I Corintios 11: 23
Quando Paulo escreve essa carta à igreja de Corinto trinta anos depois. A sensação que dá é que ele estava na celebração da última Páscoa judaica e a primeira cristã, e olhando para este momento vemos Judas recebendo das mãos do nosso Senhor Jesus o pão (palavra). É tão simbólico esse partir do pão porque agora os seus companheiros de jornada, à partir dessa última ceia com Jesus, viverão e morrerão por esse pão (palavra) vivo que desceu do céu.
Segundo o site da “Real Academia Espanhola”, o termo companheiro (a) procede etimologicamente do latim ‘companis’: [forma f. do lat. Vulg. *compania, de com- ‘com-‘ e panis ‘pão’. E companheirismo significa aquele que come o mesmo pão em paz no mesmo prato.
Há versos indicando que a palavra tem sua origem na última ceia de Jesus com seus discípulos, em seguida foi usada pelos primeiros cristãos para se nomearem.
Olhando para a última ceia vejo Judas recebendo de seu companheiro o pão de forma indigna (Jo 13:27) trai aquele que lhe oportunizou à comunhão e perdão. Judas sozinho não enxerga a luz no fim do túnel e assim não se liberta de sua ganância. Essa solidão de Judas em seus propósitos me fez lembrar do poema de Bertolt Brecht:
Escravo, quem te libertará?
Aqueles que estão no abismo mais profundo
Companheiro, vão te ver seus gritos ouvirão.
Os escravos te libertarão.
Todos ou ninguém. O todo ou o nada.
Sozinho ninguém pode se salvar.
Jesus na cruz nos mostra que esse pão também é o pão da luta, por aqueles que estão sendo escravizados pelo pecado e também por seus semelhantes.
Oração: Pai, sozinhos não somos corpo, ajude-nos a compartilhar o pão com o maior número de pessoas que pudermos, não queremos trair nossos semelhantes.
Pastora: Arlety Amorim
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