sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Escudeiro - Resumo da Ministração de Domingo

Paz amados, hoje começaremos a compartilhar a palavra pelo livro de Gênesis Capítulo 2:18

"Então o Senhor Deus declarou não é bom que o homem esteja só, farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”.

Temos recebido revelação de Deus estes dois meses de comunhão de purê de batata de forma maravilhosa e profunda. Temos caminhado como igreja para compreender os princípios divinos e viver debaixo deles.

No livro dos começos, da origem... encontramos um princípio poderosíssimo, mas que ao longo de nossa existência vamos deixando de lado. Preste atenção no que Deus diz: não é bom que o homem esteja só! Não é invenção humana o propósito de andarmos em comunidade. . 

Tudo fica claro quando conseguimos enxergar Deus como Pai, Filho e Espírito Santo, distinguindo as pessoas e crendo que me relaciono com um Deus em três pessoas distintas, porém iguais. Aí está o segredo. Deus é uma comunhão entre iguais. O ser criado à sua imagem e semelhança deveria necessariamente ser completo apenas e tão somente numa relação entre iguais. Isso explica porque Deus disse que o homem estava só. O homem possuía alguém acima dele - Deus - e também abaixo dele - o restante da criação -, mas não possuía ninguém ao lado dele, como seu igual, e, nessa dimensão, estava sozinho.

Quando a Bíblia está dizendo Não é bom que Adão esteja só, não é uma referência a humanidade nem ao casal mas ao gênero humano.

“considerando que a Bíblia afirma que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, podemos depreender que existe uma dimensão da imagem de Deus que apenas o ser humano consegue expressar, e essa dimensão é a unidade na diversidade, a capacidade de pessoas distintas se tornarem uma só.” Ariovaldo Ramos

Tão certo como pessoas precisam de Deus, é certo dizer pessoas precisam de pessoas.

Considerando que somente o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, uma pessoa sozinha tem apenas a si mesma como referência do divino. E quem tem apenas a si mesmo como referência do divino está a um passo de se confundir com o divino. E quem se confunde com o divino está a um passo de se tornar um demônio.

A melhor definição que encontro para demônio ou diabo é “ego absoluto”. Egos absolutos não podem ser contrariados, questionados, criticados, corrigidos, advertidos ou minimamente confrontados com suas faltas, imperfeições, incoerências e pecados.

Pessoas que não enxergam nada além de si mesmas estão demonizadas. Aqueles que não valorizam nada além de si mesmos tornam-se diabólicos. O diabo é isso, um ego absoluto. Acredita que todo o universo deve existir ao seu redor e para o seu benefício. Olha para todos os outros seres como quem diz: “A única razão para você existir é fazer a minha vida melhor. Atender meus desejos, fazer minhas vontades, me fazer feliz”.

Egos absolutos caminham para a mais tenebrosa solidão. Pelo caminho do egoísmo e do egocentrismo vão aniquilando e descartando pessoas, até que ficam ilhados em si mesmos, presos no circulo estreito de seus próprios pensamentos e desejos mesquinhos. O inferno pode ser descrito assim: confinamento do eu em si mesmo.

Mas hoje vamos caminhar um pouquinho para alguém que estava aprendendo a não andar sozinho. Compartilharemos a vida de Jônatas e seu escudeiro. E quero frizar uma mensagem poderosa que se encontra em Eclesiastes 4.9-12: 

É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade. 

Dois é melhor que um. O menor grupo pastoral é de duas pessoas. Há muitas duplas famosas na Bíblia. Lembre-se por exemplo, de Noemi e Rute, Davi e Jônatas, Elias e Eliseu. Barnabé e Paulo, Barnabé e João Marcos, Paulo e Timóteo. São expressões de aliança, de cuidar e proteger um ao outro, de compromissos até a morte, de unção, são companheiros de jugo, almas gêmeas.

Vamos falar de outra dupla, pouco conhecida, tem algo para nos ensinar. Nós nem sabemos o nome de um deles, mas ele expressa as qualidade de que precisamos num escudeiro. I Samuel 14.1-23 conta a história se você puder ler depois é importante porque vou me referir várias partes dela. O título em minha Bíblia é “Jônatas ataca os filisteus” Mas, na verdade atrás de todo Jônatas provavelmente tem um escudeiro. Sem essa pessoa que carrega o peso, que nos acompanha, que protege nossa retaguarda, poucos chegariam longe.

A história começa bem antes da famosa batalha com Golias; bem antes de Davi aparecer. Os israelitas eram totalmente subjugados aos filisteus. Os filisteus não permitiam nenhum ferreiro em toda terra de Israel, para que ninguém tivesse espada ou lança. Os únicos dois soldados com espadas ou lanças eram Saul e Jônatas. Apesar disso, Saul contava com 2 mil soldados e Jônatas com mil. Jônatas atacou os filisteus. Eles, em retaliação, juntaram 3 mil carros de guerra, 6 mil condutores de carros e tantos soldados quanto a areia da praia. Diante disso, a maioria dos soldados de Saul e Jônatas fugiram, ficando apenas 600 (I Sm 13).

Jônatas cansado de fugir conversa apenas com seu escudeiro, por ser um homem de confiança. Anos antes de conhecer a Davi, Jônatas já tivera a experiência de ter um companheiro leal até a morte. Os dois confiavam totalmente um no outro diante do enfrentamento da grande possibilidade de morte:

E Jônatas disse ao seu escudeiro: “Vamos ao destacamento daqueles incircuncisos. Talvez o Senhor aja em nosso favor, pois nada pode impedir o Senhor de salvar, seja com muitos ou poucos’. Disse o seu escudeiro: Faze tudo o que tiveres em mente; eu irei contigo” I Samuel 14.6,7

Parece que entenderam seu Deus e que ele concede vitória, não pelo arco, espada ou por combate, cavalos e cavaleiros, mas pela sua força.

Veja que Jônatas diz talvez... Ele não tinha a direção clara de Deus. Como é comum em meio à crise, às vezes temos de andar na direção que pode ser de Deus. Famos passos iniciais e aguardamos ele confirmar ou não nossa intuição de o que ele quer. O escudeiro tinha fé em Deus, apesar de não ter a direção clara. Também confiava em Jônatas, não sabendo tudo o que ele tinha em mente, mas pronto para acompanhá-lo. Como descrever esse escudeiro? Corajoso, apoiador, encorajador, comprometido e solidário.

Jônatas nada bobo resolveu fazer um teste, falou para seu escudeiro que se deixariam ser vistos (que estratégia!) e, se os filisteus indicassem que desceriam, ficariam onde estavam para a batalha. Se indicassem que deveriam subir, seria um sinal de que o Senhor havia entregado os filisteus em suas mãos. Leia depois a história para perceber Deus nos detalhes, o fato é que Jônatas os derrubava e seu escudeiro, logo atrás dele, os matava: mataram cerca de 20 homens. Então caiu o terror sobre os filisteus , que começaram a atacar uns aos outros. Quando Saul entendeu o que estava acontecendo, entrou na batalha com os soldados que se encontravam escondidos. Foi assim que o Senhor concedeu vitória a Israel naquele dia.

E agora como descrever o escudeiro? Grande guerreiro. Homem de fé. Herói. Sem perceber, descobrimos que estamos descrevendo o próprio Jônatas. Homens que compartilham o mesmo coração. A passagem refere-se ao escudeiro especifica e individualmente oito vezes, mas não indica o nome dele. Com o passar do tempo o que ficou não foi seu nome, e sim seu caráter, sua solidariedade. Através dos séculos e milênios. Mais adiante, encontramos Jônatas tomando em certo sentido, o papel de escudeiro de Davi. Formaram uma aliança que continuaria além deles, estendendo para seus filhos.

Jônatas também assumiu um papel de escudeiro perante seu pai. Foi leal com ele até a morte. Na verdade, morreu na última batalha da vida de Saul. Morreu, por assim dizer, protegendo seu pai e batalhando a seu favor.

Como filho mais velho de Saul, herdaria o trono do pai. Mas ele não se norteou por essa visão, e sim por ser um fiel companheiro e “escudeiro”.

E você, para quê e para quem está batalhando? Se você não tem uma batalha, uma visão, uma missão, um propósito divino, dificilmente encontrará um escudeiro. Escudeiro é formado na fornalha de combate, de dificuldades, de subir penhascos, de escalar desfiladeiros, em ver a mão poderosa do Senho9r agir a nosso favor. Escudeiro é um presente divino, entregue por Deus aos que se erguem como seus guerreiros.

Aquele que sabe ser escudeiro de fato também inspira outros a serem escudeiros. Precisamos nos entregar a uma visão e uma obra maior que nós, apoiando outro guerreiro no exército do Senhor. Os membros do pequeno grupo funcionam como escudeiros. Nas horas de batalha, acompanham; ás vezes fisicamente, outras vezes em oração. Nas horas de descanso e lazer, também estão presentes, celebrando e curtindo a vida juntos. Não desistem de nós, e, se somos sábios, não desistiremos deles.

1. Você tem um escudeiro? Por que sim ou por que não?

2. Você é um escudeiro? Por que sim ou por que não?

3. Se você tem um escudeiro, o que poderia fazer para reconhecer ou agradecer o valor que ele tem para você? Se não tem, quais seriam alguns passos no caminho de encontrar tal pessoa?

Fontes: 
Bíblia Sagrada 
Livros: Líder que Brilha e Vivendo com propósitos.

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