Por: Ellen Bresee
Nós, como esposas de ministro, não
temos como deixar de observar a variedade de famílias em nossas congregações.
As famílias são importantes para nos
ensinar e são importantes para Deus. Os Testemunhos nos dizem que os
lares cristãos que vivem de acordo com o plano de Deus são Seus agentes mais
eficazes para o avanço de Sua obra. Nossas famílias são símbolos da família
celestial, para serem mostradas ao mundo, e para servirem de lições objetivas
de como são as famílias que amam a Deus e guardam Seus mandamentos.
A história mostra o surgimento e queda
de grandes sociedades antigas como as de Roma, Grécia e Egito. Quando as
sociedades estavam no pico do poder e da prosperidade, as famílias eram fortemente estabelecidas e
valorizadas. Quando a vida familiar enfraquece, não é valorizada e torna-se
extremamente individualista, a sociedade começa a se deteriorar e fragmentar.
No livro Ciência do Bom Viver
vemos que o coração da comunidade, da igreja e da nação é o lar. O bem-estar da
sociedade, o sucesso da igreja e a prosperidade da nação dependem das influências
do lar. A qualidade da vida familiar é extremamente importante para nossa
felicidade e saúde mental como indivíduos.
Nos anos recentes a importância e
estilo de vida da família e do lar têm sido questionados, mas a ação do pêndulo
do mundo está passando para trás a importância de famílias fortes, que conhecem
quais são as raízes da nação. Se esse for o caso, certamente nossa igreja deve
tomar a posição de liderança na promoção de famílias cristãs fortes.
Muitos de nós não tivemos modelos ideais
de como deveria ser a família cristã; então como podemos aprender? O modelo
mais positivo que possuímos é a Palavra. Na verdade, é o único modelo
verdadeiro e seguro. É a forma escolhida por Deus para transmitir Sua vontade a
nossas famílias.
Interessei-me pelos resultados de um
estudo realizado pelo Family Strengths Research Project (Projeto de Pesquisa do
Poder da Família), em Oklahoma. O Cooperative Extension Service (Serviço de
Extensão Cooperativa) auxiliado pelo agente do Home Economic Extension Service
(Serviço de Extensão da Economia do Lar), em cada cidade de Oklahoma, trabalharam
juntos para recomendar o que considero famílias especialmente fortes. Armados
com materiais de diretrizes e de antecedentes, as famílias foram entrevistadas
de forma abrangente.
Após o extenso material ter sido
analisado, seis qualificadores se destacaram os quais pareciam exercer papel
muito importante no fortalecimento e felicidade dessas famílias.
Se essas famílias foram consideradas
como as mais destacadas em Oklahoma (essas tendência parecem ser as mesmas em
um estudo nacional agora em andamento), então talvez deveríamos tirar tempo
para examiná-las.
1. Passar tempo juntos – famílias que
realizavam muitas atividades juntos. Esse tempo passado juntos não ACONTECIA
POR ACASO. Eles FAZIAM acontecer. Mantinham-se unidas em todas as áreas da
vida: refeições, recreação, culto e trabalho.
2. Bons modelos de comunicação –
Passavam tempo conversando e ouvindo com atenção. O bom ouvinte transmite
respeito. Se você me ouve, então eu o ouço. Em um dos seminários que realizei,
sugeri uma forma de ajudar as pessoas a realmente ouvirem o que você diz, caso
sinta que esse não está sendo o caso. Escreva uma nota e expresse seus
sentimentos e então peça a seu cônjuge para ler essa nota quando você não
estiver presente, dando-lhe assim atenção total. Após a reunião um senhor me
procurou para me agradecer e dizer que iria tentar esse recurso. Ele disse:
“Minha esposa nunca escuta o que eu digo; sinto como se ela estivesse falando com
outra pessoa ao telefone e acenasse com a cabeça para mim dizendo: ‘sim, ouvi,
continue ..., mas prossegue falando com a outra pessoa”. Ouvir é uma parte
muito importante da boa comunicação.
3. Compromisso – Palavra impopular
nestes dias. A maioria das pessoas não está disposta a comprometer-se de forma
alguma, porém, essas famílias estavam profundamente comprometidas a promover a
felicidade e bem-estar uns dos outros. Quando a vida se torna tão agitada que
os membros da família sentem que não estão passando muito tempo juntos o quanto
deveriam, sentam-se e preparam uma relação de atividades nas quais todos possam
estar envolvidos. Com percepção crítica organizam as prioridades a fim de
reservarem mais tempo livre para a família.
4. Elevado grau de orientação religiosa –
Isso harmoniza com a pesquisa realizada nos últimos 40 anos, que demonstra
relacionamento positivo entre a religião e a felicidade conjugal e
relacionamentos bem-sucedidos na família. O compromisso se torna mais profundo
ao freqüentarem a igreja e participarem das atividades religiosas. É o
compromisso para com o estilo de vida espiritual. Este é descrito como a
conscientização de Deus que lhes concedeu senso de propósito e de apoio e
fortalecimento mútuos. Essa noção de comunicação com o Poder superior ajuda-os
a serem mais pacientes uns com os outros, mais perdoadores, mais prontos a
eliminarem a ira, mais positivos e mais incentivadores em seus relacionamentos.
Em outras palavras, simplesmente viver o cristianismo na prática diária!
5. Capacidade de enfrentar as crises de
forma positiva – As crises são tratadas de forma construtiva. De alguma
forma conseguem ver na situação mais negra algum elemento positivo, não importa
o quão diminuto seja e concentram-se nele. Aprendem a confiarem e a contarem
uns com os outros. Eles se unem e não permitem que a crise os fragmentem.
6. Admiração – Essas famílias
expressam muita admiração uns pelos outros. Eles se edificam psicologicamente e
dão uns aos outros muitas impressões positivas.
Não há quem não aprecie estar na companhia de alguém que o ajude a se
sentir bem consigo mesmo! Algumas vezes o marido prefere o ambiente do trabalho
porque seus colegas o fazem se sentir melhor em relação a si mesmo do que sua
esposa – sente-se mais respeitado. Infelizmente, a esposa não tem essa mesma
possibilidade do marido e se ele não demonstrar apreciação por ela sua
auto-estima míngua e morre. O filho, muitas vezes prefere passar tempo com seus
colegas porque estes não o criticam da forma que seus pais fazem. A afirmação
pode ser um jogo divertido na família. Tente fazer isso no culto familiar. Cada
um tece algum elogio a outro membro da família. Recentemente fizemos isso em
nossa família – com nossos filhos adultos, netos – e fomos profundamente
tocados.
Creio que podemos encontrar esses seis
princípios na Palavra de Deus. Apreciaria convidar cada um de vocês a fazerem
um novo compromisso hoje, de reorganizar seus valores e prioridades a fim de
que nossas famílias sejam verdadeiramente “famílias de Deus”.
[Extraído de Preacher’s
Kids.]
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