jesus fala aos discípulos que na hora do aperto, da tribulação, da angústia, da opressão, dos tribunais, dos questionamentos; quando estivessem confrontados com homens maus e situações adversas, o Espírito lhes daria sabedoria, conforme deu a Estevão ─ de forma tão tremenda, profunda e poderosa que ninguém lhe poderia resistir.

10. O Espírito Santo é nossa fonte de vida existencial. Em João 7:37-39, Jesus, no grande dia da Festa dos Tabernáculos, em Jerusalém, disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. E João interpreta assim suas palavras: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. Com isso Jesus declarando que a vida cristã tem que ter uma fonte existencial cotidiana e sobrenatural. A intenção de Jesus era que o Espírito nos livrasse da angústia de uma vida seca e sem propósito. Ele nos propiciaria a novidade de uma fonte que não se esgota.

11. O Espírito é quem contemporaneamente julga os cristãos. Atos 5:1 em diante, narra o fato de que o Espírito exerceu juízo sobre Ananias e Safira, que haviam mentido, enganado, usado de hipocrisia. Deus julga hoje, em plena “época” da Graça. Existe uma outra ideia da Graça, segundo a qual o Deus que ama não julga. Mas de acordo com I Coríntios 11:32 ele nos julga para que não sejamos condenados com o mundo. Julga na Ceia, julga pelo Espírito, julga pela Palavra; julga a nossa vida pelas expressões de dor e perplexidade que nos acometem.

12. O Espírito Santo quem nos santifica. II Tessalonicenses 2:13 afirma que nós fomos escolhidos “para a salvação, pela santificação do Espírito”. Em I Coríntios 6:11 também está claro o fato de que o Espírito nos santifica, mas não apenas metafisicamente. Paulo, no contexto antecedente, diz que os impuros, beberrões, adúlteros, injustos, maldizentes, ladrões, não herdarão o reino dos céus. A seguir declara: “Tais fostes alguns de vós”. A Igreja de Corinto era uma grande casa de recuperação, um hospital, uma comunidade terapêutica: “Tais fostes alguns de vós”. Em outras palavras, isto é o que Paulo diz: “Viestes para cá beberrões, prostitutas, lésbicas, sodomitas, homossexuais, mas fostes feitos de fato santos. Se não, veja o texto: “Tais fostes alguns de vós, mas vós vos lavastes; mas fostes santificados (...) no Espírito”. Tal significação podia realmente ser vista na vida deles através de mudanças práticas e perceptíveis.

13. É o Espírito quem fortalece o nosso íntimo (Ef. 3:16). Ele fortifica o nosso homem interior com “dynamis”, com poder maravilhoso, para não sermos como aquelas horríveis hienas: “Ó mês, ó dia, ó ano, ó azar!...” Quando lemos o livro de C.S. Lewis, “Cadeira de Prata”, conhecemos um sapo chamado Paulama, que murmura: “Ó dia” Não vai dar certo! Dia de sol é prenúncio de dia de chuva...” Mas o que acontece para quem tem Jesus no coração é algo maravilhoso: vem o Espírito e fortalece o coração com poder; o homem interior com “dynamis”, com explosão, com força miraculosa.

14. É o Espírito que nos inunda de amor na tribulação, nas situações amargas e difíceis. Romanos 5 contém a conhecida sequência que fala da tribulação que produz perseverança; a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Após o que o Espírito de Deus se derrama no coração. Há uma especial inundação do Espírito no coração do cristão que persevera esperançoso em Deus.

15. O Espírito é o Espírito da alegria. Essa alegria não é simples resultado de música alegre, animada ─ uma espécie de festival evangélico. Pode até ser; de vez em quando isso é bom. Mas alegria espiritual não é brincadeira; é fruto do Espírito do Senhor em nossa alma. O Reino de Deus não é comida nem bebida. Não é através disso que sou feliz. Não é pelo fato de me fartar de delícias que me encho de contentamento. Paulo afirma que o Reino de Deus não é nada disso; pelo contrário, “é paz, justiça e alegria no Espírito Santo”. Em I Tessalonicenses 1:16 Paulo dia que a Igreja de Tessalônica, mesmo em meio à tribulação, “transbordava de alegria no Espírito Santo”.

16. É o Espírito que nos concede a mente de Cristo. O Espírito conhece as profundezas de Deus. Só ele sabe realmente o que Deus pensa. E é ele quem compartilha conosco o pensar de Deus. Dessa maneira podemos alcançar o milagre de termos a “mente de Cristo” (I Co. 2:14,15). A harmonização da nossa mente com a mente de Cristo é, portanto, obra do Espírito, mediante sua capacidade de imprimir as mais fortes impressões do caráter e da vontade de Deus em nossa mente. Tal trabalho não nos dispensa a relação com a Palavra de Deus na nossa conformação mental a seus padrões. Todavia, requer-se de nós mais que leitura e estudo da Palavra. É necessário que se mantenha essa relação com ela enquanto se assume singeleza intelectual. Através de tal singeleza nossa mente se oferece ao Espírito de Deus a fim de que ele nos “imprima” a Palavra de Deus no coração. Essa atitude nos assegura uma relação com a revelação dos referenciais básicos da mente de Deus (a Palavra), enquanto se tem também percepção da mente de Cristo em relação aos aspectos particulares da nossa vida (pela aplicação que o Espírito faz da Palavra). Ou seja: a Bíblia nos oferece a certeza de como é o caráter de Deus. Mas é mediante uma profunda relação com o Espírito que somos capacitados a discernir quais são os aspectos da mente de Cristo que têm relação com nossa vida individual. Tal discernimento é a especificação da vontade de Deus com respeito a nós, e que se dá dentro dos referenciais do caráter de Deus, conforme definidos de maneira inequívoca na Escritura.

17. É o Espírito quem nos proporciona a vida e paz. Romanos 8:6 diz que “o pendor da carne dá para a morte, mas o pendor do Espírito dá para vida e paz”. Isso porque ele nos capacita também a viver em obediência à vontade de Deus, ainda que libertos da lei. Romanos 8:4 diz que agora estamos aptos, capacitados pelo Espírito a cumprir a lei do Espírito e da vida, porém isentos da lei moral. Isso parece contraditório, mas não é. De fato, Cristo nos libertou da lei moral a fim de que vivamos a vontade de Deus. A lei moral é impraticável porque determina que a relação do indivíduo com ela tem que ser obediência objetiva absoluta. Caso contrário se está morto. No entanto, a fé cristã nos apresenta nossa relação com Deus como sendo livre da moral, a fim de que sejamos escravos do seu amor. Para muitos, isso pode parecer a mesma coisa, mas não é. No primeiro caso (da lei moral), o indivíduo é pressionado à obediência de fora para dentro. São preceitos externos que se tornam nos referenciais da vida dele. Já no segundo caso (escravidão ao amor de Deus), nossa obediência é resultado de um constrangimento de amor não culposo que é derramado pelo Espírito da graça no nosso coração. A lei gera uma obediência assustada e culposa. O Espírito da graça dá origem a uma obediência livre, santa, nascida no interior do ser. É o que diz Gálatas 5:23 quando afirma que quem ainda no Espírito manifesta o fruto do Espírito, que é “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, mansidão e domínio próprio”. No final desta afirmação Paulo diz: “Ora, contra estas coisas não há Lei”. Não há lei porque o amor cumpre toda a lei, daí resultando que aquele que a cumpre não se sente cumprindo. Ele apenas experimenta a sensação de estar vivendo em obediência ao amor de Deus. Tudo isso é obra do Espírito no nosso coração: “Andai no Espírito, e jamais satisfareis as concupiscências da carne” (Gl. 5:16).

18. É o Espírito quem dá testemunho da nossa filiação a Deus. E para que se alcance esse objetivo não é preciso haver qualquer forma de condicionamento mental, ou lavagem cerebral do tipo que enfia convicção na cabeça das pessoas pela via de repetições como esta que se ouve por aí: “Meu filho, você é filho de Deus; você já fez essa declaração, lembra? Você é filho de Deus, e filho de Deus, é filho de Deus...” Faz-se muito disso em nossos dias. Contudo, o que a Bíblia diz em Romanos 8:16 é que”o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.

19. É o Espírito quem nos conduz à imagem de Cristo. Em II Coríntios 3:18 está dito que nós estamos sendo trabalhados, esculpidos, transformados e burilados pelo Espírito à medida que contemplamos a glória do Senhor como que por um espelho. Vemos a imagem de Cristo no espelho da Palavra. Mas essa contemplação não é ainda nítida. Vemos como que em diagonal, contemplando a imagem às vezes turva. No entanto, o Espírito Santo está agindo em nós, fazendo com que nos conformemos à imagem de Cristo que estamos vendo na Palavra. Se olharmos para Jesus, dia a dia o Espírito nos vai tornando mais semelhantes a ele. E quando o Senhor vier e nos transformar plenamente na sua imagem glorificante, esta terá sido também uma obra do Espírito em nossa vida.

(Texto Extraído do Livro: Espírito Santo: O Deus que vive em nós do Pastor Caio Fábio)

Quem é o Espírito Santo?

Há muitos conceitos errôneos sobre a identidade do Espírito Santo. Alguns vêem o Espírito Santo como uma força mística. Outros entendem o Espírito Santo como sendo um poder impessoal que Deus disponibiliza aos seguidores de Cristo. O que diz a Bíblia a respeito da identidade do Espírito Santo? Colocando de forma simples – a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. A Bíblia também nos diz que o Espírito Santo é uma Pessoa, um Ser com mente, emoções e uma vontade.

O fato do Espírito Santo ser Deus é claramente visto em muitas Escrituras, incluindo Atos 5:3-4. Neste verso Pedro confronta Ananias em por que ele tinha mentido para o Espírito Santo, e a ele diz “não mentiste aos homens, mas a Deus”. É uma declaração clara de que mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus. Podemos também saber que o Espírito Santo é Deus porque Ele possui os atributos ou características de Deus. Por exemplo, a onipresença do Espírito Santo é vista em Salmos 139:7-8: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.” Em I Coríntios 2:10 vemos a característica de onisciência do Espírito Santo: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.”

Podemos saber que o Espírito Santo é mesmo uma Pessoa porque Ele possui uma mente, emoções e vontade. O Espírito Santo pensa e sabe (I Coríntios 2:10). O Espírito Santo pode se entristecer (Efésios 4:30). O Espírito intercede por nós (Romanos 8:26-27). O Espírito Santo toma decisões de acordo com Sua vontade (I Coríntios 12:7-11). O Espírito Santo é Deus, a terceira “Pessoa” da Trindade. Como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que ele seria (João 14:16,26; 15:26).

Crédito: Texto Estraído do Gotquestions

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Nossa Paixão pela Supremacia de Deus

por
John Piper

Deus é apaixonado pela Sua glória acima de todas as coisas.
1. Tudo que Deus faz, Ele faz para Sua própria glória. Ele avalia a Si mesmo acima de todas as coisas.
2. Isto é uma demonstração do amor de Deus, porque Sua glória e exaltação é o que nos traz a maior alegria.
3. De fato, quanto mais felizes estivermos em Deus mais glorificado Ele será em nós. Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nEle.
4. As implicações disto são impressionantes: Devemos fazer o principal objetivo de nossas vidas o sermos tão felizes quanto possível em Deus. Nós gostamos de chamar isto de Hedomismo Cristão (um hedonista é alguém que busca prazer), mas você não precisa usar o nome se não gostar.

Como a Bíblia ensina que devemos buscar alegria em Deus?

1. Mandamentos: Salmos 32:11; 37:4; 100:1-5; Filipenses 4:4.
2. Ameaças: Deuteronômio 28:47.
3. Apresentando a fé salvadora como sendo, em seu cerne, uma satisfação em tudo que Deus prometeu ser para nós em Jesus: Hebreus 11:6; João 6:35; 4:13-14.
4. Apresentando o pecado como sendo, em seu cerne, o abandono de se buscar o prazer em Deus e a busca de prazer fora dEle: Jeremias 2:13.

O que dizer sobre a auto-negação?
1. Sim, devemos negar a nós mesmos. Isto é mandamento. Mas isto significa:
A. Negar a você mesmo os desprezíveis tesouros da terra para ganhar os gloriosos tesouros do céu: Mateus 6:19-22.
B. Negar a você mesmo tudo que esteja no seu caminho, impedindo-o de ser completamente satisfeito em Cristo: Marcos 8:34-38.

O Hedonismo Cristão não dá muita ênfase para as emoções?

1. NÃO! Cristianismo não é simplesmente atos de vontade ou entendimento da mente. É também uma questão do coração. As emoções não são a cobertura do bolo, o qual pode ser feito sem ela, mas elas são essenciais para o Cristianismo verdadeiro: 1 Pedro 1:8. Sem afeições, nosso entendimento e desejos são vazios: Mateus 15:8.
A. Deus ordena que sintamos alegria: Filipenses 4:1; Salmos 2:10.
B. Deus ordena que sintamos esperança: Salmos 42:5. Romanos 12:12.
C. Deus ordena que sintamos temor dEle: Lucas 12:5.
D. Deus ordena que sintamos gratidão para com Ele: Efésios 5:20.
E. Deus ordena que sintamos zelo pelo Seu nome: Romanos 12:11; cf. Tito 2:14.
F. Deus ordena que sintamos amor por Ele e pelos outros: Mateus 22:37-38.
G. Deus ordena que sintamos desejo pela Sua palavra: 1 Pedro 2:2.
H. Deus ordena que sintamos compaixão: Colossenses 3:12-13.
I. O reino de Deus é justiça e paz e alegria no Espírito Santo: Romanos 14:17.


E a visão nobre de “servir” a Deus?

1. Não podemos servir a Deus satisfazendo Suas necessidades: Atos 16:25. Deus não tem necessidades.
2. Antes, nós servimos a Deus da maneira como alguém serve dinheiro — nos posicionamos para que Deus satisfaça nossas necessidades e nos faça feliz: Mateus 6:24. Mas note que isto é uma felicidade em Deus, não em tesouro mundanos.
3. Nós servimos a Deus em Seu poder e para Sua glória: 1 Pedro 4:11-12.
4. Servir a Deus é sempre uma questão de receber dEle, porque o doador é o aquele que recebe a glória e o receptor é aquele que recebe a alegria. Você serve a Deus deixando que Ele lhe sirva. Por exemplo, à medida que você compartilha o evangelho, Deus está lhe servindo, porque Ele está lhe capacitando para fazer isto e porque Ele está lhe dando a alegria de proclamar Sua grandeza revelada através da morte e da ressurreição de Cristo.

O Hedonismo Cristão não faz de nós mesmo o centro, ao invés de Deus? Isto não é egocentrismo?

1. NÃO! Exatamente o contrário. Ele faz Deus ser o centro.
2. Por que? Porque Deus é mais honrado quando O servimos pela alegria que temos nisto, mais do que se O servimos meramente por dever. Imagine um marido dando flores a sua esposa. Seria correto se ele dissesse, “Estou fazendo isto somente porque é meu dever”? Sua esposa não seria honrada neste caso. Ela ficaria furiosa. A resposta certa seria, “Estou fazendo isto porque tenho prazer em lhe fazer feliz”. Não haveria acusações de egocentrismo ou de se fazer a si mesmo o centro, porque este motivo dá mais honra a sua esposa.

Resumindo: 
Busque sua alegria em Deus, com toda a força de Deus, por toda a sua vida. E lute para usar esta vida na terra para acumular tanta felicidade quanto possível para a vindoura.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Uma Paixão pela Supremacia de Deus


por
John Piper
“Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra... Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16)
As Escrituras não poderiam ser mais claras. Tudo existe para Cristo, para magnificar nas mentes das pessoas o seu valor, a sua verdade, a sua grandeza. Esta verdade fundamental é o ponto de partida para que se possa verdadeiramente compreender a vida. Se perdemos este ponto, perdemos todo o restante. Se o estabelecermos corretamente nas nossas cabeças e nos nossos corações, nossas vidas se tornarão naquilo que foram destinadas a ser – ou seja, uma demonstração neste mundo da beleza, do valor e da grandeza de Deus.
Isto nos leva a uma conclusão muito simples: se quisermos que nossas vidas sejam aquilo que Deus planejou que fossem, no mundo e na igreja, precisamos realmente conhecer a Deus. A maioria das pessoas não trazem à sua vida uma visão muito grande de Deus – de quem ele é, como é e como age. Na verdade, não há praticamente visão alguma de Deus na nossa sociedade. Fora das paredes da igreja, ele é simplesmente ausente e assustadoramente ignorado.
Você fica espantado ao se levantar de manhã, abrir o jornal, e encontrar uma seção enorme sobre esportes, porém nenhuma intitulada “Deus”? Provavelmente não, porque está tão acostumado à negligência de Deus na nossa sociedade. Estamos totalmente adaptados à ausência do temor de Deus na televisão, na imprensa, no mundo da publicidade.
Que milagre! Esquecemo-nos de Deus, entretanto ainda estamos respirando ao invés de sermos esmagados sob a ira eterna! De forma inacreditável, provavelmente ainda vamos acordar vivos amanhã de manhã. “Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons.” Pasme-se e admire!
Na igreja também, ao invés da nossa visão de Deus ser grandiosa, é desprezível; em vez de ser central, é secundária; vaga quando deveria ser clara, impotente em vez de ser determinante, insípida no lugar de ser encantadora; e tudo isso de tal forma que o conceito de se viver para a glória de Deus passou a ser um pensamento sem conteúdo. As palavras podem sair das nossas bocas, mas pergunte ao cristão normal o que sabe a respeito da glória deste Deus para quem pretende viver, e a resposta será extremamente breve.
Nossas igrejas não estão cheias de Deus nem das particularidades da sua glória, só transmitem as mais inócuas generalidades. O resultado é que as pessoas não estão cheias das coisas que realmente deveriam causar impacto:
· A glória de sua eternidade que ultrapassa a capacidade da nossa mente ao pensar que ele não tem começo nem fim;
· A glória de Seu conhecimento que faz a maior biblioteca do mundo parecer uma caixinha de fósforos e a Física Quântica semelhante a uma cartilha de primeiro ano;
· A glória de Sua sabedoria que nunca pôde ser aconselhada por homem algum, nem jamais poderá ser;
· A glória de Sua autoridade sobre céu, terra e inferno, sem a qual nenhum homem ou demônio pode se mover por um centímetro que seja;
· A glória de Sua providência, sem a qual nenhum pássaro cai no chão em parte alguma do mundo, nem fio de cabelo em cabeça alguma se embranquece;
· A glória de Sua palavra que sustenta todo o universo e todos os átomos e galáxias que nele estão;
· A glória de Seu poder para andar sobre a água, curar os enfermos, acalmar as tempestades, ou levantar os mortos;
· A glória de Sua pureza, de nunca haver pecado ou ter abrigado sequer uma atitude perversa ou pensamento malicioso;
· A glória de Sua fidelidade, de jamais ter quebrado sua palavra ou ter deixado uma única promessa cair no chão;
· A glória de Sua justiça, de considerar todas as dívidas morais do universo quitadas, seja na cruz ou no inferno;
· A glória de Sua paciência, para suportar a lentidão na santificação da vida de seus filhos;
· A glória de Sua obediência de servo, para abraçar a dor mais excruciante já concebida pela humanidade;
· A glória de Sua ira que um dia será revelada com tal força que homens, mulheres e crianças pedirão que pedras os esmaguem para não precisarem olhar no rosto do Cordeiro;
· A glória de Sua graça que justifica os ímpios;
· A glória de Seu amor que faz tudo isto por nós enquanto ainda somos pecadores.

Enquanto você não tiver uma paixão pela supremacia de Deus, sua vida não poderá ser vivida para a glória de Deus.

Enquanto as particularidades dos atributos de Deus não forem compreendidas, ao invés de serem meramente generalizadas, enquanto ele não for apresentado como magnificamente mais atraente do que qualquer outra coisa no mundo, nenhum de nós poderá viver uma vida para a glória de Deus, porque ninguém o conhecerá. Alguns talvez cheguem a usar a terminologia certa, mas não o verão em verdade. Não poderão falar dele para seus filhos, para seus vizinhos, ou para seus cônjuges, porque não haverá conteúdo em todas suas grandiosas palavras.
A missão que constitui a razão da minha existência é espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para que todos tenham a única verdadeira alegria. Se eu cair morto, morrerei executando a minha missão. Se eu viver mais vinte anos, espero que no final ainda esteja cumprindo esta missão. Penso que é por isto que você existe também. Você não precisa usar minhas palavras, mas é por esta razão que todos nós estamos neste planeta Terra. A menos que partilhe desta paixão pela supremacia de Deus, sua vida não será para a glória de Deus.
Deus é mais glorificado em nós quando nós estamos mais satisfeitos nele. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Exaltação à Paz

Neste mundo atribulado

Que a esperança se desfaz

Onde a guerra assola os povos
De forma vil e voraz
Devemos nos empenhar
Pra fazer reinar a PAZ.

Quando Deus mandou à terra
O Seu filho Divindade
Para redimir os homens
Do pecado e da maldade
Este pregou sempre a PAZ
Aos homens de boa vontade.

Por isso é que a humanidade
Sempre unida e fraternal
Deve sempre se empenhar
Nesta luta desigual
Pra fazer reinar a PAZ
Procurando ser leal.

O bem e o mal sempre em luta
Grande conflito nos traz
Que somente é resolvido
Se o homem for capaz
De viver em união
Em busca sempre da PAZ.


Queremos PAZ pra família
Queremos PAZ pra nação
Queremos PAZ para o mundo
Queremos PAZ de irmão
Queremos sempre ter PAZ,
Para viver em união.



de Joelson Araújo Matos
Itabuna - BA

Casa de Paz CEPA São Paulo e Orlândia

Imagine como seria se cada casa de nossa cidade recebesse a paz? E se em cada lar pessoas se reunissem para conhecer sobre o amor de Deus e pudessem experimentar a paz que excede todo entendimento?
É para atender a este sonho que a CEPA realizará entre os dias 05 de Novembro a 17 de Dezembro o projeto Casas de Paz, criado para todos aqueles que desejam receber a paz de Deus em seus lares, escolas, locais de trabalho, etc. Em uma sequência de sete encontros semanais, com duração de um hora cada, todos poderão reunir seus amigos, vizinhos e familiares em suas casas para encontrar na Bíblia a resposta para a PAZ que tanto necessita. As reuniões são conduzidos por pessoas da CEPA, com um material especialmente desenvolvido para este projeto.
Como posso ter uma CASA DE PAZ em minha casa?
Mande um e-mail para casadepaz@cepasp.com.br e faça o seu cadastro. Entraremos em contato com você o mais rápido possível para agendarmos uma visita em sua casa.

Seja um Semeador da paz

Converse com seu líder de Pequeno Grupo e cadastre-se com ele para ser um voluntário do projeto.

Cadastre uma Casa de Paz

Se você é líder de um Pequeno Grupo, entregue o cadastro da Casa de Paz diretamente ao Pastor Lino no TADEL ou envie um e-mail para casadepaz@cepasp.com.br

terça-feira, 31 de outubro de 2017

WILLIAM TYNDALE | REFORMADORES

Nascido em Slymbridge, País de Gales, em 1484. Tyndale ingressou, ainda muito novo, na Universidade de Oxford. Lá, estudou grego, latim, hebraico e artes. E cresceu, sobretudo, no conhecimento das Escrituras, às quais se dedicava com afinco e paixão. Seu comportamento e falar correspondiam a seus ensinamentos, tornando-o conhecido por ser um homem virtuoso e ilibado. Após avançar dentro da academia de Oxford, transferiu-se para Cambridge, onde teve contato com as ideias luteranas.
Ao sair de Cambridge, mais maduro – inclusive no entendimento da Palavra de Deus -, foi para Gloucestershire ser tutor dos filhos do Mestre Welch, de quem recebeu grande apoio. Enquanto ali trabalhou, conheceu doutores eruditos e clérigos locais. Quando tais homens visitavam a casa do senhor Welch, conversavam a respeito das Escrituras e Tyndale sempre lhes mostrava, com simplicidade e clareza, as verdades bíblicas, refutando-lhes os erros.    
Com o tempo, os padres começaram a tramar contra ele, em secreto, e a acusá-lo de ser herege. Diante dos vários ataques, Tyndale decidiu deixar Gloucestershire e partiu para Londres. Ao chegar, foi ao encontro do bispo Tonstal em busca de apoio, mas não obteve. Então, após a recusa do bispo, procurou por Humphrey Mummuth, um vereador, que o acolheu e ajudou para que pudesse aprofundar-se nos estudos das Escrituras.
Durante quase um ano em Londres, observando o curso da sociedade e, em especial, o comportamento dos membros da Igreja Católica, entendeu que não havia lugar na Inglaterra em que pudesse realizar seu desejo de traduzir a Bíblia. Contando com ajuda de Mummuth, saiu da Inglaterra e foi para Alemanha, e, algum tempo depois, para Holanda.      
Tyndale sabia que o caminho para conduzir o povo à verdade bíblica era traduzir as Escrituras de forma clara e em sua língua materna. Após dois anos, terminou sua primeira tradução do Novo Testamento e continuou aprimorando o texto nas traduções seguintes. Como qualquer exemplar da Bíblia em inglês era proibido pelas autoridades e deveria ser queimado, precisou usar de estratégia. Começou a contrabandear exemplares de Bíblias para Inglaterra por meio de comerciantes de tecidos. Este fato o tornou conhecido na história como o “Fora da lei de Deus”.
Estima-se que mais de 3.000 cópias traduzidas entraram na Inglaterra naquela época, algo incrível considerando-se as condições primárias de impressões. Enquanto esteve exilado, Tyndale chegou a afirmar que se o rei inglês permitisse que seu povo tivesse livre acesso à Bíblia, no idioma local, ele pararia de escrever e se entregaria ao rei para ser morto. Quanta coragem e amor pelas Escrituras!
Enquanto esteve em Antuérpia, Holanda, conheceu Henry Philips, um compatriota, por intermédio do qual foi traído e entregue aos oficiais. Preso, no Castelo de Filford, próximo a Bruxelas, Tyndale continuou pregando sua fé. Assim o fazia a todos quantos o visitavam e a seus guardas. Segundo dizem, um dos guardas converteu-se e também alguns membros da família dele.  
No que diz respeito a sua tradução do Novo Testamento, embora enfrentando diversas censuras, que alegavam heresias, Tyndale manteve-se firme em seu propósito. Em carta a John Frith escreveu o seguinte: “Peço a Deus que registre para o dia em que deveremos comparecer perante o Senhor Jesus que eu nunca alterei um sílaba da Palavra de Deus contra minha consciência. Tampouco o faria hoje, nem para ter em troca tudo o que existe na Terra, seja honra, prazer ou riqueza”.
No ano de 1536, Wiliam Tyndale foi condenado, estrangulado e queimado numa fogueira. Suas últimas palavras antes de morrer foram: “Senhor, abre os olhos do rei da Inglaterra”. Dois anos depois, o rei permitiu que a tradução da Bíblia em inglês, feita por Tyndale e terminada por seu colaborador, Coverdale, fosse distribuída aos ingleses. Nos séculos seguintes, a tradução bíblica em inglês foi essencial para outras traduções em idiomas ocidentais.
Um homem que não amou a própria vida, antes a entregou para que outros pudessem ter contato com a verdade bíblica e, assim, serem salvos. A história de William Tyndale nos ensina que devemos amar a Palavra de Deus e defender a verdade nela contida, não nos importando com as circunstâncias. Com o exemplo dele aprendemos a ser gratos por termos acesso à Bíblia, escrita em linguagem materna e clara. Valorizemos a verdade bíblica a fim de que sejamos livres dos enganos e falácias!

Qual a importância do batismo cristão?

O batismo cristão é uma de duas ordenanças que Jesus instituiu para a igreja. Pouco antes da Sua ascensão, Jesus disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:19-20). Estas instruções especificam que a igreja tem a responsabilidade de ensinar a palavra de Jesus, de fazer discípulos e de batizá-los. Essas coisas devem ser feitas em todos os lugares ("todas as nações") até "à consumação do século." Então, se não por outra razão, o batismo tem importância porque Jesus o ordenou.

O batismo já era praticado antes da fundação da igreja. Os judeus dos tempos antigos batizavam os prosélitos para significar a natureza "purificada" dos convertidos. João Batista usou o batismo para preparar o caminho do Senhor, exigindo que todos, não apenas os gentios, fossem batizados porque todo mundo precisa de arrependimento. No entanto, o batismo de João, que significa arrependimento, não é o mesmo que o batismo cristão, como visto em Atos 18:24-26 e 19:1-7. O batismo cristão tem um significado mais profundo.

O batismo deve ser feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito – isso é o que o torna "cristão". É através desta ordenança que uma pessoa é admitida na comunhão da igreja. Quando somos salvos, somos "batizados" pelo Espírito no Corpo de Cristo, que é a igreja. Primeiro Coríntios 12:13 diz: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito." O batismo pela água é uma "reconstituição" do batismo pelo Espírito.

O batismo cristão é o meio pelo qual uma pessoa faz uma profissão pública de fé e discipulado. Nas águas do batismo, uma pessoa diz, sem usar palavras: "confesso a minha fé em Cristo; Jesus limpou a minha alma do pecado, e agora tenho uma nova vida de santificação".

O batismo cristão ilustra, de forma cênica, a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Ao mesmo tempo, ele também ilustra a nossa morte ao pecado e a vida nova em Cristo. Quando o pecador confessa o Senhor Jesus, ele morre para o pecado (Romanos 6:11) e é elevado a uma nova vida (Colossenses 2:12). Estar submerso na água representa a morte para o pecado, e emergir da água representa a vida santa e purificada que segue a salvação. Romanos 6:4 coloca desta forma: "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida."

Em resumo, o batismo é um testemunho exterior da mudança interna na vida de um crente. O batismo cristão é um ato de obediência ao Senhor depois da salvação; embora o batismo seja intimamente associado com a salvação, não é um requisito para ser salvo. A Bíblia mostra em muitos lugares que a ordem dos eventos é que 1) uma pessoa crê no Senhor Jesus e 2) então é batizada. Esta sequência é vista em Atos 2:41: "Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados" (também Atos 16: 14-15).

Um novo crente em Jesus Cristo deve desejar ser batizado o mais rápido possível. Em Atos 8, Filipe compartilha “as boas novas de Jesus Cristo" para o eunuco etíope, e "seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado?"(Versos 35-36). Imediatamente, eles pararam o carro e Filipe o batizou.


O batismo ilustra a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Em todos os lugares onde o evangelho é pregado, as pessoas devem ser batizadas.

Fonte: Goquestions

A BÍBLIA E A REFORMA | REFORMADORES


Introdução

Traduzir as Escrituras de suas línguas originais para os idiomas locais já era uma prática do povo de Deus desde a antiguidade. Basicamente dois idiomas foram utilizados nos textos originais: hebraico no antigo testamento (AT), com exceção de algumas porções escritas em aramaico, e grego no novo testamento (NT). Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e relacionamento com Deus. Estes registros possuíam grande significado e importância para eles e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e transmitidos de geração em geração. Antes mesmo de o Novo Testamento ser escrito, os judeus já haviam traduzido o Antigo Testamento para a língua grega, tradução conhecida como Septuaginta, ou, versão dos setenta. Nos primeiros séculos da igreja cristã a Bíblia inteira foi traduzida para línguas como siríaco, armênio, latim, gótico, etíope, etc.

A Bíblia no contexto da Reforma

Com o fortalecimento da Igreja no ocidente e a adoção do latim como língua oficial da igreja, o processo de tradução ficou esquecido. A Igreja Católica havia se dado por satisfeita com a versão em latim de Jerônimo, a Vulgata, do início do século V, e não estimulava sua tradução para outros idiomas por considerar a Bíblia um livro difícil de ser entendido e não apropriado para ser lido por leigos. Assim, a Igreja Católica passou a usar quase que exclusivamente o texto em latim.
Na época anterior à Reforma Protestante, como o povo comum não falava esta língua nem a entendia, a compreensão do texto bíblico passava totalmente pelas mãos do clero. Os padres liam e interpretavam, à sua maneira, os ensinos sagrados. Nesse período o que o clero  dizia tinha peso igual ou maior ao que a Bíblia dizia.
Lutero, Calvino e outros defendiam as Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática para todos os cristãos. Havia porém um problema. Como o povo poderia ler e interpretar as Escrituras se elas estavam acessíveis quase que somente em latim ou em suas línguas originais? Não é à toa que a igreja de Roma tenha feito um esforço enorme para destruir cópias das Escrituras traduzidas. A Reforma reivindicou  que não pode haver verdadeiro cristianismo sem acesso às Escrituras. Foi então que realizou-se um esforço enorme pela tradução da Bíblia.
Neste período inúmeras traduções surgiram e foram amplamente divulgadas. Lutero traduziu as Escrituras para o alemão. Um primo de Calvino, para o francês. O sínodo de Dort, na Holanda, promoveu a tradução para o holandês e a famosa versão King James foi produzida na Inglaterra. Meio século mais tarde, mas ainda como fruto da Reforma, João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia para a língua Portuguesa. Desde então, centenas de línguas têm recebido traduções da Bíblia.
A Bíblia – o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo -, desde suas origens, já era considerada Sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes.

A Bíblia em português

Em 1648, aos 17 anos, João Ferreira de Almeida iniciou aquela que seria a primeira tradução completa da Bíblia para a língua portuguesa, em Portugal. Finalizou o Novo Testamento em 1676 e lançou-o em 1681. Em 1691 faleceu sem terminar a sua tradução do Antigo Testamento, a qual foi concluída anos mais tarde, em 1748, por outro estudioso da Bíblia. Já no século XX, em 1967, a Sociedade Bíblica do Brasil revisou e adaptou a versão de João Ferreira, lançando a Bíblia Almeida Revista e Atualizada, a qual é a mais difundida e utilizada nos dias atuais.
Foi o acesso à Bíblia traduzida e sua comparação com os ensinos da Igreja Católica que provocaram as maiores perdas de membros da Igreja Oficial da época da Reforma. À medida que as pessoas descobriam o verdadeiro ensino bíblico, recusavam todo e qualquer ensino que o contradissesse. Somente as Escrituras devem ser a regra de fé e prática para o cristão.

Fontes:

Introdução Bíblica. Como a Bíblia Chegou Até Nós – Norman Geisler, William Nix. Editora Vida.
Uma Glória Peculiar. Como a Bíblia se revela completamente verdadeira – John Piper. Editora Fiel.
Pilares da FéA Atualidade da mensagem da Reforma – Franklin Ferreira. Editora Vida Nova



OS MÁRTIRES DE GUANABARA | REFORMADORES


A Reforma na França

A Reforma se espalhou pela França, principalmente devido a propagação dos escritos de João Calvino. Este, de Genebra, prestava grande apoio aos protestantes franceses, ou “huguenotes, como eram chamados. Eles eram perseguidos e reuniam-se de maneira clandestina. Ainda assim, a Reforma alcançou pessoas de todas as classes sociais, como Margarida de Angouleme, esposa de Henrique, rei de Navarra e o almirante Gaspard de Chantillon Coligny.

A colônia francesa no Rio de Janeiro

Villegaignon era um militar de grande reputação na França, devido a sua participação em diversas campanhas em outros territórios. Mas encontrou-se insatisfeito com seu próprio país após aborrecer-se com uma derrota numa campanha e discórdias com outros militares. Foi quando ouviu falar das recém descobertas terras brasileiras e teve a ideia de realizar uma expedição para lá, a fim de estabelecer uma colônia. Suas motivações para isso eram bastante controversas, o que pode ser visto no fato de que, sendo ele membro de uma ordem católica, buscou o apoio de um protestante, o almirante Gaspard de Coligny. Este era o único que poderia financiar a viagem.
Ao apresentar ao almirante Coligny a ideia da expedição, Villegaignon disse que seu objetivo era estabelecer um refúgio aos protestantes perseguidos na França. Assim, conseguiu por meio do almirante, o apoio do rei, que concedeu recursos e permissão para recrutar colonos. Estes incluíam tanto católicos como protestantes.
Em 1555, após uma viagem sofrida, eles chegaram à Baía de Guanabara. Villegaignon decidiu que se estabeleceriam na ilha hoje chamada de Fiscal, por sua posição estratégica. Fundar uma colônia numa ilha era uma péssima ideia e essa foi uma de suas várias ações que aborreciam os colonos.

O pedido do envio de mais huguenotes

O clima de insatisfação contra Villegaignon aumentava na colônia. Rebeliões estouraram e, a fim de salvar a colônia de se desintegrar, Villegaignon pediu à igreja Reformada em Genebra que enviasse ministros da Palavra de Deus à Guanabara. Em sua carta, dizia que precisava deles para cuidar da igreja e pregar o evangelho aos nativos ali.
Seu desejo foi atendido e, em 10 de março de 1557, um grupo de huguenotes chegou à Guanabara. No início, Villegaignon, mostrou-se simpático para com eles e recebeu-os bem, chegando até a declarar-se como protestante. Mas logo começou a divergir dos huguenotes em relação a diversas questões doutrinárias. Tornou-se um tirano cruel, passou a obrigar seus trabalhadores a efetuarem trabalhos forçados, em condições precárias. Em outubro do mesmo ano, Villegaignon expulsou os protestantes da pequena ilha para o continente devido aos constantes conflitos.
Então, no início de 1558, os missionários decidiram regressar a seu país. Todavia, diante das condições precárias da embarcação, cinco deles decidiram voltar à terra firme: Jacques Le Balleur, Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon. Foram até Villegaignon para pedir-lhe que os recebesse novamente, mas foram acusados pelo comandante de serem traidores e espiões, açoitados e encarcerados em péssimas condições.
Por haver declarado-se inimigo dos cristãos protestantes, e por saber que poderia agradar o rei da França com a morte deles, resolveu interrogá-los sobre sua fé, a fim de condená-los por heresia. Os missionários foram obrigados a descrever sua fé, no prazo de 12 horas, respondendo a uma série de perguntas, sabendo que estavam assinando a própria sentença de morte.
Villegaignon, ao receber o documento, que ficou conhecido como Declaração de Fé de Guanabara, indignou-se muito. Ao ler o documento mandou chamá-los para confirmar se eles concordavam com o que estava escrito ali, e, então, executá-los. Bourdel, Verneuil e Bourdon foram lançados ao mar de um despenhadeiro, o último, após ser enforcado. Os demais foram poupados.

O testemunho dos huguenotes

Essa história pouco conhecida remete à época do nascimento de nosso país. Os missionários huguenotes realizaram aqui o primeiro culto evangélico e escreveram a primeira confissão de fé das Américas. Perseguidos em sua terra natal, aceitaram fazer uma longa viagem sem saber que seriam também perseguidos na colônia. A motivação: o amor à Palavra que havia transformado suas vidas e que desejavam pregar aqui. E assim o fizeram. Entre os colonos, anunciaram o evangelho e muitos se converteram. Realizaram missões entre os índios tupinambás, escrevendo alguns dos primeiros registros sobre eles. Não recriminavam seus costumes, bastante repulsivos para os europeus, nem os condenavam por serem diferentes. Talvez, se tivessem tido mais tempo, pudessem ter realizado um trabalho permanente entre os indígenas. Aqueles missionários, pressionados e sob ameaças, não negaram a fé. Antes, conseguiram declará-la de maneira competente, sem jamais agir com violência contra o ambicioso tirano que os oprimia.
Essa história nos traz reflexões. Aqueles que conhecem verdadeiramente a Palavra de Deus experimentam grande libertação e logo ficam desejosos de anunciá-la aos que não a ouviram, até mesmo nos lugares mais distantes. A Palavra também desperta grande paixão naqueles que a conhecem, levando-os a buscar conhecê-la ainda mais e até mesmo dar a vida por ela. Porque essa é a Palavra de Cristo. A Palavra que precisamos conhecer, amar e anunciar.
Conseguiríamos, como os missionários, descrever nossa fé? Saberíamos explicar e mostrar na Bíblia os pontos mais importantes do evangelho caso fôssemos perguntados? Graças ao Senhor, hoje, Ele tem os dele nesta nação. Precisamos orar por ela e viver de acordo com as Escrituras, conhecê-las e estar claros quanto à nossa esperança (1 Pe 3:15).

Com a valiosíssima contribuição de Matheus Cândido.

Fontes: 

Livro “A Tragédia da Guanabara – A História dos Primeiros Mártires do Cristianismo no Brasil” de Jean Crespin.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A Paz Seja Com Você!



Quando os soldados romanos levaram Jesus do Jardim do Getsêmani, os seguidores dele fugiram. Não sabemos aonde foram, mas sabemos que eles não conseguiram tirar Jesus de suas mentes. Eles voltaram e a igreja do nosso Senhor começou com um grupo de homens assustados num sala no andar de cima.
Soa familiar? Quantas igrejas têm religião suficiente para se reunirem, mas não têm paixão suficiente para sair? Boas pessoas. Boas intenções. Palavras. Promessas. Mas enquanto isso continua, a porta permanece trancada e a história permanece em segredo. O que será necessário para destrancá-los?
Permita que Jesus entre na sua sala no andar de cima e fique diante de você. Coloque sua mão no lado dele que foi cortado. Olhe naqueles olhos que derreteram os portões do inferno e botaram Satanás para correr. Olhe para eles, enquanto eles olham pra você. Você nunca mais será o mesmo.

Sua Parte É Confiar




Alguns de nós já escrevemos os nossos próprios versículos da Bíblia como de Opiniões Populares 1:1 “Deus ajuda aqueles que se ajudam.” A gente se conserta, obrigado. Podemos compensar por nossos erros com doações, culpa e obras. Podemos superar nossas derrotas com muito esforço. Vamos alcançar a salvação do jeito antigo – vamos merecê-la!
Cristo, em contraste com isso, nos diz: sua parte é confiar. Confie em mim para fazer o que você não consegue. A propósito, você toma passos de confiar parecidos, diariamente. Você confia que a cadeira irá lhe apoiar, então você coloca o seu peso nela. Você confia no funcionamento do disjuntor de luz, então você acende. Diariamente você confia num poder que não consegue ver para realizar um trabalho que você não é capaz de fazer.
Jesus lhe convida a fazer os mesmo com ele. Mas só com ele. Não com algum outro líder. Nem com você mesmo. Jesus Cristo. Olhe para Jesus… e creia!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Paz Obstinada

Quem você conhece tem uma paz obstinada? Os problemas deles(as) não são diferentes, mas existe uma serenidade que suaviza os cantos dos seus lábios.



Um padre visitou um homem assim no hospital. Ele estava perto da morte. O padre notou uma cadeira vazia ao lado da cama e se indagou se alguém tinha estado lá. O velho homem sorriu, “Eu coloco Jesus nessa cadeira e falo com Ele.” O padre ficou curioso, então o homem explicou. “Anos atrás um amigo me ensinou que orar é tão simples quanto conversar com um bom amigo. Então, todos os dias eu puxo uma cadeira e Jesus e eu temos uma boa conversa.”
Quando a filha informou ao padre que seu pai havia falecido, ela disse, “Quando cheguei ao quarto dele, encontrei-o morto. Estranhamente, sua cabeça estava descansando, não no travesseiro, mas numa cadeira vazia ao lada da cama.” A imagem da paz obstinada!
de “O Aplauso do Céu”

Paz com Deus

Enquanto um monge e seu aprendiz voltavam ao mosteiro, o aprendiz estava bastante calado. Mas, quando perguntado se havia algo de errado, o aluno respondeu, “O que é da sua conta?” Quando chegaram perto da abadia, o monge perguntou, “Conte-me meu filho. O que perturba a sua alma?” “Eu cometi um grande pecado” ele chorou. “Não estou digno de entrar na abadia ao seu lado.” O mestre, abraçando o aluno, falou “Entraremos na abadia juntos. E juntos confessaremos o pecado. Ninguém, somente Deus saberá qual de nós caímos.”
Não é isso que Deus fez conosco? Quando guardamos o nosso silêncio, nos afastamos dEle. Mas, a nossa confissão de erros altera a nossa percepção. Romanos 5:1 diz “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus”. Deus não é mais o nosso inimigo, mas, o nosso amigo!

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Entregue sua lista para Deus!

Deus não quer apenas os erros que já cometemos – Ele quer aqueles que estamos cometendo. Você está bebendo demais? Você está trapaceando no trabalho ou traindo no casamento? Você está administrando mal a sua vida? Não finja que nada está errado. O primeiro passo depois de um tropeço deve ser em direção à cruz.
1 João 1:9 promete, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados”.
Comece com os seus maus momentos. E enquanto você estiver ali, entregue a Deus os seus momentos “raivosos”. Existe uma história sobre um homem que foi mordido por um cachorro. Quando ele soube que o cachorro tinha raiva, começou a fazer uma lista. O médico disse, “não há necessidade de fazer um testamento – você ficará bem”. “Ah, não estou fazendo um testamento”, ele disse, “estou fazendo uma lista de todas as pessoas que quero morder!” Deus quer essa lista! Ele quer que você a deixe na cruz. 

  Como está a saúde? Respirando primeiro Essa é sua vida. Você é o que deseja ser? Por: Switchfoot Em caso de despressurização da cabine, má...