“Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.” Henry Ford.
Acreditar tem um poder enorme sobre o indivíduo. Acreditar que pode ou acreditar que não pode faz muita diferença no desenvolvimento e nas conquistas pessoais. A construção desse “crer” está atrelada ao histórico de vida do sujeito. Se na infância ou adolescência ele foi criado em um ambiente facilitador, que o estimulava a explorar, por em práticas as ideias que tinha e a fazer tentativas, sendo elogiado pelas pequenas conquistas e estimulado a continuar diante dos pequenos fracassos isso proporcionaria a construção de um sujeito que não teria medo de enfrentar fracasso por conta de aceitar desafios, aceitaria bem as críticas e não se deteria diante dos obstáculos, entendendo-os sempre como desafios para chegar a níveis mais altos. Por outro lado, se o sujeito foi criado em um ambiente reprovador, em que se destacava mais o erro do que as tentativas de acerto se havia mais julgamentos sobre o fracasso do que estímulo a novas tentativas, esse sujeito pode ser hoje alguém que tenha dificuldades a lidar com desafios, tenha dificuldades a lidar com críticas que poderiam melhorar seu desempenho profissional, e vê os obstáculos como motivos para desistir de tudo aquilo que se propõe a fazer. Esse sujeito que foi fragilizado em suas potencialidades por esse ambiente reprovador recua todas as vezes que passa por um contexto que se assemelha ao que viveu na infância, que o provoca ou quando recebe uma crítica, ele não consegue avançar, muitas vezes sem saber o porquê, apenas tendo a certeza de que aquela sensação o faz muito mal. Há muitos profissionais que estão paralisados em suas atribuições por não conseguirem tomar uma decisão, não conseguem aceitar novos desafios ou mudanças, temem novas atribuições por não se acharem competentes ou por terem de enfrentar um ambiente competitivo em que as críticas sejam parte da melhoria das tarefas. Encontram dificuldades num curso de línguas, nos cursos e outros afazeres que se propõem a fazer justamente em razão de não acreditarem que podem proporcionar a si mesmos condições melhores, mas que os colocariam em um contexto de ser avaliado no desempenho de suas atribuições, por medo decidem manterem-se no mínimo de suas potencialidades, enquanto que, se fizessem um mínimo por si mesmos, poderiam avançar, vencer o medo e chegar onde podem chegar. Fazer uma gestão saudável das emoções é algo que nem sempre aparece como prioridade, muitos acham que é o emprego, o gestor ou a área que escolheram, no entanto há recursos para descobrir que o grande problema é a maneira como a pessoa vê a si mesma e o manejo que faz disso na organização e nas atribuições que escolheu desempenhar. Fazer terapia é uma maneira de gerir responsavelmente as emoções que foram fragilizadas em algum momento da vida. O benefício da terapia pode proporcionar uma nova perspectiva sobre si mesmo, fortalecendo potencialidades que hoje são tímidas, e trazendo coragem para fazer aquilo que pode ser feito como meio de alcançar resultados que antes não foram alcançados, mesmo com as graduações, títulos e experiência profissional. Se você quiser mudar o resultado que hoje tem, depende apenas de você, e de descobrir o valor que sempre teve.
Amauri Trezza
Psicólogo Clínico - Pesquisador em Percepção Sistêmica aplicada a gestão. Facilitador Gestão do Comport. - Palestrante
Nenhum comentário:
Postar um comentário