Por: Alexandre Robles
O Jardim do Éden nos habita. Assim como o Reino que está em nós. De fato, as Escrituras revelam de modo metafórico, ainda que a partir de eventos históricos, uma realidade espiritual eterna, que para nossa compreensão física e finita só pode ser vista em forma de maquete, mas que interiormente se revela com prisma de experiências e possibilidades. Nada do que externamente se manifesta tem relevância se não existir espiritualmente.
Então, estamos sempre diante das árvores: a da compreensão e definição do que é certo e errado; a da relação com Deus que é a fonte da vida; e todas as demais, com diversidade de sabores, aromas e cores. Quem se alimenta do fruto da árvore que traz vida, passa a saborear todas as outras árvores da existência, sem restrição e com saúde. Quem se alimenta do fruto da árvore da auto-definição de bem e mal, certo e errado, rompe com o Criador, passa a gerir a existência a partir de sua própria definição de certo e errado e perde o acesso às arvores, porque já não tem capacidade de discernir aromas, cores, sabores. A vida perde o sentido e tudo se torna a mesma coisa, a mesma árvore.
A Árvore da Vida é Cristo. Alimentar-se espiritualmente de suas palavras e entregar-se de modo submisso a Ele em amor é o que traz vida. Através da entrega de vida a Jesus as árvores de vida são re-descobertas.
Enquanto insistimos em viver a vida como se tudo dependesse de nós, como se tudo apenas servisse para nos fazer feliz, como se tudo dependesse de nossa decisão e nossa compreensão do que é certo e errado e afirmamos que ninguém tem a ver com isso, nada na existência nos satisfará.
O Jardim está em nós. As árvores, disponíveis. Mais uma vez, podemos escolher o cardápio.
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