Os dias de Eli eram dias de apostasia, havia religiosidade intensa, mas sem nenhuma espiritualidade. As atividades no templo estavam em dia, mas não havia vidas consagradas, não havia comprometimento com o Altíssimo, havia pregações, mas os pregadores não viviam o que pregavam, havia palavras, mas não havia poder.
O resultado disso – “a palavra do Senhor era mui rara”. Será que Deus não queria mais falar? Será que Deus não era mais como nos dias de Abraão e de Moisés, quando falava com Seus servos? Creio que, na verdade, o que não tinha era gente que estivesse pronta e disposta a escutar.
Alguma coisa tinha que mudar, pois o povo não podia ficar sem ouvir a palavra de Deus. É nesse momento triste e frio da história de Israel que entra em cena Samuel, alguém que queria ouvir Deus falar, alguém que iria escutar, quando Deus falasse.
Nesse momento, cabe a nós refletirmos se os nossos dias são diferentes dos dias de Eli e de seus filhos. Você precisa ser sincero ao responder essa pergunta meu amigo – quando Deus fala você escuta? Será que somos como os filhos de Eli, ou como Samuel? Por que Samuel estava apto a escutar a voz de Deus?
1. O jovem Samuel servia com integridade ao Senhor (v.1, leia também 1 Sm 12:2-4) – Mesmo vendo os maus exemplos de seus líderes, desde menino Samuel servia com integridade ao Senhor. É importante dizer isso – ele não somente fazia uma obra, ele fazia tudo com integridade de espírito. Naquele tempo (e hoje também), muitos até “serviam” a Deus, quer dizer: “realizavam uma determinada obra”, “assistiam as reuniões da igreja”, mas em seus corações, serviam apenas como uma prática religiosa, ou para, literalmente, enganar a si mesmos e ao povo de Deus.
2. O jovem Samuel aprendeu a não confundir a voz de um homem com a voz de Deus (4-9) – Era preciso aprender essa lição importante, e ele aprendeu. E nós aprendemos? Samuel aprendeu três coisas para saber escutar a voz de Deus:
a) “não fazer bíblico o que a bíblia não diz” – cuidado, muito cuidado com isso – tem muita gente fazendo isso, muito mais para defender seus interesses, suas preferências, seus pecados, seus maus julgamentos, seus espíritos de fariseus hipócritas, etc. e tal. Como alguém já disse: “Texto fora de contexto é pretexto”.
b) “não recusar como sendo bíblico o que a bíblia diz” (Sl 119:18) – Se é problema incluir, tão grave quanto é excluir – para defender princípios, tradicionalismos religiosos, usos e costumes das igrejas, alguns pregadores recusam a aceitar verdades bíblicas, enganando e escravizando as mentes dos crentes. Precisamos ter corações ensináveis, puros e abertos ao aprendizado divino!
c) “Não resistir ao Espírito Santo” (At 7:51) – Resistir ao Espírito Santo é negar que Ele é Deus e não querer adorá-Lo, é negar que Ele tem o mesmo poder que sempre teve, é negar que Ele age poderosamente e que pode realizar milagres e curas nos nossos dias, é negar que Ele fala conosco, é não buscar a Sua plenitude.
Pense: É preciso rejeitar de uma vez por todas às vozes que não falam o que Deus diz, ou falam o que Deus não disse, é preciso ter um coração íntegro, Deus olha a atitude, não a acão somente, e é preciso ouvir a voz do Espírito Santo do Deus vivo. Só assim estaremos prontos para escutar, quando Deus falar!
por Tuta Moraes
Nenhum comentário:
Postar um comentário