segunda-feira, 17 de março de 2014

Descendo na casa do oleiro.

Base Bíblica :Jeremias 18: 1,2

Versões do versículo 2:
Bíblia do Pregador: Almeida Revista e Atualizada diz: Dispõe-te
Bíblia da Mulher que Ora: Almeida Revista e Corrigida diz: Levanta-te

Neste versículo nos deparamos com um verbo que nos remete a uma ação imediata, dispor ou se levantar, esses verbos indicam uma ação para o resultado.
Jeremias foi a casa do oleiro para receber ensino demonstrativo.
Nestes 21 dias nós desceremos a casa do Oleiro e veremos a demonstração prática de Deus em nossas vidas e seremos ensinados por ELE.
Todo aquele que neste dia se dispor, se levantar, será surpreendido por Deus.
Formigas e lírios devem ensinar preguiçosos e preocupados.
Assim Jeremias estava preparado para deixar-se instruir por um simples oleiro.
O jejum será nossa preparação.
Jeremias ao descer se aproximou e viu o que ele fazia.
Nós desceremos através do jejum e veremos com nossos olhos espirituais o trabalhar do nosso Oleiro.
O oleiro mencionado por Jeremias fazia um vaso sobre as rodas e ele viu como esse vaso se estragou. Eu lhe convido a meditar sobre algumas particularidades desta história:

1. O BARRO é a casa de Israel que foi tirado do Egito e levado a Canaã.
Nós também fomos tirados da terrível fossa deste mundo e transferidos para o reino da graça, para o Senhor nos moldar como seus vasos.
Barro é o material de uso mais comum. Nós que somos suas criaturas, fomos formados do barro; e um dia nosso corpo voltará a ser pó.
Portanto não há muito em nós, para nos gloriarmos. 1Co 1:31 diz: “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.

2. A RODA é a ferramenta sobre qual o vaso é moldado. Nós somos, em Suas mãos, como o barro nas mãos do oleiro. Porém todo barro é moldável. Será que não somos com Israel, muitas vezes, rebeldes e por isso falhos como vasos? E será que recuamos quando ELE nos amassa com força como o oleiro faz com o barro? (Rm 8:28) diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
3. O OLEIRO (v6) o Senhor compara-se com um oleiro. Portanto, existem as melhores possibilidades, para que nos tornemos vasos de bênçãos úteis para ELE.
(1Pe 5:10 diz: Ora, o Deus de toda graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, Ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
(2Tm 2. 20-21). Diz: Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns para honra; outros para desonra.
Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar desses erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.

4. O VASO estragou-se nas mãos do oleiro. Assim Israel foi afastado do Deus vivo em virtude de sua incredulidade (Hb 3:12) diz: Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo.
Em todos os lugares temos esse retrato diante de nós: vasos estragados. Você até mesmo eu somos um destes?
O que poderíamos ser, se somente permitíssemos que ELE nos moldasse?
Deus tomará Israel novamente sobre a roda para fazer dele o grande povo da benção conforme sua promessa.
Eu creio que nesses dias de jejum Deus vai nos moldar para vivermos a benção de sua promessa.

(Resumo da Ministração de Domingo - Pr. Jair Gil Amorim)

sábado, 15 de março de 2014

Deus se agrada de um coração grato!

VOCÊ DEVE ESTAR ONDE MAIS PRECISAM DE VOCÊ (Algo que aprendi com ribeirinhos da Amazônia)

Havia um homem que se dedicava a alimentar sua comunidade. Diariamente vinham até sua cabana crianças, adultos e idosos, se alimentavam de sabores, aromas e texturas, que nutriam corpo e alma. As refeições eram uma celebração e isso muito alegrava o cozinheiro.

Mas com o passar do tempo os visitantes começaram a se acostumar com a rotina, foram perdendo o encanto e isso incomodou o cozinheiro que, preocupado, passou a tentar inventar novos pratos a fim de reconquistar seus amigos.

Até que chegou o tempo em que passaram a reclamar e a exigir refeições melhores. E o que um dia havia sido um presente ofertado pelo dedicado cozinheiro passou a ser tratado como uma obrigação que já não atendia exigentes expectativas. Desperdiçavam, jogavam pelo chão a comida sagrada que recebiam.

Um dia o cozinheiro que já estava cansado e desanimado foi convidado por pessoas de uma outra comunidade para uma visita. Chegando ali viu que entre eles não havia quem preparasse o alimento, quem conhecesse ingredientes e misturas e o povo do local sofria de desnutrição.

Apressou-se para preparar uma refeição, animou-se, seus olhos brilharam, sua alma ferveu, sentia-se vivo novamente. As pessoas do lugar comiam felizes, ficavam satisfeitas e agradeciam emocionadas a cada porção dos alimentos mais simples.

Entendeu que todo homem tem o direito de servir com o melhor que tem àqueles que mais precisam e lembrou da alegria de servir as pessoas e vê-las melhores como resultado de seu trabalho.

A partir daquele dia ficou decretado que quando o que temos pra oferecer não é bem aceito onde estamos, devemos sair em direção de outros que mais precisam e se alimentam com gratidão.


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Há situações em que Jesus convida pessoas para o seguirem, outras em que ele as impede; algumas vezes Ele cura sem nada perguntar, outras vezes pergunta antes; uma vez Ele resiste à aproximação de um homem rico, outra vez Ele se convida para jantar na casa de outro. Enfim, quem prestar atenção há de notar que para Jesus "cada caso é um caso". 

Geralmente criamos regras a fim de que sirvam para todos, quando na verdade deveríamos tratar pessoalmente, a partir de cada história.

Minha prática pastoral é tendenciosa, sempre pendo para as pessoas, sua liberdade, salvação, cura e saúde. Isso é mais valioso pra mim que qualquer discussão teológica. Porque acreditei no que Jesus falou, de que "não foi o homem criado para o sábado (leis, teologias, regras), mas o sábado criado para o homem". 


Isso aponta para o MDA que procuramos praticar todos os dias.


terça-feira, 4 de março de 2014

Derrubando Golias por: Max Lucado

Trecho do livro Derrubando Golias
O seu Golias não carrega uma espada ou um escudo; ele ostenta as espadas do desemprego, do abandono, do abuso sexual ou da depressão. O seu gigante não desfila para cima e para baixo pelas montanhas de Elá; ele se ergue no seu escritório, no seu quarto, na sua sala de aula. Ele traz contas que você não pode pagar, notas que você não pode tirar, pessoas a quem você não pode agradar, o uísque que você não consegue resistir, a pornografia que você não consegue rejeitar, uma carreira da qual você não consegue escapar, um passado em que você não pode mexer e um futuro que você não consegue encarar.
Você conhece muito bem o rugido de Golias. “Durante quarenta dias o filisteu aproximou-se, de manhã e de tarde, e tomou posição” (17:16). O seu faz a mesma coisa.
O primeiro pensamento da manhã, a última preocupação da noite — O seu Golias domina o seu dia e se infiltra na sua alegria. Há quanto tempo ele o persegue?
Os soldados de Saul viram Golias e murmuraram: “De novo, não. Meu pai lutou contra o pai dele. Meu avô lutou contra o avô dele”. Viciado em trabalho como meu pai.”; “O divórcio atravessa nossa árvore genealógica como um perene galho de carvalho.”; “Minha mãe também não consegue manter uma amizade. Será que isso nunca vai parar?”
Golias: o valentão de longa data do vale, mais duro do que carne de segunda, rosna mais do que dois dobermanns. Ele está à sua espera pela manhã e vem atormentá-lo à noite. Ele perseguiu seus antepassados e agora surge diante de você; impede a passagem do sol e o deixa na sombra da dúvida. “Ao ouvirem as palavras do filisteu, Saul e todos os israelitas ficaram atônitos e apavorados” (17:11).
Mas o que estou dizendo para você? Você conhece Golias.
Você reconhece o andar dele e recua diante de suas palavras.
Você conhece a voz dele — mas é ela tudo o que você ouve?
Davi viu e ouviu mais. Leia as primeiras palavras que ele pronunciou, não só na batalha, mas na Bíblia: “Davi perguntou aos soldados que estavam ao seu lado: ‘O que receberá o homem que matar esse filisteu e salvar a honra de Israel? Quem é esse filisteu incircunciso para desafiar os exércitos do Deus vivo?’” (17:26).
Davi aparece falando sobre Deus. Os soldados nada mencionaram sobre ele, os irmãos nunca falaram seu nome, mas Davi entra em cena e levanta a questão do Deus vivo. Ele faz o mesmo com o rei Saul: não joga conversa fora falando sobre a batalha ou fazendo perguntas sobre as chances de vitória. Ele traz somente um recado de Deus: “O SENHOR que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu” (17:37).
Você vem contra mim com espada, lança e dardos, mas eu vou contra você em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou. Hoje mesmo o SENHOR o entregará nas minhas mãos, eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Todos os que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o SENHOR concede vitória; pois a batalha é do SENHOR, e ele entregará todos vocês em nossas mãos (17:45-47).
Davi vê o que os outros não vêem e se recusa a ver o que os outros vêem. Todos os olhos, exceto os de Davi, voltam-se para o brutal grandalhão que irradia ódio. Todas as bússolas, menos a de Davi, estão fixadas na estrela polar do filisteu. Todos os jornais, menos o de Davi, descrevem, dia após dia, a terra daquele homem pré-histórico. As pessoas sabem de seus insultos, de suas exigências, de seu tamanho e de seu andar altivo. Todos eram especializados em Golias.
Davi é especialista em Deus. Como você pode imaginar, ele vê o gigante; mas ele vê Deus com nitidez ainda maior. Observe com atenção o grito de guerra de Davi: “Você vem contra mim com espada, lança e dardos, mas eu vou contra você em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel” (17:45).
Observe o substantivo no plural — exércitos de Israel.
Exércitos? O observador comum vê apenas um exército de Israel.
Mas Davi não. Ele vê os Aliados no Dia D: pelotões de anjos e infantarias de santos, as armas do vento e as forças da terra. Deus poderia fazer bolinhas do inimigo como fez com o granizo para Moisés, fazer muralhas ruírem como fez para Josué, trovejar com estrondo como fez para Samuel.
2. Davi vê os exércitos de Deus. E por causa disso “saiu correndo em direção ao exército para enfrentar o filisteu” (17.48)
Os irmãos de Davi cobrem os olhos, com medo e vergonha. Saul suspira enquanto o jovem hebreu corre para a morte certa. Golias joga a cabeça para trás numa gargalhada, o suficiente para mover seu elmo de lugar e expor um pedacinho da testa. Davi percebe o alvo e aproveita o momento. O som da funda esticando é a única coisa que se ouve no vale. Estiiiiiiiica. Estiiiiiiiica. Estiiiiiiiica. A pedra segue seu voo pelo ar e em seguida torpedeia a cabeça do gigante; os olhos de Golias entortam e as pernas se dobram. Ele cai ao chão e morre. Davi corre e desembainha a espada de Golias, fere o filisteu e corta-lhe a cabeça. Você talvez diga que Davi soube arrancar a cabeça de seu gigante.
Quando foi a última vez em que você fez a mesma coisa?
Quanto tempo faz desde o dia em que você enfrentou seu desafio?
Temos a tendência de recuar, de nos metermos debaixo da mesa do trabalho ou de nos arrastarmos para uma boate em busca de distração ou para uma cama à procura do amor proibido. Por um instante, um dia ou um ano, sentimo-nos seguros, isolados, anestesiados, mas o trabalho acaba, a bebida desaparece ou o amante nos deixa — e ouvimos o Golias de novo: estrondoso, bombástico.
Experimente uma tática diferente. 
Faça Deus aumentar e o Golias diminuir. Receba alguma solução irrevogável do céu. Gigante do divórcio, você não vai entrar na minha casa! Gigante da depressão? Você pode levar uma vida inteira, mas não me vencerá. Gigante do álcool, do fanatismo, do abuso infantil, da insegurança… você vai cair por terra. Quanto tempo faz desde que você pegou o seu estilingue e acertou o seu gigante?
Alguém poderia peguntar o que Deus viu nele. O camarada caía toda vez que se levantava, tropeçava toda vez que vencia. Ele perturbou Golias com o olhar, mas cobiçou Bate-Seba com os olhos; desafiou os escarnecedores
de Deus no vale, mas se juntou a eles no deserto. Em um dia, era um escoteiro condecorado e, no outro, fazia amizade com mafiosos.
Pôde liderar exércitos, mas não pôde administrar uma família.
Davi se irritava. Davi lamentava. Tinha sede de sangue. Tinha fome de Deus. Tinha oito esposas. Tinha um Deus.
Um homem segundo o coração de Deus? O fato de Deus vê-lo do modo como ele é enche-nos de esperança. A vida de Davi tem pouca coisa a oferecer ao santo imaculado. Os de alma reta acham a história de Davi decepcionante. Para o restante de nós, ela é reconfortante. Estamos na mesma montanha-russa. Alternamos entre bons mergulhos e barrigadas contra a água, suflês e torradas queimadas.
Nos bons momentos de Davi, ninguém foi melhor. Em seus maus momentos, alguém poderia ser pior? O coração que Deus amava era um coração cheio de altos e baixos.
Precisamos da história de Davi. Os gigantes andam à espreita em nossa vizinhança. Rejeição. Fracasso. Vingança. Remorso. Alguns notam a ausência de milagres na história dele. O Mar Vermelho não se abre, não há carruagens de fogo nem Lázaros mortos que saem andando. Nenhum milagre.
Mas há um. Davi é um milagre. Uma maravilha ambulante de Deus que, embora tosca, ilumina em cores vividas esta verdade: 
Concentre-se no gigante – Você tropeçara. Concentre-se em Deus – Seus gigantes cairão!!
Erga os olhos, matador de gigantes. O Deus que fez de Davi um milagre está pronto para fazer o mesmo com você. 

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