terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Algumas maneiras como seu filho pode se conectar a Deus.

Por Christie Thomas
Um dia, na primavera, enquanto dirigia meu carro, contei ao meu filho de 4 anos: “A grama estava morta durante todo o inverno, mas agora está voltando à vida. Você conhece alguém que estava morto, mas voltou à vida? ”Sua resposta, claro, era Jesus! Então tivemos uma conversa interessante sobre a ressurreição e o poder de Deus - tudo por causa da grama verde. 
Eu gostaria que esse tipo de conversa acontecesse mais frequentemente com meus filhos. Tentei iniciar uma conversa semelhante com um filho mais velho, mas tive menos sucesso. Uma das razões é que meus filhos têm diferentes temperamentos espirituais, assim como têm diferentes corpos, personalidades, interesses e disposições emocionais. Seus temperamentos espirituais freqüentemente afetam como eles aprendem sobre Deus.
O pastor e autor Gary Thomas refere-se a esses temperamentos como "caminhos sagrados". Thomas observa que todos os cristãos têm maneiras diferentes e aceitáveis ​​de demonstrar seu amor por Deus. "Nossos temperamentos nos farão sentir mais confortáveis ​​em algumas dessas expressões do que em outras - e isso é perfeitamente aceitável para Deus", escreve Thomas em seu livro Sacred Pathways . “De fato, ao adorar a Deus de acordo com o modo como Ele nos criou, estamos afirmando Sua obra como Criador”.
Algumas pessoas acham mais fácil se conectar com Deus através de seus arredores ou rotinas, enquanto outras podem preferir serviço ou usar seu intelecto. O caminho espiritual dominante de uma criança fornece mais pontos potenciais de conexão com Deus. Embora seu filho possa ter uma combinação desses sete temperamentos, você verá que um ou dois deles podem se destacar um pouco mais do que os outros.

O tradicionalista

A maioria das crianças começa a vida com necessidade de rotina. Os tradicionalistas não apenas prosperam nesse ambiente, mas à medida que crescem, continuam precisando de estrutura em sua fé. Tempos de adoração consistentes, orações estruturadas e celebrações confiáveis ​​e significativas beneficiam essas crianças pequenas.
À medida que os tradicionalistas envelhecem, eles podem se inclinar mais para outro temperamento, enquanto ainda confiam na estrutura básica de fé com a qual cresceram. Outros se tornarão mais definidos em seu temperamento tradicionalista. Eles podem criar seus próprios rituais diários ou rotinas de trabalhos de casa; essas crianças prosperam na consistência.
Para incorporar as rotinas de fé em suas vidas, crie celebrações especiais para o Advento, a Quaresma e o Pentecostes - celebrações que podem parecer restritivas aos não-tradicionalistas, mas trarão vida a alguém desse temperamento. Essas crianças também prosperam quando oram em determinados momentos do dia ou quando suas horas de oração são baseadas em sinais externos, como um sino da escola.
Personagens da Bíblia para conferir:
Abraão (construiu muitos altares)
Ester (construiu sua coragem para quebrar uma regra para salvar os judeus)
Passagens da Bíblia para ler juntos:  Colossenses 3:16, 1 Coríntios 11: 17-34 

O naturalista

Algumas crianças podem ser conectadas para se conectarem com Deus através da natureza. Assim como alguns adultos se sentem mais próximos de Deus quando estão no topo de uma montanha ou enquanto pescam, muitas crianças se sentem mais próximas de Deus enquanto desfrutam de Sua criação. Eles podem entender melhor as metáforas espirituais quando relacionadas ao mundo natural. Deus usa a natureza - ervas daninhas, jardins, animais de estimação, nuvens e pessoas - para atrair essas crianças para mais perto dEle.
No caso da criança naturalista, um pai precisará ajudá-lo a abordar a criação atentamente e com um ouvido inclinado em direção ao Criador. Se os seus filhos são jovens, você pode e deve assumir a liderança ao apontar como a criação de Deus nos atrai para Ele, semelhante à conversa que tive com meu filho. Eventualmente, será um caminho natural para o seu filho se conectar com Deus. Caso contrário, eles podem ter a tendência de dar crédito à natureza por si mesmos. Falar sobre a natureza como criação de Deus é fundamental para atrair os olhos do naturalista para o Criador.
Personagem da Bíblia para conferir:
Elias (um profeta que se mudou muito)
Deborah (julgou Israel sob uma tamareira ao invés de uma tenda)
Passagem bíblica para ler juntos:  Salmos 19: 1-6

O Sensato

As crianças, por natureza, são incrivelmente responsivas ao input sensorial. Alguns, no entanto, são realmente movidos por ele. De um modo similar ao naturalista sendo levado ao culto pelo ambiente natural, o sensato é movido a adorar através do cócegas dos sentidos: arte, música, comida deliciosa, cheiros inebriantes, novas texturas e dança. Isso pode parecer estranho em nossa cultura de igrejas de paredes nuas, mas o próprio céu é frequentemente descrito como uma multidão bela e exuberante de vozes louvando em todas as línguas (Apocalipse 15: 4; 19: 6-7).
Para ajudar as crianças sensoriais a se conectarem de maneira significativa com Deus, proativamente aponte a beleza estética e tátil das coisas que Deus fez para chegar a momentos de aprendizado. Você pode perguntar-lhe: "Como é que esse cheiro / sabor / música faz você se sentir?" Ou "O que isso reflete sobre a fé / Deus?" Se você não ajudá-los a entender que Deus deu ao mundo sua beleza estética através das artes , a cultura pode convencer as crianças sensórias de que a beleza por causa da beleza é importante. Portanto, seus momentos curtos e ensináveis ​​são fundamentais para o sensato.
Personagens da Bíblia para conferir:
David (e seus muitos salmos)
Maria (irmã de Lázaro) 
Passagem bíblica para ler juntos:  Ezequiel 1-3: 15

O cuidador

Eu tenho um filho que me segue quando estamos em casa Ele ama swishing toilets, fazendo camas e panificação, e está constantemente à procura de pequenas maneiras de ajudar. De fato, quando lhe dizem que ele não pode ajudar com uma certa tarefa, ele fica chateado. Tenho a suspeita de que ele achará mais fácil desenvolver um relacionamento com Deus enquanto serve os outros. Nem todas as crianças gostam de servir comida aos desabrigados. Para uma criança como a minha, pode parecer pura alegria.
A tentação de um cuidador é a mesma luta sentida por Marta: Ela estava tão ocupada servindo a Jesus que se esqueceu de usar esse serviço como forma de conhecer seu Salvador. É bastante simples expor uma criança ao serviço cristão. Outra coisa é mostrar-lhe como permitir que seu serviço o aproxime de Cristo. Quando você fala sobre os atos de serviço da criança, faça-o considerar quais foram feitos com um motivo puro para abençoar outras pessoas em nome de Jesus e que foram feitas com orgulho ou sentimentos de justiça. Encontrar a motivação certa é fundamental para essa criança.

Descubra seus pontos fortes e fracos como um pai

Bons pais não são perfeitos. E tudo bem. Não há nenhuma fórmula a seguir, mas existem maneiras pelas quais você pode crescer todos os dias. Para ser um ótimo pai, é importante primeiro conhecer e avaliar como você está indo.
Queremos que você esteja equipado como pai / mãe para desenvolver as habilidades necessárias para criar a próxima geração de crianças saudáveis, maduras e responsáveis. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Dicas para o dia da família!

1. Monte um acampamento na sala
2. Faça um piquenique na sala (quem disse que o jantar precisa ser sempre na mesa, né?)
3. Jogue várias partidas de um jogo de tabuleiro
4. Coloque a criançada para dançar numa balada (com e sem karaokê)
5. Convide as crianças para fazer o jantar da família (tem um monte de receitas no Tempojunto na cozinha. Experimente a Floresta Encantada)
6. Transforme uma caixa de papelão em um brinquedo
7. Brinque de caça ao tesouro (no post tem imagens com pistas prontas para você baixar e imprimir).
8. Monte uma pipa caseira para soltar num local adequado em casa ou no parque no próximo domingo de sol.
9.Deixe a criança ensinar uma música para todos.
10. Faça aviões de papel.
11. Stop Bíblico 


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Funções do corpo e a revelação no espírito.


Funções do corpo. O corpo possui três funções básicas: recepção, instinto, expressão.
Recepção é a capacidade do corpo de captar informações do mundo exterior, através dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).
Instinto é a capacidade do corpo de reagir automaticamente em resposta aos estímulos externos. Por exemplo: instinto de sobrevivência, o instinto de autodefesa, o instinto sexual, etc. Nosso corpo tem vários sistemas orgânicos instintivos, cada qual cumprindo uma função específica, mas também   trabalhando de maneira maravilhosamente harmoniosa, a fim de manter-nos vivos (por exemplo, os sistemas respiratórios, o sistema digestivo, o sistema circulatório).
Os instintos são automáticos e em si mesmo não são pecaminosos. Deus criou instintos bons, mas a queda do homem os degenerou. O instinto de sobrevivência, que inclui comer e beber, pode se degenerar em glutonaria e alcoolismo. O instinto de defesa, que inclui esquivar-se e proteger-se, pode se degenerar em ira e todo tipo de violência. O instinto sexual, que inclui reprodução e prazer com o cônjuge, pode se degenerar em adultério, prostituição, homossexualismo e sodomia.
Expressão é a capacidade de o corpo externar os pensamentos, os sentimentos e as decisões da alma. Inclui a fala e a linguagem corporal.

Algumas aplicações práticas importantes sobre o conhecimento do espírito, alma e corpo

Estágios da salvação. A salvação é um processo que envolve três estágios, os quais ocorrem no passado, no presente e no futuro. Cada estágio ocorre numa parte específica do nosso ser:
1. Regeneração do espírito (evento passado, definitivo): Ef 1.13, 2Co 5.17, Mt 26.41. Nosso espírito foi de uma vez por todas restaurado e conectado a Deus, pelo Espírito Santo que veio habitar dentro de nós. Ele não pode e não vai sair da vida de um cristão salvo, a menos que este entre em um processo de apostasia e aí permaneça até o ponto “calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança e ultrajar o Espírito da graça (Hb 10.26-29,39).
2. Transformação da alma (processo presente, em andamento): Rm 12.2, Ap 22.14, Hb 12.14. No céu não teremos uma nova alma. Nossa personalidade individual será preservada, embora não o nosso caráter, o qual devemos transformar segundo o caráter de Cristo. Esse processo de quebrantamento e transformação da alma requer nossa colaboração ativa, em parceria com o Espírito Santo, como será detalhado mais adiante na Parte 2 deste curso.
3. Glorificação do corpo (evento futuro, ansiosamente esperado): Fp 3.21. Nosso corpo natural não tem conserto nem salvação. No céu receberemos um novo corpo, semelhante ao de Jesus.


 A revelação no espírito. Revelação espiritual não é, como muitos entendem, apenas “receber um recado específico de Deus para sua vida”. Isso é somente um aspecto da revelação divina, expressando-se através do dom da palavra de conhecimento. Na verdade, “revelação é, simplesmente, ver do ponto de vista de Deus. É saber algo que talvez nossa mente até já saiba, mas que passa a ser visto e entendido sob a luz do Espírito Santo. É quando as letras da Bíblia saltam aos nossos olhos e fazem com que aquilo que já sabíamos pela mente adquira agora uma nova intensidade e assuma uma realidade antes desconhecida.” [ref. 1, pág. 21]. Por exemplo, podemos durante muitos anos ler e conhecer pela mente que “somos templo do Espírito Santo”, sem que isso produza qualquer transformação de vida. Mas quando em nosso espírito recebemos revelação dessa tremenda e poderosa verdade, quando compreendemos a realidade da habitação do Deus Todo-Poderoso e Santo em nós, então tudo muda! Passamos a andar em um novo nível de santidade, no qual cada palavra, cada gesto e cada passo importa, para que manifestemos a luz do Senhor através de nós.
Por si só, a mente não pode ter revelação de Deus; só o nosso espírito tem essa função: 1Co 2.9-14; 2Co 5.16. A revelação ocorre primeiro no espírito (Mc 2.8, At 20.22, Ap 1.10). O Espírito Santo transmite uma verdade ao nosso espírito, e este a comunica à mente, desde que esta esteja quebrantada, calma, sensível e atenta ao espírito. Caso contrário, a alma abafará o espírito e não receberá revelação nenhuma.
E sem revelação no espírito é impossível conhecer e fazer a vontade de Deus. Fazer a nossa vontade, a vontade da alma sem a revelação e direção do espírito, ainda que seja com a melhor das intenções, não somente é inútil como também perigoso. A questão não é “fazer para Deus”, mas sim fazer o que Deus quer que façamos. Aquelas palavras de Jesus em Mt 7.23 infelizmente serão ditas a pessoas que acham que estão servindo a Deus (“em Teu nome”), mas na verdade estavam apenas fazendo a obra pela sua própria mente, isto é, pela carne. Mas aos olhos de Deus isso é iniquidade. O resultado trágico será ouvir as palavras de Jesus: “Nunca vos conheci! Apartai-vos de mim!”.
Portanto, devemos buscar e pedir a Deus o conhecimento espiritual que vem através desse processo de revelação, o qual sempre começa pela intuição divina no espírito e em seguida ilumina e renova a mente de uma alma quebrantada diante de Deus.
Entendendo nossa natureza carnal.  Quando nascemos de novo pela fé em Cristo, nosso espírito foi imediatamente regenerado e definitivamente capacitado, com todo poder e autoridade para assumir a direção da nossa nova vida. Mas nossa alma, não! Nela ainda habita a natureza pecaminosa de Adão, além da herança acumulada pelo “velho eu” durante toda uma vida. As feridas e deformações da alma causadas pelas experiências da velha criatura podem ser curadas e restauradas pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo (de fato, a maioria delas fica na cruz, quando nos convertemos ao Senhor Jesus), mas é importante entender que nossa natureza carnal não pode ser “expulsa”! Se isso não fosse verdade, não haveria necessidade de a Palavra nos exortar a crescer e viver em santidade. Mesmo o mais consagrado servo de Deus está sujeito “às mesmas paixões” de todo ser humano (At 14.15; Tg 5.17) e deve continuamente mortificar sua natureza carnal, pelo espírito (Rm 8.13). Pois a  natureza carnal da alma resistirá sempre contra o espírito.
Esta é uma guerra diária, cujo campo de batalha ocorre na mente (mente carnal vs. mente de Cristo) e na vontade (vontade do ego vs. vontade de Deus): Rm 7.22-23, Gl 5.17, 1Pe 2.11. O resultado de cada batalha faz a diferença entre ser um crente carnal ou um crente espiritual. Ser carnal não significa (necessariamente) pecar, porque mesmo o servo de Deus mais consagrado peca (1Jo 1.10). Também não significa andar em pecado, porque quem vive no pecado ainda nem mesmo é convertido (1Jo 3.9).
O crente carnal é aquele que sinceramente tenta conhecer e fazer a vontade de Deus, mas o faz exercitando sua alma, independentemente do espírito! Ao não buscar a transformação da alma pela Palavra e pelo tratamento do Espírito Santo, o crente carnal tende a seguir aquela função da alma mais predominante em seu caráter problemático e não tratado, e isso dá origem a algumas “categorias” de carnalidade:
O carnal emotivo (governado pelas emoções). Se sente fortes arrepios consegue fazer a obra de Deus, mas se as emoções se vão, perde o ânimo (e se justifica dizendo: “Não estou sentindo”).
O carnal intelectual (governado pela mente). Considera-se muito sábio a seus próprios olhos. Tende a ser extremamente crítico. Racionaliza e evita as coisas sobrenaturais (e se justifica dizendo: “Não sou infantil”).
O carnal volitivo (governado pela vontade). É o crente “oba-oba”. Está sempre aberto a novidades, mas não tem perseverança: quando passa a empolgação deixa tudo de lado (e se justifica dizendo: “Deus não quer sacrifício”).
Embora os comportamentos acima sejam diferentes, há um ponto comum entre eles, que é a marca registrada da carnalidade: a busca da gratificação do ego. O que motiva todo crente carnal é que o seu “eu” (o seu “reizinho interno”) seja reconhecido, elogiado e exaltado. Quando isso não acontece, ele perde a motivação e até entra em crise.
Para nos tornarmos crentes espirituais, é preciso antes receber revelação sobre a total incapacidade de a carne gerar qualquer fruto para Deus (Is 64.6). Todo fruto da carne é fruto podre. Paulo era um homem de alta posição social e com muitos recursos intelectuais, mas renunciou a tudo isso para poder “andar no espírito” (Fp 3.4-8). Como veremos em mais detalhe adiante no curso, o tratamento para a carne é a cruz (Gl 2.20, 5.24). Somente a cruz é suficientemente poderosa para expulsar aquele “reizinho” carnal do seu pequeno palácio e entronizar Cristo em seu lugar!

O “mecanismo da carne”. Já vimos que a natureza carnal (alma + corpo afetados pela queda adâmica) continua latente em nós, mesmo após a conversão. Ainda que a carne tenha sido enviada à cruz e esteja mortificada pelo espírito, ela sempre estará pronta a “ressurgir”. De fato, dos três inimigos que temos (Satanás, o mundo e a carne), a carne é o mais poderoso, pois nossa própria concupiscência pode nos levar a pecar (Tg 1.14-15). Usando como referência 2Sm 11, veja como funcionam os quatro passos do “mecanismo carnal”:
Os sentidos trazem uma informação externa, normalmente através da visão (“… viu do terraço a uma mulher…”).
A informação desperta um instinto (“…que se estava banhando…”). Nesse exemplo, a nudez despertou o instinto sexual. Até aqui, “tudo bem”: Davi poderia ter simplesmente desviado os olhos e bloqueado qualquer pensamento impuro (que tal pegar a harpa e entoar um belo salmo?)
A mente carnal processa os dados e os transforma em desejo ou tentação (“… e era esta mulher mui formosa à vista…”). As coisas começam a se complicar… Mas Davi ainda tinha todas as condições para resistir à tentação (1Co 10.13), pois sendo ele “um homem segundo o coração de Deus”, o Espírito Santo certamente falou em sua consciência, procurando impedi-lo de pecar. Entretanto, nesse momento tudo dependia da decisão que Davi tomaria em sua alma.
A concupiscência da carne aceita a tentação e a transforma em intenção do coração, que já é  pecado (“e perguntou, …e enviou mensageiros, …e a mandou trazer, …”). A decisão foi tomada no coração; o pecado já havia sido concebido, antes mesmo de deitar-se com aquela mulher!
Como evitar o pecado, e o que fazer se cairmos. Como antídoto para o mecanismo da carne, precisamos estar alertas e sensíveis ao alarma que o Espírito Santo vai disparar em nossa consciência, quando chegarmos ao “passo 3” explicado acima. Precisamos, então, bloquear o pecado na fonte. Isso implica dois movimentos:
a) Com firmeza e serenidade, interromper e rejeitar o pensamento pecaminoso, não deixando que sejam desenvolvidas imagens impuras em nossa mente, e
b) Imediatamente, voltar-se para Deus, no espírito, orando e refugiando-se no Senhor, suplicando-Lhe que não nos deixe cair em tentação.
Quanto mais atrasarmos estes dois movimentos, mais a mente carnal vai ganhando espaço, e o nível de tentação aumentará, ficando mais difícil resistir. Mas se praticarmos isso já no primeiro olhar, primeiro pensamento ou primeira imagem mental, será muito mais fácil encontrar graça para continuar caminhando em santidade diante do Senhor. Instantes depois, constataremos que a tentação foi vencida, e que nosso coração e mente continuam puros.  Portanto, devemos ser absolutos em obedecer a nossa consciência: sempre que ela recusar algo, devemos parar imediatamente!
Porque “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). O pecado entristece o Espírito Santo, ofende o Pai Celestial e trai o Senhor Jesus. O pecado anestesia o espírito e embrutece a alma. E se alguém se “acostuma” com ele, poderá se desviar dos caminhos do Senhor e lentamente iniciar um perigoso processo de apostasia pessoal. Ou então, poderá tentar manter uma aparência de santidade, passando a viver uma religiosidade hipócrita que causa náuseas a Deus (Mt 23.13-33).
Mas se eventualmente cairmos em pecado, devemos atender ao apelo de arrependimento que o Espírito Santo gerará em nosso espírito, confessando imediatamente o pecado a Deus e confiando no perdão que a Sua Palavra garante (1Jo 1.9). A partir daí, não devemos aceitar qualquer acusação do inimigo em nossa mente, pois Deus já nos perdoou o pecado e não se lembra mais dele (Jr 31.34; Hb 8.12, 10.17). E mesmo que sejamos infiéis por um algum tempo, e um certo tipo de pecado se torne repetitivo em nossa vida, ainda assim podemos confiar que Deus jamais desiste de nós (Is 49.15; 2Tm 2.13; Jo 6.37). Nesse caso devemos buscar ajuda de um irmão confiável (seu líder, discipulador ou pastor), crendo na promessa de que “se confessarmos os nossos pecados uns aos outros, seremos curados” (Tg 5.16).

Entendendo a ação do inimigo. O objetivo do inimigo é destruir a criação máxima de Deus: você, ovelha do Senhor! (Jo 10.10a). Para atingir tal objetivo, sua estratégia é o engano, induzindo o homem a pecar (2Co 11.3, 2Jo 1.7). E para concretizar essa estratégia ele faz uso de duas táticas: a) ataques diretos à mente, e b) ataques indiretos usando funções do corpo (para “acelerar” o mecanismo da carne exposto anteriormente). Satanás conhece esse mecanismo muito bem (até mais do que o próprio crente desavisado) e procura “dar um empurrãozinho” para que caiamos nesse laço:

A tática de ataque do inimigo, usando funções do nosso corpo. Gn 3.6 ilustra bem a tática de Satanás usar o “mecanismo da carne”:

  • Chamar a atenção, pelos sentidos. “A mulher viu que a árvore era bonita…”.
  • Despertar um instinto. “… e que suas frutas eram boas de se comer”.
  • Produzir um desejo (tentação). “E ela pensou como seria bom ter entendimento.”
  • Concretizar uma intenção (pecado). “Aí apanhou uma fruta e comeu; …”
Para evitar essa armadilha, o corpo deve ser disciplinado, isto é, submetido à vontade da alma, a qual, por sua vez, deve ser transformada pelo Espírito, de modo a não dar ocasião à carne.

Disciplinando o corpo. Disciplinar o corpo envolve três “frentes de batalha”:
Vigiar para que os instintos do corpo não sejam usados pela carne e pelo inimigo para nos levar ao pecado(Sl 101.3a, Rm 6.13). Precisamos estar atentos a todo instante sobre o que o que é que estamos fazendo com o nosso corpo, especialmente sobre o quê fixamos os nossos olhos (Mt 6.22-23), discernindo se isso traz luz ou trevas para dentro de nós. Por exemplo, se um homem deixar seus olhos se fixarem sobre uma mulher que se veste sensualmente, isso certamente será uma brecha para que a mente comece a desenvolver pensamentos impuros e formar imagens obscenas. O mesmo pode acontecer vendo televisão, assistindo a um filme, lendo uma revista, vendo um “outdoor” na rua, acessando a Internet, etc.
Manter o corpo em boas condições de saúde. Por ignorância da Palavra, no meio cristão é popular o conceito equivocado de que a “carne” (referindo-se ao corpo) para nada serve. Isso leva a um completo desleixo em relação ao corpo, frequentemente envolvendo o consumo excessivo de alimentos e a falta de exercícios físicos, com toda uma série de consequências negativas para a saúde. Mas o fato de que o nosso corpo é templo do Espírito Santo e que precisamos dele para poder servir a Deus já deveriam ser motivos mais do que suficientes para cuidar da nossa saúde com zelo, alimentando-nos de maneira sadia e fazendo algum tipo de atividade física ou esporte regularmente.
Submeter o corpo no serviço ao Reino de Deus. Isso requer força de vontade, ou seja, o domínio da alma sobre o corpo, sob a direção do espírito. Implica a prática de disciplinas espirituais, entre as quais as mais importantes são o devocional diário (oração e leitura da Palavra) e o jejum. Tais disciplinas, além de mortificarem a natureza carnal, também fortalecem o espírito. E então teremos poder espiritual para nos dedicarmos com afinco em servir a Deus e ao próximo. Mas também devemos evitar o extremo oposto, caindo no ativismo religioso a ponto de prejudicar a saúde.
Cabe aqui uma nota importante: a disciplina do corpo (incluindo o jejum) não é algo que fazemos para Deus! Não é para adquirirmos bênçãos de Deus e muito menos para sermos aceitos por Ele (isso seria legalismo ou ascetismo). Qualquer tentativa legalista de usar o sacrifício físico para obter de Deus graça ou justificação não é apenas inútil, como também herético. O legalismo anula a graça de Deus (Gl 5.4).
Para quê, então, devemos disciplinar o corpo? O corpo deve ser disciplinado primeiramente para nós mesmos, de modo a melhor servirmos a Deus, apresentando-Lhe nosso corpo de maneira santa (Rm 12.1), e em segundo lugar para os outros, de modo a servirmos de exemplo e engrandecermos a Cristo em nosso corpo (Fp 1.20). Mas como já mencionamos, o pré-requisito para disciplinar o corpo é ter uma alma transformada.

A absoluta necessidade de transformação da alma
:
  • Somente o espírito pode gerar vida espiritual (2Co 3.6b).
  • O espírito não se manifesta independentemente, mas somente através da alma.
  • A alma não se manifesta independentemente, mas somente através do corpo.
Portanto, se a alma não estiver transformada, quebrantada e submetida ao espírito, jamais poderemos produzir verdadeiros frutos espirituais. Não será possível trazer uma pregação ungida, com revelação da Palavra de acordo com a necessidade de quem nos ouve; não poderemos salvar e transformar vidas, ministrando e tocando o espírito das pessoas ao nosso redor; não haverá manifestação de poder espiritual, para glória de Deus e edificação da igreja. Ser um crente espiritual é operar nos outros a vontade de Deus, através de uma alma quebrantada e submissa à direção do espírito, e de um corpo submisso à disciplina da alma.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

A alma e suas funções.


A alma possui três funções básicas: mente, vontade e emoção.
Mente é a sede do entendimento racional, nossa “central de processamento de dados”. É onde reside nossa capacidade intelectual, nossa habilidade para pensar, ponderar sobre informações e chegar a conclusões lógicas a partir das mesmas, através do pensamento.
Vontade é a sede das nossas decisões, nosso poder de escolha, nosso livre-arbítrio, nossa “central de comando”. Corpo e espírito estão sujeitos à vontade da alma. A vontade nos impulsa à ação, nos motiva a tomar certas atitudes e comportamentos. Através dela podemos decidir nos submeter à direção do espírito ou resistir a ele e sufocá-lo completamente. Podemos optar por nos sujeitar aos impulsos carnais ou resistir aos mesmos. Talvez a atitude mais nobre e também a mais difícil para um cristão é renunciar à vontade própria e decidir cumprir a vontade de Deus, ainda que tenha que sofrer por tomar tal decisão (Jo 5.30; Lc 22.42). Isso é crucificar o ego.
Emoção é a sede dos sentimentos, o “tempero” ou “colorido” da nossa vida. É a forma como reagimos a certos estímulos externos ou internos, que podem ser pensamentos, imagens mentais ou circunstâncias e acontecimentos da vida. As emoções definem nosso estado de ânimo e normalmente repercutem tanto no corpo (alteração da respiração, circulação e transpiração) como também na mente (estado mental de empolgação ou depressão). As emoções mais intensas podem desorganizar e até bloquear as funções intelectuais e a razão. Portanto, é preciso estar sempre atento, voltado para o espírito (de onde provém a verdadeira sabedoria) para não tomar decisões com base nas emoções apenas.

Um Pasto Para a Alma





Quando Deus deu os dez mandamentos e chegou ao descanso do sábado, a mensagem dEle foi clara: Se a criação não se acabou quando eu descansei, não vai se acabar quando você descansar! Você sabe que precisamos descansar. Para um campo produzir fruto, precisa ocasionalmente descansar. E para você ficar saudável, você também precisa descansar. Quando Davi diz em Salmo 23 “Ele me faz descansar em pastos verdejantes”, ele está dizendo “Meu pastor me faz descansar em sua obra concluída.”
Com suas próprias mãos perfuradas, Jesus criou um pasto para a alma. Ele tirou à força as rochas do pecado. No lugar delas Ele plantou sementes de graça e cavou lagoas de misericórdia. Dá para imaginar a satisfação no coração do pastor quando a obra é concluída e ele vê as suas ovelhas descansando em pasto verdejante? Dá para imaginar a satisfação de Deus quando nós fazemos o mesmo?

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Uma Âncora Para Sua Alma



Seis horas, numa sexta-feira. Para o observador casual as seis horas são mundanas. Mas para o punhado de testemunhas apavoradas, o milagre mais enlouquecedor está acontecendo. Deus está numa cruz. O Criador do universo está sendo executado!
Não são seis horas normais; não é uma sexta-feira normal. Seus próprios amigos correram para se protegerem. E agora seu próprio pai está começando a dar as costas para ele, deixando-o sozinho. O que você faz com aquele dia da história? Se Deus comandou sua própria crucificação…se ele deu as costas ao seu próprio filho…se ele atacou os portões de Satanás, então aquelas seis horas naquela sexta-feira foram lotadas de triunfo. Se aquele era Deus naquela cruz, então o monte chamado Caveira é granito fincado com estacas nas quais você pode ancorar sua alma para sempre!

Corpo, Alma e Espírito


O homem é um ser trino, no qual espírito, alma e corpo são partes que compõem um todo integral, e sempre estarão presentes em seu ser. Mas são distintos.
Corpo é a parte do nosso ser pela qual percebemos o mundo exterior, através dos sentidos. É a nossa “carcaça” ou “homem exterior” (2Co 4.16). As funções específicas do corpo são: recepção, instinto e expressão.
Alma é a parte do nosso ser pela qual percebemos nós mesmos, através da nossa personalidade. É o nosso “eu” (Sl 42.5). As funções específicas da alma são: mente, vontade e emoção. No NT, a alma decaída, junto com o corpo, é frequentemente chamados de “carne” (grego sarx), significando nossa natureza adâmica, inclinada ao pecado (Mt 26.41; Rm 7.5,18, 8.13; Ef 2.3; Gl 5.17, 19, 24). Mas às vezes a mesma palavra “carne” também significa o corpo físico (Ef 5.29; Fp 1.22,24).
Espírito é a parte do nosso ser pela qual percebemos Deus, através do Espírito Santo. É o nosso “homem interior” (Ef 3.16). As funções específicas do espírito são: intuição, consciência e comunhão. No “homem natural” ou carnal, pela presença do pecado, o espírito humano está morto, separado de Deus (Is 59.2; Ef 2.1,5; Cl 2.13), pois a função de comunhão (com Deus) está “desconectada”.
Conforme lemos em Gn 2.7, a alma foi formada pela conjunção do corpo com o espírito de vida soprado por Deus, tornando cada homem uma “alma vivente” com personalidade única. Por isso, com frequência a Bíblia também usa a palavra “alma” para significar todo o ser humano (Ez 18.20; At 2.43). Por envolver a conjunção de alma e corpo e constituir nossa personalidade individual, onde reside a vontade e o livre-arbítrio, a alma é o elemento central, o “quartel-general” do nosso ser. Mas o espírito é o nosso componente mais profundo, mais sublime e mais nobre, porque nele habita o próprio Deus!

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Fé é Confiar




Fé é confiar no que o olho não pode ver! Olhos vêem tempestades. Fé vê o arco-íris de Noé. Seus olhos vêem seus erros. Sua fé vê seu Salvador. Seus olhos vêem sua culpa. Sua fé vê o sangue dEle. Seus olhos olham para o espelho e vêem um pecador, um fracasso. Mas por fé você olha no espelho e vê um pródigo vestido com um robe, um anel de graça no dedo, e o beijo de seu Pai no seu rosto.

Alguém pode perguntar, como sei que isso é verdade? É uma bela prosa, mas dê-me os fatos. “a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos”, Paulo ensinou. Efésios 1:19-20 diz, “Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando- o dos mortos
Da próxima vez que você duvidar se Deus pode lhe perdoar, leia este versículo. As mesmas mãos que foram pregadas na cruz estão abertas para você!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

OMISSÃO


“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tiago 4:17 ARA)

Eu já devo ter ouvido uma centena de pregações baseadas neste texto e creio que você também. Já ouvi argumentos de que quem não avaliza deixa de fazer o bem por isso peca, quem não oferta para missões, quem não perdoa, etc.
O fato e a realidade é que ter ouvido mensagens ou não é pouco relevante, pois o que conta é se eu prestei atenção ou somente escutei, ou seja, quanto isso me mudou. Tenho de reconhecer que muitas coisas verdadeiras e relevantes que ouço não pratico, às vezes, por fraqueza (incapacidade) e, às vezes, por simples negligência. Isso precisa mudar.
Se prestarmos atenção ao nosso redor, veremos pessoas com necessidades que não são financeiras. Os carentes de abraço borbulham ao meu redor, os chorosos se enfileiram, os deprimidos estão sempre ali. Não é difícil quando nos dispomos a olhar.
No último domingo me dediquei a andar pelos corredores e abraçar pessoas, orar com pessoas, apertar a mão de pessoas, abençoar pessoas, dizer palavras de ânimo, me apresentar aos que não conheço, servir água a um ou outro. Meu querido, é inacreditável o efeito. Indescritível ver as lágrimas de pessoas que me olhavam como se eu soubesse tudo da vida delas, mas na verdade eu apenas disse "amado de Deus, que bom vê-lo aqui comigo adorando". Fiquei impressionado com o efeito disso no meio do povo, as pessoas apontavam para mim comentando umas com as outras.
MAS não se iluda e não me tenha por super-espiritual. Eu recebi esta direção, fui orientado a fazer isso, fui desafiado a agir diferente. Meus líderes são mais do que inspiração para mim, são direção para minha vida. Eu apenas obedeci e fui tão abençoado, imagine se eu fizesse por iniciativa.
Constatei o que sabemos há tantos anos: deixar de pecar nos faz sentir melhor, nos faz agir melhor, nos faz pessoas melhores. Até em coisas simples como distribuir abraços, Deus fala conosco e nos faz crescer tanto. Ele é maravilhoso...

"Senhor, se tanta coisa pode mudar ao meu redor por gestos tão simples, peço Tua ajuda para não me deixar esmorecer. É fundamental agir diferente e fazer o bem, para não pecar. Preciso de Ti, preciso do Teu toque. Ajuda-me Pai."   Mário Fernandez - Fonte Blog Itchus

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Fugindo das Vozes

...O que fazemos com essas vozes?

Enquanto trabalho neste manuscrito, estou usando uma escrivaninha no quarto do hotel. Estou longe de casa, longe das pessoas que me conhecem, longe dos membros da família que me amam.

As vozes que encorajam e afirmam estão distantes.

Porém, as vozes que atormentam e seduzem estão muito próximas. Embora no quarto esteja tudo quieto, se eu escutar, essas vozes são bem claras. Um folheto me convida para um passeio no saguão do hotel, onde posso "fazer novos amigos em um ambiente relaxante". Uma propaganda no topo da televisão promete que o pedido de um filme pay-per-view para maiores de idade transformará todas as minhas "fantasias em realidade". Na lista telefônica, várias colunas de serviços de acompanhantes oferecem "amor longe de casa". Um volume atraente, em letras douradas, na gaveta do criado-mudo, acena: O Livro de Mórmom – O Outro Testamento de Jesus Cristo. Na televisão, um apresentador de programa de entrevistas discute o tópico do dia: "Como se dar bem fazendo sexo no escritório".

Vozes, algumas por prazer, outras por poder.

Algumas prometem aceitação, outras prometem carinho. Todas têm algo para oferecer.

Mesmo as vozes que Jesus ouviu prometiam algo.


"Quando a multidão viu o milagre que Jesus tinha feito, começou a dizer: `Com certeza este é o Profeta que devia vir ao mundo'. " [João 6:14]

Para um observador distante, essas são as vozes da vitória. Para o ouvido mal treinado, esses são sons do triunfo. O que poderia ser melhor? Cinco mil pessoas, mais mulheres e crianças proclamando ser Cristo "o Profeta". Milhares de vozes avolumando-se em um ruído de avivamento, em uma aclamação de adoração.

As pessoas tinham tudo que precisavam para uma revolução.

Tinham um inimigo: Herodes. Tinham um mártir: João Batista. Tinham liderança: os discípulos. Tinham muitos suprimentos: o multiplicador de pães. E eles tinham um rei: Jesus de Nazaré.

Por que esperar? A hora havia chegado. O reino de Israel seria restaurado. As pessoas tinham ouvido a voz de Deus.

— Rei Jesus — alguém proclamou. E a multidão repetia, concordando.

Um coro, aclamando poder, contagiava. Não precisavam de cruz, nem de sacrifício. Um exército de discípulos seguindo as pegadas de Jesus. Poder para mudar o mundo sem ter de morrer fazendo isso.

A vingança seria doce. Aquele que tomou a cabeça de João Batista está a apenas alguns metros de distância. Pergunto-me se ele alguma vez já sentiu uma lâmina fria roçar seu pescoço.

Sim, Jesus ouviu essas vozes. Ele ouviu a sedução. Entretanto, também ouviu mais alguém.

E quando Jesus o ouviu, ele o buscou:

"Sabendo Jesus que a multidão estava com a idéia de pegá-lo à força para fazê-lo rei, voltou sozinho para o monte. " [João 6:15]


Jesus preferiu estar sozinho com o verdadeiro Deus a ficar junto à multidão de pessoas equivocadas.

A lógica não disse a ele para despedir a multidão. A sabedoria convencional não lhe disse para virar as costas ao exército desejoso. Não, não era uma voz de fora que Jesus ouviu, era uma voz interior.

A marca de ovelha era o que lhe tornava capaz de ouvir a voz do Pastor.

"O vigia abre a porta para ele e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. " [João 10:3]

A marca de um discípulo é a sua capacidade de ouvir a voz do Mestre.

"Escutem, eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comerá comigo. " [Apoc 3:20]

O mundo soca a mão na sua porta; Jesus apenas bate. As vozes gritam por sua adesão; Jesus mansamente pede. O mundo promete prazer rápido; Jesus promete um jantar tranqüilo... com Deus. "Entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comerá comigo".

Qual voz você escuta?

Deixe-me dizer algo importante. Não há um momento em que Jesus não esteja falando. Nenhum sequer. Não existe um lugar em que Jesus não esteja presente, nenhum sequer. Nunca haverá um quarto muito escuro... um saguão muito envolvente... um escritório muito sofisticado... que o terno Amigo, sempre marcando presença e que sempre nos acompanha, implacavelmente não esteja lá, batendo à porta dos nossos corações, com toda gentileza, esperando ser convidado a entrar.

Poucos ouvem essa voz. Um número ainda menor abre a porta.

Todavia, não interprete nossa insensibilidade como a ausência dele. Cercada de promessas evanescentes de prazer, está a promessa eterna de sua presença.


"E eu estarei com vocês todos os dias, até o fim dos tempos. " [Mateus 28:20]"Eu nunca o deixarei; eu jamais o abandonarei." [Heb 13:5]

Não há qualquer outro coro que soe tão alto a ponto de não permitir que a voz de Deus seja ouvida... se decidirmos ouvi-la. É o que acontece nesse hotel.

Demorei alguns minutos para encontrá-la, mas encontrei. Não estava tão visível como o folheto do saguão ou o aviso do filme. Mas estava lá. Não era tão ornamentada como a bíblia dos Mórmons ou tão atraente como a propaganda de acompanhantes. Mas eu desistiria de todas essas mentiras de uma vez por todas, para ficar com a paz que encontrei nesse tesouro.

Uma Bíblia. Uma simples Bíblia deixada ali pelos Gideões. Gastei alguns minutos para encontrá-la, mas finalmente encontrei. E quando a vi, abri em uma das minhas passagens favoritas:

"Não se admirem disso, porque está chegando a hora em que todos os mortos ouvirão a sua voz e sairão dos túmulos. Aqueles que fizeram o bem, vão ressuscitar para a vida eterna. Mas aqueles que fizeram o mal, vão ressuscitar para ser condenados. " [João 5:28-29]

Interessante. Um dia virá em que todos ouvirão a voz dele. Haverá um dia em que todas as outras vozes serão silenciadas, e somente a voz dele será ouvida.

Alguns escutarão sua voz desde o primeiro instante. Não é que ele nunca tenha se pronunciado, mas é que eles nunca a ouviram. Para esses, a voz de Deus será a voz de um estranho. Eles a ouvirão uma vez e nunca mais. Vão passar a eternidade fugindo das vozes que seguiram na terra.

Mas os outros serão chamados de seus túmulos por uma voz familiar, pois são ovelhas que conhecem seu pastor, são servos que abriram a porta quando Jesus bateu.

Nesse dia, a porta se abrirá novamente. Somente dessa vez. E não será Jesus que entrará em nossa casa; seremos nós que entraremos na casa dele.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

MULTIPLICAÇÃO


"E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões." (Mateus 14:19 ARA)
De vez em quando eu sou convidado para ministrar em alguma igreja, fora das congregações da minha igreja local. Geralmente são lugares pequenos, com poucas pessoas, que nos conhecem por algum relacionamento. Nem sempre posso aceitar, mas gosto de comparecer. Alguns, contudo, não valorizam este tipo de oportunidade e preferem os eventos e locais maiores.
A mim parece que Jesus tinha uma predisposição para fazer muito partindo de pouco, nos ensinando com isso que o princípio de valorizar o pouco para merecer o muito é de fato um princípio e não apenas uma recomendação. Se fosse pela lógica, ele teria muliplicado moedas e comprado toneladas de pães para este povo, algo que estamos acostumados a pensar nos nossos dias. Mas o povo não precisava de dinheiro, precisava comer.
Ao não desprezar cinco pães e dois peixes, Jesus nos ensina que, às vezes, precisamos focar no alvo que queremos. Queremos ter uma vida melhor ou queremos ganhar dinheiro? Queremos viver mais tempo ou queremos desfrutar mais de Sua presença? Queremos ganhar pessoas e cuidar bem delas ou só queremos pregar a Palavra? O que queremos define ou revela nossas intenções. Se for para dar de comer, algum pão resolverá. Se for apenas para fazer um milagre, teremos de catar moedas.
Quando vou ministrar em uma igreja pequena vejo ali, pela fé, uma multidão, não para mim mas para a liderança local. Exercito ver naquele lugar um grande grupo que dali alguns anos vai me convidar novamente e comentar como foi importante um dia em que Deus me usou enquanto eram poucos. Procuro ter olhos multiplicadores, pois isso não é coisa deste mundo assim como uma conta que, por mais que olhe para ela, só posso pagá-la com dinheiro.
Quem quer receber de Deus precisa aprender a olhar com fé e ver o que ainda não chegou como sendo real, principalmente se for bem pequeno. Era assim que Jesus fazia...
"Pai, obrigado por me permitir aprender com Teu Filho a respeito desse ensino, pois o meu homem natural pensa diferente. Ensina-me a ter fé para ver a multiplicação antes dela se concretizar." (Mario Fernandez - Fonte: Icthus)

 

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

GasLighting: O recurso de manipulação escondido no dia a dia! Uma Contribuição da Psicologia Clínica.

“Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido”. (Henry David Thoreau)
A perversão é uma das patologias mais recorrentes em pessoas que estão em aluma posição de poder. A grande maioria deles busca esta posição para legitimar a perversão como algo “natural” e inerente a posição que ocupam. Fazendo isso, também formalizam a condição das vítimas. Para a psicanálise, o perverso é manipulador, impulsivo, sedutor e se sente superior. A Mentiras e transgressão das normas fazem parte da rotina e não há sentimentos de culpa. Os perversos desejam poder e podem adotar práticas sexuais entendidas como "desvios". (https://br.mundopsicologos.com/artigos/o-que-e-perversao-e-quais-os-sintomas). Para atuar a manipulação o perverso utiliza-se de vários recursos, sua posição social, sua desenvoltura e carisma nas interações sociais, que lhe proporcionam ferramentas distintas para manterem as vítimas na condição de vítimas. Neste artigo, abordo uma técnica de manipulação que é muto comum, e é usada pelo perverso em qualquer contexto, seja gestor, figura de autoridade, esposo, etc, independente do gênero. Essa técnica de manipulação é o Gaslighting, definido como: “Uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade. O termo vem de 1938, da peça Gas Light, em que um marido tenta deixar sua mulher louca diminuindo todas as luzes (que funcionavam a gás) da sua casa e então negando que a luz tenha mudado quando a sua esposa aponta a diferença. É uma forma muito eficaz de abuso emocional que faz com que a vítima questione seus próprios sentimentos, instintos e sanidade, o que dá ao parceiro abusivo muito poder. Uma vez que o parceiro abusivo tenha conseguido fazer a vítima perder a habilidade de confiar em suas próprias percepções, passa a ser muito mais provável que ela permaneça no relacionamento abusivo” (https://www.geledes.org.br/14-sinais-de-que-voce-e-vitima-de-abuso-psicologico-o-gaslighting/). Esta técnica de manipulação esconde-se nos relacionamentos abusivos, nas relações trabalhistas e familiares. A vítima vai perdendo a capacidade de interpretar a realidade dos fatos e de seus sentimentos em razão de acentuação feita pelo abusador de sobrepor sua perspectiva sobre a vítima. Nos relacionamentos abusivos, a vítimas se sente impotente para falar de suas queixas sobre a relação, manifesta gratidão ao abusador por ele (a) tolerar alguém tão confuso (a) e instável, tendo necessidade de que o abusador sempre lhe dê a perspectiva correta das coisas e quais decisões tomar. Demonstra apatia nos encontros familiares ou com amigos, tem receio de falar de si mesma (o) ou de emitir opiniões sobre fatos comuns. Desenvolve um comportamento bastante servil, fazendo sozinha muitas tarefas domésticas e outras atividades para membros da família, as vezes até a exaustão, entendendo que essa é a melhor maneira de não ser rejeitada (o). Nas relações trabalhistas, a vítima (colaborador/funcionário) é levado a crer que, recebe uma grande concessão feita pelo gestor, por mantê-lo (a) no emprego, uma vez que ele sempre é alvo de críticas em suas competências por parte do gestor, nunca apresentando resultados de maneira esperada ou que surpreenda, sendo apontado como estando abaixo da média. Dessa forma, este colaborador/vítima duvida da possibilidade de recolocação profissional caso saia daquele emprego, tendo crises de desespero ao pensar em ser demitido (a) e contentando-se com seu salário e falta de perspectiva de ascensão, as vezes trabalhando além de sua carga horária sem nenhuma remuneração.
Nas relações familiares há uma diversidade de ocorrências, principalmente quando se permite que um membro da família seja elevado a condição de “modelo”, ao criticar, menosprezar e expor algum membro da família. As vítimas deste tipo de manipulação podem estar num estágio tão avançado, que ao serem notificadas do abuso em que vivem acham que não é verdade, justamente pelo “sucesso” obtido pelo abusador em convencê-las de suas perspectivas erradas sobre a realidade dos fatos. Algumas tentativas da vítima em impor seu ponto de vista, acabam por desencadear (em vários casos), violência física, a demissão que era tão temida, e o isolamento familiar, dada a capacidade do abusador (perverso) em manipular os demais membros da família. A saída desse círculo doentio só acontece com muita determinação da vítima, confiando nas sugestões de quem quer realmente lhe ajudar, sendo orientada (o) a buscar ajuda profissional. A busca de ajuda profissional torna-se uma dos melhores recursos de reestruturação emocional, retomada da auto-estima e construção de empoderamento. A adesão da pessoa (que antes era vítima) a terapia proporciona-lhe coragem para testar suas perspectivas sobre a vida, devolvendo-lhe a certeza de que é competente para decidir o melhor itinerário para sua vida, manifestando sua opinião sobre fatos e principalmente aquilo que lhe desagrada. Caso você se veja na situação descrita acima, sem perspectivas de mudança que lhe favoreça, seria muito saudável para sua vida emocional e profissional que você busque ajuda profissional. Ainda há tempo para você viver o melhor que há para você. 
Amauri Trezza Martins - Psicólogo Clínico - amauri3zza@yahoo.com.br

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Trabalhe com entusiasmo!







Nada de Preguiça! Foco! Avance!

As formigas organizam as tarefas entre si, cada uma possuindo uma missão. Enquanto umas saem a procurar alimento (operárias), outras trabalham protegendo o formigueiro (soldados).
Como seria se todo mundo trabalhasse como Efésios 6:7 nos recomenda? “Trabalhem com entusiasmo, como se servissem ao Senhor, e não a homens.” (NVT). Imagine que ninguém trabalhasse para se satisfazer ou alcançar a meta do patrão, mas trabalhassem para satisfazer a Deus. Muitos empregos iam cessar instantaneamente: tráfico de drogas, roubos, prostituição, administração de boates ou cassinos.
Certos comportamentos iam cessar também. Se eu estiver consertando um carro para Deus, eu não vou cobrar demais aos filhos dEle. Imagine se todo mundo trabalhasse para uma audiência de Um. Cada enfermeira cordial. Cada policial cuidadoso. Cada professora esperançosa. Cada advogado habilidoso. Impossível? Não completamente. Tudo que precisamos é começar uma revolução mundial. Melhor que comece conosco!

terça-feira, 22 de maio de 2018

Mudando suas insatisfações para resultados satisfatórios

“Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.” Henry Ford.
Acreditar tem um poder enorme sobre o indivíduo. Acreditar que pode ou acreditar que não pode faz muita diferença no desenvolvimento e nas conquistas pessoais. A construção desse “crer” está atrelada ao histórico de vida do sujeito. Se na infância ou adolescência ele foi criado em um ambiente facilitador, que o estimulava a explorar, por em práticas as ideias que tinha e a fazer tentativas, sendo elogiado pelas pequenas conquistas e estimulado a continuar diante dos pequenos fracassos isso proporcionaria a construção de um sujeito que não teria medo de enfrentar fracasso por conta de aceitar desafios, aceitaria bem as críticas e não se deteria diante dos obstáculos, entendendo-os sempre como desafios para chegar a níveis mais altos. Por outro lado, se o sujeito foi criado em um ambiente reprovador, em que se destacava mais o erro do que as tentativas de acerto se havia mais julgamentos sobre o fracasso do que estímulo a novas tentativas, esse sujeito pode ser hoje alguém que tenha dificuldades a lidar com desafios, tenha dificuldades a lidar com críticas que poderiam melhorar seu desempenho profissional, e vê os obstáculos como motivos para desistir de tudo aquilo que se propõe a fazer. Esse sujeito que foi fragilizado em suas potencialidades por esse ambiente reprovador recua todas as vezes que passa por um contexto que se assemelha ao que viveu na infância, que o provoca ou quando recebe uma crítica, ele não consegue avançar, muitas vezes sem saber o porquê, apenas tendo a certeza de que aquela sensação o faz muito mal. Há muitos profissionais que estão paralisados em suas atribuições por não conseguirem tomar uma decisão, não conseguem aceitar novos desafios ou mudanças, temem novas atribuições por não se acharem competentes ou por terem de enfrentar um ambiente competitivo em que as críticas sejam parte da melhoria das tarefas. Encontram dificuldades num curso de línguas, nos cursos e outros afazeres que se propõem a fazer justamente em razão de não acreditarem que podem proporcionar a si mesmos condições melhores, mas que os colocariam em um contexto de ser avaliado no desempenho de suas atribuições, por medo decidem manterem-se no mínimo de suas potencialidades, enquanto que, se fizessem um mínimo por si mesmos, poderiam avançar, vencer o medo e chegar onde podem chegar. Fazer uma gestão saudável das emoções é algo que nem sempre aparece como prioridade, muitos acham que é o emprego, o gestor ou a área que escolheram, no entanto há recursos para descobrir que o grande problema é a maneira como a pessoa vê a si mesma e o manejo que faz disso na organização e nas atribuições que escolheu desempenhar. Fazer terapia é uma maneira de gerir responsavelmente as emoções que foram fragilizadas em algum momento da vida. O benefício da terapia pode proporcionar uma nova perspectiva sobre si mesmo, fortalecendo potencialidades que hoje são tímidas, e trazendo coragem para fazer aquilo que pode ser feito como meio de alcançar resultados que antes não foram alcançados, mesmo com as graduações, títulos e experiência profissional. Se você quiser mudar o resultado que hoje tem, depende apenas de você, e de descobrir o valor que sempre teve.

Amauri Trezza
Psicólogo Clínico - Pesquisador em Percepção Sistêmica aplicada a gestão. Facilitador Gestão do Comport. - Palestrante

Josias fez sua escolha!

No início do reinado do rei Josias, ele fez uma escolha corajosa. 2 Reis 22:2 nos conta: “Ele fez o que o Senhor aprova e andou nos caminhos...