quarta-feira, 21 de junho de 2017

OS TRÊS ASPECTOS DA CRUZ

Texto lido em Isaías 53

A cruz não é o sofrimento ou a dor que os outros podem nos causar, nossa cruz reside na responsabilidade de negarmos a nós mesmos em prol de uma vida reconciliada com Deus. A forma como reagimos a injustiça contra nós e os outros é que vai revelar se estamos crucificados com ele.
A cruz é o plano perfeito de Deus, a única forma de Deus redimir o homem sem deixar de cumprir a própria lei; por isso através da cruz, Jesus se tornou o justo justificador de todo aquele que nele crê. Só a cruz estabelece uma salvação consistente com a lei e o caráter de Deus. Como Paulo disse: “Isso é loucura para os que se perdem, todavia para nós que cremos é poder de Deus.”
Não queremos apenas o evangelho moderno que resolve a questão da morte espiritual e da culpa, e as pessoas continuam perversas, mais ou menos escravizadas pelo pecado, queremos tudo que Jesus conquistou na cruz, porque é direito nosso, é nossa herança, todos os privilégios perdidos no Éden foi recuperado na cruz do calvário.
Ninguém chega a Cristo sem antes olhar para sua Cruz e é importante compreendermos os diferentes aspectos da Cruz de Cristo para nossas vidas.
1)     Nosso Substituto (por nós) – Vivificado – Efésios 2.1
 “Carregando ele mesmo em seu corpo sobre o madeiro, os nossos pecados” I Pedro 2.24 
Jesus assumiu intercessoriamente a nossa condenação, justificando os nossos pecados e também nos abençoando com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais. Deus fez a sua parte: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...” (I Co 15.3) “...Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades...” (Is 53.5). Quando Jesus deu seu último suspiro na cruz e disse “está consumado” ele fez tudo que precisava fazer para que qualquer pessoa seja salva e readquira todos os privilégios perdidos na queda de Adão. E o segundo aspecto da cruz vai nos tratar profundamente porque ad vezes aceitamos a Jesus mas ainda estamos reféns dos nossos sentimentos e desejos desgovernados.
 2) Jesus somo nosso representante – (como nós) Libertados - Cl 1.13
 “Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.” Gl 5.24,25

Precisamos nos identificar com Jesus, na sua crucificação, na sua morte, na sua ressurreição e na sua glorificação.
Essa é uma perspectiva mais profunda da cruz, ou seja, não foram somente os nossos pecados – atos que praticamos que Jesus levou à cruz, ele também levou o pecador, ou seja, levou nossa pecaminosidade ou a tendência de agradar ao nosso ego e satisfazer descontroladamente os nossos desejos. Esse aspecto da cruz nos ensina a morrer, não para o desejo, mas para aquilo que é improprio ou compulsivo, aquilo que nos escraviza. O pecado nada mais é que um apelo às nossas emoções, desejos e sentimentos de ultrapassarmos os limites estabelecidos por Deus. É uma questão interna. Quem governa quem? Governamos os nossos desejos, sentimentos e emoções, ou somos desgovernados por eles? É uma questão de domínio próprio. A fonte de poder para exercer o autogoverno espiritual que nos afasta do pecado reside no estilo de vida demostrado por Jesus de negarmos a nós mesmos. É assim que tocamos a sua graça. Esse é o grande segredo que nos leva a desfrutar de uma alma saudável e uma vida espiritual vigorosa e cheia de conquistas em que se cumpre a afirmativa de Paulo: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6.14) Experimentamos este segundo aspecto da cruz quando decidimos subjugar os nossos desejos e sentimentos ao governo do Espírito Santo. Depois de perdoados, agora nos tornamos livres do poder do pecado. É quando resolvemos decididamente o conflito entre andar na carne e viver no Espírito.
Precisamos fazer uma entrega total a Deus; uma entrega tão completa e incondicional, que a única palavra que a defina seja a morte do eu, morte do princípio de seguirmos nosso próprio caminho. Cruz como morte para o ego.
3)    Jesus somo nosso estilo de vida – (em nós diariamente) Sacrifício Vivo – Romanos 12.1
O terceiro aspecto da cruz é aquele em que Cristo é crucificado em nós diariamente. O Cristo crucificado deve ter seguidores crucificados. Em Lucas 9.23 Jesus afirma que devemos tomar nossa cruz e segui-lo. Portanto exige um viver diário dessa vida crucificada (sacrifício, quebrantamento; disciplina, intercessão e um espírito de perdão). Esses valores quando são nosso estilo de vida é o solo fértil de onde brotam as mais profundas e poderosas revelações de Deus que renovam a nossa mente e nos afinam com a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
Não adianta tentar disciplinar o velho homem, esse deve ir para cruz e sepulcro. Precisamos participar do poder vivificador do Cristo ressurreto. Ter Jesus como estilo de vida é fazer as mesmas obras que ele com compaixão e tolerância ao próximo.
Quanto mais revelações, mais ajustes, e assim caminhamos na vereda do justo que é como a luz da aurora, e vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.

A cruz continuará sendo aplicada durante toda a nossa existência. E somente o Espírito Santo pode fazer isso; ninguém mais. Ele cortará de nós coisas que talvez não sejam pecaminosas, mas que precisam ser removidas para podermos crescer. Ele aplicará a cruz à nossa vida, tornando-a prática  e pessoal.

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