Sempre ouvimos falar da Palavra de Deus e as vezes nos perguntamos por que algumas pessoas saem da igreja e não voltam mais, vão para o “mundo” e lá ficam, já que na Bíblia está escrito que o Pastor quando perde apenas uma de suas ovelhas, larga todas as outras no aprisco e vai atrás daquela que se perdeu e quando a encontra se sente mais feliz por ela do que por todas as outras, ou então em um comparativo com a dracma (moeda), quando ela é perdida a viúva varre toda a casa até encontrá-la e se sente mais feliz por aquela moeda do que todas as outras, se isto está escrito na Bíblia porque algumas pessoas se perdem e não voltam mais?
Primeiros vamos analisar estas três parábolas:
A OVELHA
“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?; E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso; E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento;” (Lucas 15:4-7).
A MOEDA (Dracma)
“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” (Lucas 15:8-10)
O FILHO PRÓDIGO
“Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; … “( Lucas 15: 11-23).
Nestas parábolas podemos perceber que o tema central é o mesmo, a perda, a queda, uma ovelha que se perde, um objeto de valor que se perde, um filho que se perde. Nestas mesmas parábolas de um jeito sútil ela nos diz como as almas se perdem.
A ovelha se perde por curiosidade, pois ela estava ali junta com as outras e de repente fica curiosa para saber o que há do outro lado da colina, qual o tipo de comida, o que tem por ali, se lá tem mais espaço para ela, e sai para verificar e quando percebe está perdida… Assim é com muitos cristãos que estão dentro da Igreja, tem alimento e segurança mas por curiosidade querem conhecer o mundo e seus pratos, suas colinas, vão caminhando para o lado de “lá” experimentando aqui e ali e quando percebem estão perdidos e já não conseguem voltar para casa de Deus. Neste caso assim como a ovelha, o nosso Bom Pastor vai atrás de nós que por ingenuidade nos perdemos e nos desgarramos, Deus, sem forçar-nos a voltar nos busca e nos traz novamente a sua casa e se alegra grandemente.
Já a Moeda se perdeu por descuido, esquecimento… Assim são alguns crentes que estão na casa de Deus que por um descuido acabam caindo, seja nas tentações, nas ciladas… e acabam se perdendo no mundo por um tropeço, uma queda, mas Deus em sua bondosa sabedoria nos procura e nos traz de volta para perto de si e se alegra muito quando retornamos.
Agora o filho pródigo, destes três exemplos foi o único que se perdeu por vontade própria, pois conhecia o mundo e conhecia a casa de seu pai, e em um momento disse me dá tudo o que tenho e eu irei embora. Quantos crentes nós conhecemos que também são assim, que estão na casa de Deus e um dia dizem que vão embora, e por vontade própria se afundam como o filho pródigo, passam por agruras por terem deixado a presença de Deus, notemos que neste caso o Pai não vai atrás do filho, foi o filho que teve que retornar, irmão quando um crente decide largar a Deus por vontade própria, no seu intimo Deus também espera que ele volte, e este mesmo que saiu por vontade própria tem que ter vontade de voltar para a casa de Deus, e quando voltar Deus se alegrará muito, mas Deus que é fiel e não nos força a nada também não forçará a pessoa a voltar nos dando o livre arbítrio e todo o poder sobre nossa vida e somos nós que decidimos se queremos que Deus a dirija ou não.
Temos que notar que mesmo assim Deus não abandona nenhum deles, nem a moeda, nem a ovelha, nem o pródigo. Deus não é Deus de força nem de violência todos tem uma escolha, podem ficar perdidos ou podem voltar para os braços do Pai. Se você é a ovelha, a moeda ou o Filho Pródigo, não importa, Deus espera ansiosamente o seu retorno para perto dEle.
Não pense que Deus te esqueceu, que te abandonou, retorne agora mesmo para perto dEle e com alegria te receberá. E nós que estamos na casa de Deus não vamos fazer como nestas parábolas, não vamos nos perder por qualquer um dos motivos acima, pois Deus nos ama muito e se entristece cada vez que um filho seu se perde. Para quem está longe de Deus note que Deus nos ama muito e em todas as situações Deus se alegra e muito, pela nossa volta, Deus espera você amado e espera o seu retorno, volte agora mesmo para os braços dEle.
Por Anderson Augusto - texto inspirado na citação de Max Lucado no seu livro Ele escolheu os cravos.