quarta-feira, 26 de abril de 2017

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

Texto baseado no Capítulo 4
 I – TEM GENTE QUE SE EMPENHA PELA DESGRAÇA DO OUTRO 
O capítulo quatro começa descrevendo o humor de Sambalate que, ouvindo que o muro estava sendo edificado ardeu em ira (“ficou furioso” - A Mensagem e NBV). Não é difícil encontrarmos pessoas que ficam doentes com o sucesso dos outros. Ainda bem que entre irmãos crentes não existe esse sentimento de inveja. Será que mesmo? 
De Sambalate e de qualquer outro ímpio não estranhamos que isso aconteça. Davi em seus salmos nos dá muitas informações a respeito de seus inimigos. 
Sambalate não só ficou indignado como expôs a outros a sua indignação diante de seus irmãos e do exercito de Samaria. Talvez, não de forma direta, o que ele esperava é alguém se habilitasse para impedir o sucesso de Neemias e dos judeus na reconstrução. Sambalate e Tobias menosprezam os judeus e a obra que estava sendo edificada (v.2,3). 
O propósito deles era desanimar pela intimidação o povo e a sua liderança. 

II – QUANDO A ‘COISA ESTÁ FEIA’, É MELHOR ORAR 
Estando à frente de povo Neemias não podia se deixar vencer pela intriga da oposição; assim, ele prefere orar. 2. Neemias expõe diante de Deus as faltas dos inimigos: “Estamos sendo desprezados” (v.4). Pelo tom de Neemias em todo o capítulo, o que temos que considerar é que a oposição era contra o próprio Deus, que conduzira o líder até Judá para a reconstrução. Desde as primeiras informações contidas em 1.2, Deus estava à frente da obra.
Neemias em sua oração, um tanto pesada, podemos assim dizer, lança sobre Deus o alvo de toda provocação: “Pois te provocaram à ira na presença dos que edificavam” (v.4,5). 
Cyril J. Barber, em seu livro Neemias e a dinâmica da liderança eficaz, diz: “Se tomássemos tempo para dizer ao Senhor as coisas que nos perturbam, não seríamos tentados a mexericar com os outros a respeito dessas coisas”. E ainda, “A reconstrução do muro é projeto de Deus. O reconhecimento disso tira todo o fardo da responsabilidade dos ombros de Neemias”. 
Quando entendemos a quem pertence a obra na qual estamos envolvidos, trabalhamos tranqüilos, pois toda oposição terá que se haver com Aquele que nos comissionou. Assim entendia Neemias. 

III – LIDERAR COM CONFIANÇA DIANTE DAS DIFICULDADES 
Havia muita gente que queria atrapalhar a obra de reconstrução do muro. Os opositores subestimaram os edificadores (v.2), por isso ficaram furiosos quando ouviram que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se começavam a fechar-lhe as brechas (v.7). 
Já que pouco se conseguiu com a zombaria, decidiram atrapalhar, atacando Jerusalém e fazendo confusão (v.8). Mais uma vez queremos dizer: Tem gente que faz de tudo para que o outro não tenha sucesso. A inveja é realmente uma doença! 
Neemias não se deixou levar pelo medo e pelo desânimo; como um líder de visão e que sabia o que queria, levou o povo a orar. Mas não só isso, ele aliou a oração com a ação: "Oramos...pusemos guarda” (v.9). Nós quando saímos de casa oramos para que Deus guarde o nosso lar, mas a previdência manda que fechemos a porta, e deixemos o pitbull solto no quintal. O comentário Moody diz o seguinte: “Naquelas circunstâncias, oração e vigilância foram uma excelente combinação, ligando fé e responsabilidade” (Volume 2, Neemias, pg. 292). 
Por um momento os judeus esmoreceram (v.10,12), pois os inimigos estavam dispostos a acabar com a obra e com os edificadores (v.11). 6. Neemias não entra no desânimo e medo do povo e toma atitudes, criando estratégias (v.13, 14, 16-18). 7. O líder Neemias motiva os seus liderados com palavras de ânimo: “Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai...” (v.14). Quantas vezes o medo e o desânimo podem subtrair a nossa vitória; se não tivermos alguém do nosso lado para nos animar, fatalmente seremos vencidos. 8. Por um instante podemos ser tomados pelo medo, mas o favor de Deus através da nossa oração de confiança (v.4, 9), faz com que o quadro de desalento e pessimismo de alguns, seja transformado em coragem e disposição para o trabalho (v.15). 

CONCLUSÃO
Queremos destacar as últimas expressões de Neemias no capítulo quatro: “Grande e extensa é a obra...o nosso Deus pelejará por nós”(v.19,20). O envolvimento ‘de corpo e alma’ com a obra, fez com que os edificadores deixassem a comodidade de estar em suas casas (v.23). Que possamos ter essa mesma disposição quando abraçamos as tarefas do Reino.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Oposição

Neemias 4.1-23

Em nossa vida surgem forças externas que não podemos controlar. A maneira como lidamos com estes problemas revela o calibre de nossa liderança sobre nós mesmos e quem está ao nosso redor.
Do ponto de vista interno, Neemias fez tudo o que se podia esperar dele. Contudo, a oposição surgiu de uma fonte que Neemias não podia controlar.
A oposição se manifestou através de ira, indignação, escárnio, zombaria, sarcasmo desprezo, ameaça de violência, tentativa de se incitar confusão, mexericos, intrigas, fofocas, semeando o medo, etc.
Devemos esperar pressões. Aprender a enfrentá-las sem perder nosso equilíbrio emocional, porém leva tempo.

Quando nos propomos a realizar a obra de Deus, a oposição sempre surge. A palavra de Deus nos mostra algumas formas pelas quais devemos lidar com a oposição para vencê-la.

I.) Oração – v. 4, 5, 9
Neemias leva toda a questão perante o Senhor. Retrucar seria começar uma batalha de palavras. Mas orando primeiro, Neemias pôde dar plena vazão ao que sentia. A Oração nos dá oportunidade de conversar com Deus sobre a questão e obter dele nova perspectiva dos nossos problemas. Através da oração, nossa ira e nossos ressentimentos se dissipariam.
Se tomássemos tempo para dizer ao Senhor as coisas que nos perturbam, não seríamos tentados a mexericar com os outros a respeito dessas coisas. A oração é parte imprescindível da sanidade mental.

II.) Animo e foco no trabalho – v. 6
Neemias mantém os construtores ocupados. Enquanto ativos no trabalho, têm pouco tempo para se preocupar com os mexericos dos inimigos.
Como os trabalhadores puderam se manter animados diante de tanta oposição e de tantos motivos para o desânimo? A única resposta:
"Ter otimismo contagioso e determinação a fim de perseverar em face das dificuldades. Precisa irradiar confiança, depender de princípios morais e espirituais e recursos para dar certo mesmo quando ele próprio não está muito certo do resultado” (Montgomery).
A ansiedade nunca tira a tristeza do amanhã; só tira a força do hoje.

III.) Agir; Tomar as devidas precauções; Dispor-se – v. 9,13,14,16-18
No v. 9, mais uma vez Neemias mostra como a fé (oração) e as obras (puseram guardas) andam juntas. Mostra que a oração não é substituto da ação. Neemias tomou as precauções necessárias contra a oposição, ou seja, pôs guardas dia e noite com espadas, lanças e arcos.
No v. 14 o texto diz que Neemias se dispôs. Mesmo em meio a toda a oposição ele teve de encontrar forças para se dispor e continuar lutando.

IV.) Diagnosticar o que está acontecendo – v. 12
O persistente rumor de um ataque iminente desanimou os trabalhadores – v. 10.
Os judeus das cercanias repetidamente insistiam com os que estavam construindo os muros para que deixassem o trabalho e voltassem a seus lares para proteger suas famílias.
Os judeus estavam guardando os muros da cidade, mas não estavam guardando seus ouvidos do que os inimigos diziam. Estavam permitindo, sem perceber, que o inimigo lhes fizesse lavagem cerebral e os enchesse de dúvidas. Não entenderam que quando a dúvida invade a alma, ela leva ao desespero. Quando isso acontece, o fracasso está apenas a uns passos.
Neemias percebe tudo isso e faz um diagnostico do que está acontecendo para poder tomar as medidas necessárias – v. 12-14.

V.) Exortar (encorajar); Lembrar-se do poder de Deus; Buscar razão para continuar – v. 14
Neemias os exortou: “Não os temais..”: depois os levou a lembrar-se do poder de Deus “… lembrai-vos do Senhor, grande e temível …”; finalmente lhes deu uma razão para continuar lutando “pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas”.
É necessário saber encorajar e motivar eficazmente aos nossos colaboradores. É um dos fatores importantes na liderança bem sucedida. Precisamos estar em contato com aquetes com quem trabalhamos. É a única forma de combater as influências negativas. Temos de ser acessíveis.
O servo de Deus tem de saber como repreender, encorajar e motivar os outros.

VI.) Manter a fé e Evitar a solidão – v. 19, 20B
Neemias reconheceu que os trabalhadores estavam muito separados uns dos outros. Deu orientações para que quando se ouvisse o som da trombeta, todos acorressem a ter com eles.
A solidão pode ser fatal na liderança. Ver Provérbios 18.1.
Quando estiver em apuros em qualquer área de sua vida, toque a trombeta!
Ele exorta o povo a crer que Deus pelejaria por eles, pois Ele era o dono daquela obra.
A fé cria uma esperança positiva; era a base da confiança de Neemias. Ele tinha a confiança de abe estava fazendo aquilo que Deus queria que fizesse (daí a fé de que Deus pelejaria por eles)! A fé nos dá também um sentido de propósito.

VII.) Perseverar – v. 21 a
O trabalho realizado a cada dia diminui, pois metade da força fica de guarda enquanto a outra metade trabalha. Os operários estão armados. Um tocador de trombeta está próximo a Neemias, pronto para chamar a todos em caso de ataque de surpresa. A despeito de fato de que todas essas precauções fazem com que o trabalho vá mais lento, e também apesar do cansaço pelo trabalho dobrado na guarda noturna, a obra continua!
A perseverança é o verdadeiro teste de capacidade de liderar sua própria vida.
A convicção de chamado que Neemias tinha para aquela obra o ajudou a perseverar.

VIII.) Reorganizar as prioridades e ajustar a estratégia à situação e convocar todos os liderados– v. 21-23
Quando surgia uma situação difícil, Neemias a enfrentava objetivamente. Enfrentava cada nova situação com realismo. O que era necessário fazer para reorganizar as prioridades? Para ajustar-se à situação? Neemias encontrava as respostas a estas questões e as colocava em prática. Identificar-se com os liderados – v. 23
Os liderados viam o exemplo em Neemias e em seus assessores. Ele não mandava os outros fazerem o que tinha de ser feito e apenas ficava olhando. Ele se identificava com os liderados e “colocava a mão na massa”, ou seja, não largava as próprias vestes, não largava as armas e quando conseguia dormir, fazia isso com as armas ao lado!

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A Parábola do Rio

A Parábola do Rio
Romanos 1.21-32 
Havia outrora cinco irmãos, que moravam com o pai num castelo, no alto de uma montanha. O mais velho era um filho obediente. Seus quatro irmãos, todavia, eram rebeldes. O pai tinha-lhes grande cuidado por causa do rio; já lhes havia implorado que ficassem distante da margem, para que não fossem varridos pelo refluxo da maré. Mas eles não ligavam; a atração do rio era-lhes demasiadamente forte. 
A cada dia, os quatro irmãos rebeldes arriscavam-se cada vez mais perto do rio, até que, uma vez, um deles atreveu-se a tocar a água.
 — Segurem a minha mão — gritou ele. — Assim não cairei. 
E seus irmãos o fizeram. Quando ele porém tocou a água, o repuxo arrastou-o com os outros três para dentro da correnteza, rolando-os rio abaixo. 
Foram despencando de rocha em rocha, girando no leito do rio. Arrastados pelas vagas, eles se foram. Seus gritos de socorro perderam-se na fúria do rio. Embora se debatessem tentando recuperar a estabilidade, foram impotentes contra a força da correnteza. Depois de horas de esforço, renderam-se ao puxão do rio. As águas finalmente lançaram-nos à margem, numa terra estranha, num distante país. O lugar era estéril. 
Um povo selvagem habitava aquela terra. Não era segura como o lar que eles tinham. 
Ventos frios gelavam a terra. Não era quente como o lar que possuíam. 
Montanhas inóspitas assinalavam a terra. Não era convidativa como o lar que conheciam. 
Embora não soubessem onde estavam, de uma coisa tinham certeza: não haviam sido feitos para aquele lugar. Por um longo tempo, os quatro jovens irmãos ficaram deitados na margem, atordoados com a queda, e sem saber para onde se voltarem. Após algum tempo, reuniram coragem e tornaram a entrar na água, esperando andar rio acima. Mas a correnteza era demasiadamente forte. Tentaram caminhar ao longo da margem, porém o terreno era íngreme demais. Consideraram a possibilidade de subir as montanhas, contudo, o cimo era muito alto. Além de tudo, não conheciam o caminho.
Finalmente, fizeram um fogo, e sentaram-se à volta. 
— Não deveríamos ter desobedecido nosso pai — admitiram eles.
— Estamos a grande distância de casa. 
Com o passar do tempo, os filhos aprenderam a sobreviver na terra estranha. Encontraram nozes para alimento, e mataram animais para ter as peles. Eles tinham determinado não esquecer a terra natal, nem abandonar as esperanças de retornar. A cada dia, os quatro aplicavam-se à tarefa de achar alimento e construir abrigo. A cada noite, acendiam o fogo e contavam histórias de seu pai e do irmão mais velho, ansiando por vê-los novamente. Então, numa noite, um dos irmãos ausentou-se da fogueira. Os outros o encontraram, na manhã seguinte, no vale com os selvagens. Ele havia construído uma choupana de barro e palha.
— Tenho me cansado de nossas conversas — confessou ele. — De que adianta recordar? 
Além de que, esta terra não é tão ruim. Vou construir uma grande casa e estabelecer-me aqui. 
— Mas aqui não é nosso lar. — Objetaram os outros. — Não. Mas será, se vocês não pensarem no verdadeiro — Mas, e nosso pai? — O que tem ele? Ele não está aqui. Não está por perto. Devo viver para sempre na expectativa de sua chegada? Estou fazendo novos amigos; estou aprendendo novos caminhos. Se ele vier, muito que bem, mas eu não vou parar minha vida. E assim, os outros três deixaram o construtor de cabanas, e se foram. Eles continuaram a se encontrar em volta do fogo, falando do lar e sonhando com o retorno. Alguns dias depois, o segundo irmão faltou ao encontro da fogueira. Na manhã seguinte, os outros dois o acharam no alto de uma ladeira, fitando a cabana de seu irmão. 
— Que desgosto — desabafou ele, quando os dois se aproximaram.
— Nosso irmão é um fracasso total. Um insulto ao nome de nossa família. Podem imaginar um ato mais desprezível? Construindo uma cabana, e esquecendo nosso pai?! 
— O que ele está fazendo é errado — concordou o mais jovem. 
— Mas o que fizemos é igualmente mau. Nós desobedecemos. Tocamos o rio. Ignoramos as advertências de nosso pai.
— Bem, podemos ter cometido um ou dois enganos, mas comparados àquele coitado da choupana, nós somos santos. Papai vai perdoar nosso pecado, e castigar a ele. 
— Venha — instaram os dois irmãos. — Volte ao fogo conosco. 
— Não. Acho que devo manter o olho em nosso irmão. Alguém precisa conservar uma recordação de seus erros para mostrar a papai. Assim, os dois retornaram, deixando um irmão construindo e o outro julgando. Os dois filhos remanescentes ficaram perto do fogo, encorajando-se mutuamente e falando do lar. Então, ao acordar numa manhã, o mais novo achou-se sozinho. Procurou pelo irmão, e encontrou-o perto do rio, amontoando pedras.
— As coisas não são assim — explicou o amontoador de pedras, enquanto trabalhava. 
— Meu pai não vem a mim. Eu devo ir a ele. Eu o ofendi. Insultei-o. Falhei com ele. Há apenas uma opção: construirei um caminho de pedras sobre o rio, e irei até a presença de nosso pai. Pedra sobre pedra, eu as amontoarei até que sejam suficientes para eu viajar rio acima, em direção ao castelo. Ao ver quão duro eu tenho trabalhado, e quão diligente tenho sido, nosso pai não terá escolha: aluirá a porta, e me deixará entrar em sua casa. O último irmão não soube o que dizer. Voltou a sentar-se sozinho junto ao fogo. Certa manhã, ouviu atrás de si uma voz familiar.
— Papai mandou-me buscar vocês, e levá-los para o lar. Levantando os olhos, ele viu a face de seu irmão mais velho. — Você veio buscar-nos! 
— Gritou ele. E ambos ficaram abraçados por um longo tempo. 
— E os outros? — Perguntou finalmente o mais velho. 
— Um fez uma casa aqui. O outro o está olhando. E o terceiro está construindo um caminho sobre o rio. E assim, o primogênito pôs-se a procurar os irmãos. Foi primeiro à choupana de palha, no vale. — Fora, estranho! — enxotou o seu irmão, pela janela.
— Você não é bem-vindo aqui! 
— Eu vim para levá-lo ao lar. — Mentira! Você veio pegar minha mansão! 
— Isto não é uma mansão — ponderou o primogênito — É uma choupana. 
— É uma mansão! A mais bela da planície. Eu a construí com minhas próprias mãos. Agora, vá embora. Você não pode ficar com minha mansão. 
— Você não se lembra da casa de seu pai? — Não tenho pai. 
— Você nasceu num castelo, numa terra distante, onde o ar é cálido, e os frutos, abundantes. Você desobedeceu a seu pai, e acabou nesta terra estranha. Eu vim a fim de levá-lo para casa. O irmão perscrutou a face do primogênito através da janela, como se estivesse vendo um rosto já visto num sonho. Mas a pausa foi curta, pois, de repente, os selvagens atopetaram a janela também.
— Vá embora, intruso! — exigiram eles. — Esta casa não é sua. 
— Vocês estão certos — respondeu o primogênito. — Mas vocês não são nada dele. Os olhos dos dois irmãos encontraram-se novamente. Mais uma vez o construtor sentiu um aperto no coração, mas os selvagens haviam conquistado sua confiança. — Ele quer apenas a sua mansão — gritaram eles. — Mande-o embora! E ele o mandou. O primogênito foi procurar o segundo irmão. Não teve de ir muito longe. Sobre a ladeira, próximo à cabana, ao alcance da vista dois selvagens, estava o irmão acusador. Ao ver o primogênito aproximando-se, ele alegrou-se: 
— Que bom que você está aqui para ver o pecado de nosso irmão! Você está sabendo que ele voltou as costas ao castelo? Está sabendo que ele nunca mais falou de casa? Eu sabia que você viria, e tenho anotado cuidadosamente as ações dele. Castigue-o! Eu aplaudirei a sua ira. Ele a merece! Trate dos pecados de nosso irmão. O primogênito falou suavemente: 
— Precisamos cuidar de seus pecados primeiro. 
— Meus pecados? — Sim, você desobedeceu o papai. O irmão deu uma risada sarcástica, e esmurrou o ar.
— Meus pecados não são nada. Lá está o pecador — acusou ele, apontando para a cabana. Deixe-me contar-lhe dos selvagens que ficam lá... 
— Prefiro que me fale de si mesmo. 
— Não se preocupe comigo. Deixe-me mostrar a você quem é que precisa de ajuda — insistiu ele, correndo em direção à choupana. 
— Venha, nós espiaremos pela janela. Ele nunca me vê. Vamos juntos. — E ele chegou à cabana, antes de perceber que seu irmão mais velho não o seguira. Depois disso, o primogênito encaminhou-se para o rio. Lá, achou o terceiro irmão, afundado na água até os joelhos, amontoando pedras. 
— Papai mandou-me levar você para casa. O outro nem levantou os olhos.
— Não posso conversar agora. Devo trabalhar. — Papai sabe que você caiu. Contudo, ele o perdoará. — Ele pode — interrompeu o irmão, esforçando-se por manter o equilíbrio contra a correnteza. Mas antes tenho de chegar ao castelo. Devo construir um atalho sobre o rio. Primeiro lhe mostrarei que sou digno. Então, pedirei sua misericórdia. 
— Ele já teve misericórdia de você. Eu o transportarei rio acima. Você jamais será capaz de construir um atalho. O rio é tão comprido! A tarefa é grande demais para você. Papai mandou-me carregá-lo para casa. Eu sou forte. Pela primeira vez, o amontoador de pedras olhou para cima. 
— Como você ousa falar com tanta irreverência? Meu pai não irá me perdoar facilmente. Eu pequei. Cometi um grande pecado! Ele nos disse para evitarmos o rio, e nós desobedecemos. Sou um grande pecador. Preciso trabalhar muito. 
— Não, meu irmão, você não precisa de muito trabalho. Você precisa de muita graça. Você não possui força nem pedras suficientes para construir a estrada. Foi por isso que nosso pai me enviou. Ele quer que eu o leve para casa.
 — Está dizendo que não consigo? Está querendo dizer que não sou suficientemente forte? Veja meu trabalho. Veja minhas rochas. Eu já posso dar cinco passos! 
— Porém ainda faltam cinco milhões à frente! O irmão mais novo fitou o primogênito com raiva.
— Eu sei quem é você. Você é a voz do mal. Está tentando seduzir-me e afastar-me de meu santo trabalho. Para trás de mim, serpente!
— E ele jogou no primogênito a pedra que ia pôr no rio.
— Herético! - gritou o construtor de estrada. - Deixe esta terra. Você não pode me fazer parar! Construirei esta passagem, e apresentar-me-ei ante meu pai. Então ele terá de perdoar-me. Eu conquistarei o seu favor. Serei merecedor da sua compaixão. O primogênito balançou a cabeça. 
— Favor conquistado não é favor. Compaixão merecida não é compaixão. Eu lhe imploro, deixe-me transportá-lo rio acima. A resposta foi outra pedrada. Então o primogênito virou-se e saiu. O irmão mais jovem estava esperando junto ao fogo, quando o primogênito retornou. 
— Os outros não vêm? 
— Não. Um preferiu indultar-se; o outro, julgar; e o terceiro, trabalhar. Nenhum deles escolheu nosso pai. 
— Então eles permanecerão aqui? O primogênito balançou a cabeça devagar. 
— Por enquanto. — E nós voltaremos ao pai? 
— indagou o mais novo.
 — Sim. 
— Ele me perdoará? — Teria ele me enviado, se não fosse assim? E então, o mais jovem subiu nas costas do primogênito, e iniciaram a jornada para o lar. 

* * * Todos os irmãos receberam o mesmo convite. Cada um teve a oportunidade de ser carregado pelo irmão mais velho. O primeiro disse não, preferindo uma choupana de palha à casa de seu pai. O segundo disse não, preferindo analisar os erros de seu irmão, em vez dos seus próprios. O terceiro disse não, achando que seria melhor causar uma boa impressão que fazer uma confissão honesta. E o quarto disse sim, escolhendo a gratidão em lugar da culpa. “Serei indulgente comigo mesmo” — resolveu um dos filhos. 
“Compararei os outros a mim mesmo” — optou o outro. “Eu mesmo serei o meu salvador” — determinou o terceiro.
“Confiar-me-ei a você” — decidiu o quarto. 
Posso fazer-lhe uma indagação crucial? Lendo sobre esses irmãos, qual deles descreve seu relacionamento com Deus? A exemplo do quarto filho, você tem reconhecido sua incapacidade de fazer sozinho a jornada para o lar? Você tem aceitado a mão estendida de seu Pai? Você está preso nas garras da sua graça? Ou você tem agido como um dos outros três filhos? Um hedonista. Um judicialista. Um legalista. 
Todos ocupados consigo mesmos, rejeitando o pai. 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Não! Nunca foi sobre nós!!!



Porque dele
Por meio dele
Para ele são todas as coisas
Nunca foi sobre nós
Nem sobre o que podemos fazer
É tudo sobre você
Tudo para você, Jesus
Quem sou eu?
E o que eu tenho pra te oferecer?
É tudo sobre você
Tudo para você, Jesus
Eu descobri que sem ti
Sem ti eu não posso fazer
É tudo sobre você
Tudo para você, Jesus
Tu és santo, santo, santo
Tu és santo, santo, santo
É tudo sobre você
                            Tudo para você, JesusAdd a playlist
Tamanho

Volte Para Casa

A prática de usar coisas terrenas para esclarecer verdades celestiais não é uma tarefa fácil. Todavia, ocasionalmente, encontramos uma história, uma lenda ou fábula que transmite uma mensagem tão exatamente como centenas de sermões e com uma criatividade dez vezes maior. Esse é o caso da leitura abaixo. Eu a ouvi contada pela primeira vez por um pregador brasileiro em São Paulo. Embora a tivesse repetido inúmeras vezes, sua mensagem me aquece e me dá nova segurança sempre que faço uma recapitulação da história.

A casinha era simples mas adequada. Ela consistia de um quarto amplo numa rua empoeirada. Seu telhado de telhas vermelhas era um dentre os muitos naquele bairro pobre na periferia da cidade. Era uma casa confortável. Maria e sua filha, Cristina, haviam feito o possível para acrescentar cor às paredes cinzentas e calor ao chão de terra batida: um velho calendário, uma fotografia desbotada de um parente, um crucifixo de madeira. A mobília era modesta: um catre em cada lado do quarto, uma pia e um fogão a lenha.

O marido de Maria morrera quando Cristina era criança. A jovem mãe, recusando teimosamente casar-se de novo, arranjou um emprego e criou a filha do`melhor modo que pôde. Agora, quinze anos mais tarde, os piores anos tinham passado. Embora o salário de doméstica recebido por Maria não lhes permitisse muitos luxos, ele era certo e fornecia às duas alimento e roupas. Cristina tinha também chegado a uma idade em que poderia arranjar um emprego e ajudar a mãe.

Alguns diziam que Cristina puxara à mãe em sua independência. Ela repelia a idéia de casar-se cedo e criar uma família, embora pudesse escolher entre vários pretendentes. Sua pele morena e olhos castanhos atraíam uma série de candidatos à sua porta. Ela tinha um jeito especial de jogar a cabeça para trás e encher o ambiente de riso. Tinha também aquela magia rara que algumas mulheres têm de fazer com que o homem se sinta um rei só por estar a seu lado. Mas a sua maneira irônica de tratar as pessoas mantinha todos os homens a uma certa distância.

Cristina falava muito de ir para a cidade. Ela sonhava em trocar seu bairro poeirento por avenidas suntuosas e a vida citadina. Essa idéia horrorizava a mãe. Maria imediatamente lembrava Cristina dos males das cidades grandes. "As pessoas não conhecem você. Os empregos são difíceis de achar e a vida é cruel. Além disso, se fosse para lá, como iria viver?"

Maria sabia exatamente o que Cristina faria, ou teria de fazer para sustentar-se. Foi por isso que seu coração partiu-se ao acordar certa manhã e ver vazio o leito da filha. Maria soube na mesma hora para onde ela havia ido e sabia também o que deveria fazer para encontrá-la bem depressa. Jogou algumas roupas na mala, reuniu todo o dinheiro que tinha e saiu correndo de casa.

A caminho do ponto de ônibus entrou numa lojinha para a última compra. Fotos. Ela sentou-se na cabine de fotografia, fechou a cortina e tirou fotos suas, gastando quanto pôde. Com a bolsa cheia de fotografias preto-e-branco de si mesma, ela tomou o primeiro ônibus que saía para o Rio de Janeiro.

Maria tinha certeza que Cristina não conseguiria ganhar dinheiro com facilidade. Sabia, entretanto, que ela era teimosa demais para desistir. Quando o orgulho se encontra com a fome, o ser humano faz coisas que jamais pensava fazer antes. Tendo conhecimento disto, Maria começou suas busca. Bares, hotéis, boates, qualquer lugar onde pudesse ha-ver uma meretriz ou prostituta. Foi a todos. E em cada lugar deixou sua foto — colada no espelho do banheiro, pregada num quadro de avisos de hotel, presa numa cabine telefônica. E no verso de cada uma escreveu uma nota.

Não demorou muito para que o dinheiro e as fotografias acabassem e Maria teve de voltar para casa. A mãe cansada chorou enquanto o ônibus iniciava sua longa jornada de volta para sua cidadezinha.

Algumas semanas depois a jovem Cristina desceu as escadas do hotel. Seu rosto mostrava-se pálido. Seus olhos castanhos não dançavam mais, alegres e buliçosos, mas falavam de sofrimento e medo. Seu riso se fora. Os sonhos que tivera se transformaram em pesadelo. Mil vezes quisera trocar aqueles inúmeros leitos por seu catre seguro. Todavia, a cidadezinha em que vivera se tornara de muitas formas distante demais.

Ao chegar ao pé da escada, seus olhos notaram um rosto familiar. Ela olhou de novo e ali no espelho do saguão estava uma fotografia da mãe. Os olhos de Cristina queimaram e sua garganta contraiu-se, enquanto atravessava o salão e removia a pequena foto. Escrita no verso da mesma, achava-se este convite atraente: "O que quer que você tenha feito, o que quer que se tenha tornado, não importa. Por favor, volte para casa." 

Foi o que ela fez.

"Ele (o Filho) que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser..."

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Disse Jesus!!

Os homens que estavam detendo Jesus começaram a zombar dele e a bater nele. Cobriam seus olhos e perguntavam: “Profetize! Quem foi que lhe bateu?” E lhe dirigiam muitas outras palavras de insulto. Ao amanhecer, reuniu-se o Sinédrio, tanto os chefes dos sacerdotes quanto os mestres da lei, e Jesus foi levado perante eles. “Se você é o Cristo, diga-nos”, disseram eles. Jesus respondeu: “Se eu vos disser, não crereis em mim…”

Lucas 22:63-67

Pensamento: Pessoas fazem perguntas por motivos diferentes. Buscar a verdade é apenas uma delas. Não era a verdade que estes homens queriam. Eles não queriam saber se Jesus era mesmo o Cristo e não iam acreditar se ele o dissesse. Eles queriam uma declaração para acusá-lo perante as autoridades romanas. Encontraremos várias pessoas buscando respostas sobre Jesus. Algumas querem conhecê-lo. Algumas vão crer nele. Outros querem a mesma coisa que os “sábios” que interpelavam o próprio Senhor. Apenas buscam uma base para acusá-lo. De qualquer forma temos que responder com a mesma paciência e amor de Jesus. Mesmo sabendo o que estes homens queriam e não queriam, Jesus deu a eles a chance de conhecerem a verdade. Nós não podemos fazer nada menos.

Oração: Poderoso Senhor, guarde-nos de soberba e ressentimento. Jesus foi tão humilde e paciente mesmo com seus inimigos. Nós temos que seguir o exemplo dEle. Que possamos refletir o amor do nosso Salvador especialmente para com aqueles que menos O conhecem. No nome e na memória dEle oramos. Amém.

Está Consumado

"Está consumado!"
João 19:30

Há vários anos atrás, Paul Simon e Art Garfunkel nos encantaram com uma canção de um menino pobre que foi para Nova Iorque em sonho e caiu vítima da vida cruel da cidade. Sem dinheiro, tendo apenas estranhos como amigos, ele passava os dias "escondido, procurando os lugares mais pobres onde os mendigos vão, buscando pontos que só eles conhecem ".[1]

É fácil imaginar esse jovenzinho de rosto sujo e roupas velhas, procurando trabalho e não encontrando. Ele se arrasta pelas calçadas, lutando contra o frio e sonhando em ir para algum lugar "onde os invernos da cidade de Nova Iorque não me façam sangrar, levando-me para casa".

O garoto pensa em desistir. Em voltar para sua cidade. Desistir — algo que nunca pensou que pudesse fazer.

Mas no momento em que pega a toalha para atirá-la ao ringue, encontra um boxeador. Lembra-se destas palavras?

No espaço vazio se acha um lutador profissional levando com ele cada golpe que que o cortou até que gritasse de ira e vergonha – "Vou embora, vou embora!" mas o lutador permanece mesmo assim.[2]

"O lutador permanece." Existe algo magnético nessa frase. Ela soa autêntica.

Os que permanecem como o lutador são uma espécie rara. Não quero dizer necessariamente vencer, mas apenas permanecer. Ficar agarrado ali. Terminar. Não ir embora até que seja feito. Mas infelizmente muitos poucos de nós fazem isso. Nossa tendência humana é desistir cedo demais. Nossa inclinação é parar antes de cruzar a linha de chegada.

Nossa incapacidade de terminar o que começamos é vista nas menores coisas:

Um jardim com metade da grama cortada.
Um livro lido pela metade.
Cartas começadas, mas inacabadas.
Um regime posto de lado.
Um carro sobre cavaletes.
Ou se mostra nos pontos penosos da vida:
Uma criança abandonada.
Uma fé vacilante.
A pessoa que muda sempre de emprego.
Um casamento falido.
Um mundo não evangelizado.

Estou tocando em algumas feridas abertas? Há qualquer possibilidade de estar me dirigindo a alguém que esteja considerando desistir? Se estou, quero encorajar você a permanecer. Quero encorajá-lo a lembrar a determinação de Jesus na cruz.

Jesus não desistiu. Não pense, porém, nem por um minuto, que não foi tentado a fazê-lo. Observe como ele estremece ao ouvir seus apóstolos caluniarem e discutirem. Olhe para ele quando chora junto ao túmulo de Lázaro ou quando se lamenta ao agarrar-se ao solo de Getsêmani.

Ele jamais quis desistir? Claro que sim!

Essa a razão pela qual suas palavras são tão esplêndidas. "Está consumado."

Pare e ouça. Você pode imaginar o grito da cruz? O céu está escuro. As outras duas vítimas gemem. As bocas zombeteiras se calaram. Talvez haja trovões. Talvez choro. Talvez silêncio. Jesus inala então profundamente, empurra os pés sobre o prego romano e grita: "Está consumado!"

O que estava consumado?

O plano da redenção do homem, longo como a história, estava consumado. A mensagem de Deus para o homem havia terminado. As palavras de Jesus como homem na terra não mais se repetiriam. A tarefa de escolher e treinar embaixadores terminara. O trabalho estava terminado. A canção fora cantada. O sangue derramado. O sacrifício feito. O aguilhão da morte fora removido. Tudo acabara.

Um grito de derrota? Dificilmente. Se as suas mãos não tivessem sido pregadas, ouso dizer que um punho triunfante teria sido levantado para o céu escuro. Não, não foi um grito de desespero. Mas de realização. Um grito de vitória, de cumprimento. Também um grito de alívio.

O lutador permaneceu. E agradecemos por tê-lo feito. Graças a Deus que Ele suportou.

Você está prestes a desistir? Não faça isso. Está desanimado como pai? Fique firme. Está cansado de fazer o bem? Faça apenas um pouco mais. Está pessimista em relação a seu emprego? Arregace as mangas e persevere. Não existe comunicação em seu casamento? Dê-lhe mais uma injeção. Não consegue resistir às tentações. Aceite o perdão de Deus e continue em frente. Seu dia está cheio de tristeza e desapontamentos? Seus amanhãs estão-se transformando em "nuncas"? A esperança é uma palavra esquecida?

Lembre-se, quem persevera não é aquele que não apresenta ferimentos nem está cansado. Pelo contrário, ele, como o lutador de boxe, está cheio de cicatrizes e sangrando. Estas palavras foram atribuídas a Madre Teresa: "Deus não nos chamou para ser bem-sucedidos, mas fiéis." O lutador, como nosso Mestre, foi traspassado e está cheio de dores. Ele, como Paulo, pode ter sido até algemado e açoitado. Mas permanece, persevera.

A Terra Prometida, diz Jesus, aguarda os que perseveram.[3] Ela não é apenas para aqueles que alcançam a vitória ou bebem champanhe. Não, de modo algum. A Terra Prometida é para aqueles que simplesmente permanecem até o fim.

Vamos perseverar.

Ouçam este coro de versículos destinados a dar-nos poder para manter-nos firmes:

Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.[4]

Por isso restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.'[5]

E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.'[6]

Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.'[7]

Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.'[8]

Obrigado, Paul Simon. Obrigado, apóstolo Paulo. Obrigado, apóstolo Tiago. Mas, obrigado mais que tudo ao Senhor Jesus, por nos ensinar a perseverar, a nos manter firmes e, no final, a terminar.

1. “The Boxer” por Paul Simon (c) 1968.
2. Idem.
3. Mateus 10:22
4. Tiago 1:2,3
5. Hebreus 12:12,13
6. Gálatas 6:9
7. 2 Timóteo 4:7,8
8. Tiago 1:12.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

A fórmula para o Sucesso na liderança!

Base do Texto: Neemias 3.1-32

Enfrentamos um problema ao examinar o capítulo três de Neemias – em função de sua longa lista de nomes, somos tentados a virar a página e continuar a história em Neemias 4. Contudo, este capítulo é um dos mais importantes do livro todo!
Deus delineou no capítulo 3 de Neemias os princípios básicos para o sucesso.
I.) Coordenação
Percebemos isto na repetição das frases “junto a ele” e “ao seu lado”  no capítulo todo.
Cada pessoa sabia onde deveria estar. Sabia também qual era sua responsabilidade e o que se esperava dela.
Fazendo com que cada homem trabalhasse perto de sua própria casa, Neemias facilitou o acesso ao serviço, a alimentação enquanto estivesse trabalhando, e a segurança daqueles que eram mais próximos e mais armados.
Sucesso se escreve com as letras: “t-r-a-b-a-l-h-o-e-m-e-q-u-i-p-e”.
Não foi fácil, mas uma vez conseguido,os resultados foram marcantes.
Não pode haver avanço permanente sem coordenação certa.
A base de toda a liderança eficaz é a coordenação correta das atividades de todos os envolvidos.
II.) Cooperação
Homens de lugares diferentes e de diferentes ocupações trabalharam juntos no muro: sacerdotes (Ne 3.1), ourives, solteiros (3.23), regentes dos dois distritos de Jerusalém. Um dos oficiais, Salum, estava sendo auxiliado por suas filhas. Havia também os homens de Jericó, Tecoa, Gibeom e Mispa, Zanoa e Bete-Haquerém, Bete-Zur e Zelá. Havia tipos diferentes de operários.
Neemias tinha a capacidade de motivar as pessoas a darem não somente de seu tempo, como também darem o que tinham de melhor. Todas estas pessoas trabalharam voluntariamente porque tinham ânimo para o trabalho (Ne 4.6)!
Neemias não conseguiu sucesso total (Ne 3.5), mas não permitiu que a obstinação daqueles diminuísse o seu otimismo. Trabalhou com os que estavam dispostos!
A cooperação obtida por Neemias demonstra até que ponto ele pôde unir tão diversificado grupo. Todos eles tinham um objetivo comum.
III.) Aprovação
Aprovação que Neemias demonstrou para com os obreiros.
Neemias mostra a necessidade de nos interessarmos pessoalmente pelos nossos empregados. Conhecia os nomes, sabia onde trabalhavam e o que faziam. Ele os tratou como pessoas, não como objetos; tinham valor e não estavam lá para serem explorados.
Dar aprovação às pessoas pelos seus esforços honestos é uma das chaves mais valiosas para o sucesso nas relações humanas.
Neemias identificou-se com eles e estava pronto para encorajá-los quando as coisas iam mal.
Neemias sabia que o trabalhador feliz no seu serviço, confiante nos seus superiores e com relações de cooperação com os colegas, espalhará o seu contentamento através de todo o grupo.
Neemias era rápido em notar e apreciar o zelo e o esforço daqueles que trabalhavam com ele. Os tecoítas foram inspirados pelo exemplo de Neemias, mesmo que seus líderes eram contra o que Neemias estava fazendo (Ne 3.5,27).
O reconhecimento dado por um líder aos seus subordinados cria um sentimento de participação, de pertencer. Faz com que se sintam seguros. Este sentimento de segurança é absolutamente essencial quando surgem dificuldades ou as pressões econômicas começam a apertar (ver Neemias 4-6). Ele não permitiu que o tamanho da realização de uma pessoa fizesse com que não percebesse os esforços de outra (Ne 3.13,14).
E quanto a Neemias? Ele não está enumerado entre aqueles que sempre precisam promover-se a fim de ganhar o louvor dos outros. Ele sabia que num empreendimento bem gerenciado um bom líder sempre leva um pouco mais da culpa do que merece e muito menos reconhecimento do que faz jus. Ele estava contente por colocar os outros em foco e sabiamente permaneceu na obscuridade.
IV.) Comunicação
Envolvia a instrução de cada obreiro para que ele soubesse o que fazer e onde fazer, e a delegação de autoridade para que as decisões não precisassem ser sempre referendadas pela direção.
Neemias coordenou suas atividades dividindo o muro em cerca de quarenta grupos diferentes. Assim, pôde supervisionar o trabalho e comunicar-se com uma parte de cada vez. O que era antes uma situação complexa tornou-se relativamente simples quando subdividida.
Havia a delegação de autoridade. Grupos de obreiros tinham chefes de seção (Ne 3.13, 17) e o poder de tomar decisões foi delegado aos líderes de cada grupo. Se assim não fosse, Neemias teria ficado sobrecarregado com decisões triviais e nunca teria conseguido o que conseguiu.

Resumo feito através da leitura do livro “Neemias e a dinâmica da liderança eficaz” de Ciril J. Barber- Ed. Vida.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Jesus escolheu os cravos!



Deus já anotou uma lista das nossas falhas. A lista Deus fez, porém não pode ser decifrada. Os erros estão cobertos. Os pecados escondidos. “Todos os pecados perdoados, a lista toda apagada, a velha ordem de prisão cancelada e pregada na cruz de Cristo.” (Colossenses 2:14)

Ele sabia que o preço daqueles pecados era a morte. Ele sabia que você era a causa daqueles pecados. E já que ele não aguentou a ideia da eternidade sem você, ele escolheu os cravos. O veredito por trás da morte não foi decidido por judeus invejosos. Com um flexionar dos bíceps, Jesus podia ter resistido. O próprio Jesus escolheu os cravos. Ele sabia que o propósito do cravo foi de colocar os seus pecados onde podiam ser escondidos pelo sacrifício dele – cravados na cruz; cobertos pelo sangue dele.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

LÍDERES E LIDERADOS COM O CORAÇÃO NA OBRA

Texto base: Neemias 3.1-32 

I - LÍDERES, AVANTE! 
Eliasibe, sumo sacerdote, comandou os demais sacerdotes na reedificação do muro. Eliasibe entendeu que o trabalho pesado deveria ser feito também pelos que cuidavam da religião.
Acabaram fazendo o serviço completo: reedificação e consagração. Cada pedaço terminado era dedicado ao Senhor. Quanta alegria em edificar algo para Deus! Essa mesma alegria deve inundar a nossa alma quando tivermos que edificar as nossas casas de oração (Templos).

II – TOMANDO ‘PÉ’ DA SITUAÇÃO 
Neemias se faz acompanhar de algumas pessoas. Ainda não era momento de colocar os planos sobre a mesa. 6. Já havia oposição, então, nada como sair à noite, em segredo; mas o que deveria ser feito, era mais secreto ainda; ele não diz nada sobre o que Deus havia posto em seu coração para fazer em Jerusalém; a obra de reconstrução tinha as indicações de Deus para serem realizadas. 
É possível que os três dias do verso 11 estejam aqui divididos (v.12-15).
As lideranças política, religiosa e judicial de Israel não foram informadas dos planos de Neemias (v.16), sem que ele fizesse um levantamento de tudo que seria preciso fazer. 


III – A OBRA NÃO É DE UM OU DE OUTRO, MAS DE TODOS
Nem sempre entendemos que a obra é de todas as pessoas. Quando alguém pensa em isolar-se para fazer tudo sozinho, o que ele ganha são desgaste e descontentamento; desgaste de si mesmo e descontentamento dos demais, pois o que foi feito, com mais pessoas ajudando, ficaria melhor. Neemias não veio para fazer tudo sozinho, e ele deixa isso bem claro para a liderança em Israel.
Ele abre a visão dos que ali estavam, e talvez estivessem acomodados: “Estais vendo a miséria em que estamos?” (v.17). A visão deve ser ampliada. Líder e liderados devem enxergar as mesmas coisas. 
Além da visão a ação: “Vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém”. “Deixemos de ser opróbrio”. O que pensa a comunidade a respeito de nós, quando passa e não vê a placa da igreja? Será que eles comentam que não estamos regularizados? Deixaremos de ser motivo de zombaria porque a boa mão de Deus está conosco. 
Todos responderam positivamente ao desafio de Neemias: “Disponhamos-nos e edifiquemos”. Isso não foi apenas um momento de emoção; algo que termina depois de sete dias (Os congressos que às vezes participamos; de onde saímos animados, mas logo caímos na rotina); somos informados que eles fortaleceram as mãos para a obra (v.18).

CONCLUSÃO
E quando vêm as oposições, a zombaria e o desprezo (v.19), qual deve ser a atitude do líder? Estando ele convicto da visão e da missão deve responder como Neemias: “O Deus dos céus é quem nos dará êxito” (v.20). Mas aos servos está reservada uma parte no projeto de Deus (Somos cooperadores de Deus, disse Paulo 1ª Cor 3.9): “Nós, seus servos, nos disporemos e reedificaremos”. Detalhe: os que não têm parte nem direito nos negócios de Deus, ficarão fora do projeto. Com certeza, Deus não está disposto a continuar insistindo com um bando de gente que não está a fim de nada. O Reino de Deus não tem espaço para quem gosta de viver desocupado. Parece rude, mas as coisas têm que ser colocadas desta maneira! Que nenhum de nós seja excluído do projeto de reedificação.

  Como está a saúde? Respirando primeiro Essa é sua vida. Você é o que deseja ser? Por: Switchfoot Em caso de despressurização da cabine, má...