Provérbios 14.16
“O sábio é cauteloso e evita o mal, mas o tolo é impetuoso e irresponsável”.
Um rapaz saiu com a namorada a quem ia propor o noivado, com a intenção de se casar. Foram a um restaurante e saborearam um delicioso jantar. Ao final, ele pegou a aliança no bolso e escondeu sob o guardanapo para pedir a moça em casamento. Então, ele perguntou: “Meu amor, você gosta de mim?” — ele havia ensaiado uma cena romântica. A moça, com um olhar sério, disse: “Não, eu não gosto de você, eu...”. Antes que ela pudesse completar a frase, ele esbravejou: “Eu também não gosto de você, nunca gostei, você me dá nojo, não posso nem olhar na sua cara, você foi só um passatempo para mim!!!”. Terminado o “espetáculo”, a moça calmamente falou: “O que eu estava dizendo era que ‘eu não gosto de você, eu amo você’”. Ela disse tais palavras, se levantou da mesa e foi embora calada. O casamento nunca aconteceu.
Segundo Salomão, esse rapaz seria qualificado como um “tolo”. Nesse texto, o rei sábio diz que o homem marcado pela estultícia é, em primeiro lugar, alguém “impetuoso”. Ele age por impulsos. Tão logo sinta algo, transforma esse sentimento em ações em um piscar de olhos. Não para um segundo para refletir, nem para ouvir as pessoas, nem para analisar a situação com calma. É como se ele fosse o sangue nas veias de alguém: é bombeado instantaneamente pelo coração. Por isso, em segundo lugar, é dito que ele também é “irresponsável”. Esse é o adjetivo que usamos para pessoas inconsequentes que não pensam no resultado dos seus atos. Só fazem o que querem fazer tão logo surja o ímpeto. É muito difícil conviver com gente assim e com as mazelas que essas pessoas causam.
Por outro lado, há o homem “sábio”. Ele não é alguém destituído de sentimentos nem aquilo que chamamos de “sangue de barata”. Ele reage às circunstancias e tem sentimentos fortes. O que ele não deixa que ocorra são reações bruscas tão logo ouça ou veja algo, nem tão rápido quanto lhe cheguem os sentimentos e os impulsos. Ele não faz nada quando está nervoso, nem sem avaliar corretamente a situação e as consequências do modo como reagirá a ela. Assim, sendo “cauteloso”, esse homem “evita o mal”, seja vindo em sua direção, seja partido dele mesmo. Fico imaginando como seria feliz aquele rapaz se viesse a se casar com a moça. Contudo, nunca saberemos como seria, pois ele, em seu ímpeto, derrubou a casa antes de construí-la. Você quer fazer o mesmo por meio dos seus impulsos e ímpetos? Por: Pr. Thomas Tronco
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