terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Eu sinto saudades.


Eu sinto saudades.
Coisa estranha essa tal de saudade.
Você não vê, não pega, mas ela está ali.
Saudade dói.
Dói forte.
É como se alguém estivesse apertando o seu coração;
estrangulando-o.
É uma dor imaterial. Não dá pra fazer curativos.
Mas há consistência neste imaterial.
Eu sinto saudade dos sonhos.
Do cheiro. Do gosto.
Das carícias trocadas.
De tudo que poderia ter sido. Não foi.
Eu sinto saudade das palavras doces.
Do olhar carinhoso. Dos planos loucos.
Eu sinto saudade também do que não existiu.
Queria tanto que tivesse existido.
Mas não houve. Eu sinto saudades. Ela mora em mim.
Um dia para de doer. Ela está começando a ir embora.
E eu já sinto saudades.

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