O homem é um ser trino, no qual espírito, alma e corpo são
partes que compõem um todo integral, e sempre estarão presentes em seu ser. Mas
são distintos.
Corpo é a parte do nosso ser pela
qual percebemos o mundo exterior, através dos sentidos. É a nossa “carcaça” ou
“homem exterior” (2Co 4.16). As funções específicas do corpo são: recepção,
instinto e expressão.
Alma é a parte do nosso ser pela
qual percebemos nós mesmos, através da nossa personalidade. É o nosso “eu” (Sl
42.5). As funções específicas da alma são: mente, vontade e emoção.
No NT, a alma decaída, junto com o corpo, é frequentemente chamados de “carne”
(grego sarx), significando nossa natureza adâmica, inclinada ao
pecado (Mt 26.41; Rm 7.5,18, 8.13; Ef 2.3; Gl 5.17, 19, 24). Mas às vezes a
mesma palavra “carne” também significa o corpo físico (Ef 5.29; Fp 1.22,24).
Espírito é a parte do nosso ser pela
qual percebemos Deus, através do Espírito Santo. É o nosso “homem interior” (Ef
3.16). As funções específicas do espírito são: intuição, consciência e
comunhão. No “homem natural” ou carnal, pela presença do pecado, o espírito
humano está morto, separado de Deus (Is 59.2; Ef 2.1,5; Cl 2.13), pois a função
de comunhão (com Deus) está “desconectada”.
Conforme lemos em Gn 2.7, a alma foi formada pela conjunção do
corpo com o espírito de vida soprado por Deus, tornando cada homem uma “alma
vivente” com personalidade única. Por isso, com frequência a Bíblia também usa
a palavra “alma” para significar todo o ser humano (Ez 18.20; At 2.43). Por
envolver a conjunção de alma e corpo e constituir nossa personalidade
individual, onde reside a vontade e o livre-arbítrio, a alma é o elemento
central, o “quartel-general” do nosso ser. Mas o espírito é o nosso componente
mais profundo, mais sublime e mais nobre, porque nele habita o próprio Deus!
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