Quando vamos a Cristo, Deus não apenas nos perdoa, como também nos adota. Através de
uma série de eventos dramáticos, passamos de órfãos condenados sem nenhuma esperança a
filhos adotados sem qualquer medo. Veja como acontece: você chega perante a cadeira de julgamento de Deus cheio de erros e rebeliões. Por causa de sua justiça, Ele não pode deixar de lado o seu pecado, mas por causa de seu amor, Ele não pode deixar você de lado. Então, num ato que atordoa os céus, Ele pune a si mesmo sobre a cruz, por seus pecados. A justiça e o amor de Deus são igualmente honrados. E você, criação de Deus, é perdoado.
Entretanto, a história não termina com o perdão de Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual chamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16).
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gl4.4,5).
Seria suficiente se Deus apenas limpasse seu nome, mas Ele fez mais: deu a você seu próprio nome. Bastaria se Deus apenas o tivesse posto livre, mas Ele fez mais. Ele levou você para casa.
Levou-o para a grande Casa de Deus.
Pais adotivos compreendem isso melhor que ninguém.
Certamente não quero ofender qualquer pai biológico — eu mesmo sou um. Nós, pais biológicos, conhecemos bem a ânsia de ter um filho. Porém, em muitos casos, nossos berços são facilmente preenchidos. Decidimos ter um filho, e o filho vem. Na verdade, às vezes ele vem sem que tenha havido qualquer decisão. Tenho sabido de gravidezes não planejadas, mas nunca ouvi falar de uma adoção sem planejamento.
Eis porque os pais adotivos compreendem a paixão de Deus ao nos adotar. Eles sabem o que significa sentir um espaço vazio dentro de casa. Sabem o que significa a longa procura, o colocar-se a caminho de uma missão e aceitar a responsabilidade por uma criança com um passado maculado e um futuro incerto. Se há alguém que compreende a paixão de Deus por seus filhos, é aquele que livrou um órfão do desespero, pois foi isto o que Deus fez por nós.
Deus adotou-nos. Deus procurou você, achou-o, assinou os papéis e levou-o para casa.
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